Paixão Proibida

Capítulo 8: Evento

O meu braço já estava livre de tantas agulhas que antes o furava. Levantei da cama já estava me sentindo muito melhor. Fui até o banheiro que havia ali no quarto. No gabinete havia escovas de dentes, peguei uma delas e escovei os dentes. Entrei no chuveiro e tomei um banho não muito demorado. Peguei uma das toalhas brancas dobradas sobre uma das partes do gabinete e me enrolei nela. Saí do banheiro e fiquei surpresa de antes não ter visto um vestido malha fresca em cima de um cadeira reclinável no quarto. Vesti o vestido e penteei o cabelo molhado.

-Já vi que se sente bem melhor.- Justin entrou no quarto.

-É, eu posso ir agora?

-Não vai querer comer?

-Perdi a fome.

Ele caminhou até eu e checou o meu pulso.

-Acho que posso te liberar agora.

Sorri por poder finalmente sair dali.

-Ah antes que eu me esqueça, sua correntinha.- ele tirou uma correntinha prata do bolso.- Tivemos que tirar para fazer alguns exames.

-Coloca pra mim?

Me virei. Ele passou a correntinha em meu pescoço e prendeu na parte de trás.

-Pronto.- ele sussurrou em meu ouvido pousando suas mãos em meus ombros.

Me virei para ficar de frente ao Justin, meus olhos encontraram sua boca e não pensei duas vezes e o beijei.

Ele agarrou meus quadris me levantando e colocando sobre a maca. Nosso beijo era desesperador e ofegante. Meu cabelo que antes era penteado estava super bagunçado.

-Acha que não devíamos fazer isso aqui?- perguntei recuperando o fôlego.

-Não é uma boa ideia, mas eu vou arriscar.

Ele me empurrou um pouco para cima, tirando minhas roupas e eu tirando as suas.

Quando acabou Justin saiu de mim colocando as suas roupas e eu colocando as minhas e arrumando meu cabelo.

Uma moça ruiva de pele branca entrou no quarto.

-Paciente Nataxa?

-Sou eu.

-Assina aqui por favor.- ela me entregou uma prancheta e uma caneta.

Depois de assinar entreguei a ela.

-Amor vou sair mais cedo hoje. Te espero às dez.- ela disse para Justin depois saiu.

Dei um tapa na cara dele.

-Ai!- ele colocou a mão no rosto.

-Amor?!- perguntei abismada. Caminhei até a porta.

-Perai!

Mostrei o dedo do meio e saí.

-Nataxa o que está fazendo aqui fora?- perguntou minha tia quando saí para fora do hospital.

-A senhora prometeu que viria de manhã.- falei entrando no carro dela.- Fui liberada, agora só quero sair daqui por favor.

Ela deu partida no carro.

-Desculpa não ter vindo aqui mais cedo, não consegui com tantos preparativos do evento de hoje a noite.

-Hoje a noite?

-Sim meu bem, já comprei o seu vestido espero que você goste.- ela disse sem tirar a atenção da estrada.- Ah me desculpe não ter avisado, claro se você não estiver bem não precisa ir.

-Estou bem.

-Ótimo!- ela abriu um largo sorriso.

Quando começou a anoitecer coloquei meu vestido creme básico que tinha um decote na frente e era aberto nas costas, sapato e jóias para acompanhar. Minha tia tinha pensado em tudo, comprou até uma bolsa de festa prera para combinar com as jóias e o sapato.

-Você esta linda!- ela exclamou colocando as mãos no rosto quando eu estava descendo as escadas.

-Obrigada tia, você também está.- minha tia era uma mulher muito bonita e conservada. Tinha belas curvas nos quadris, cintura fina e seios grandes (silicone). Não tinha uma espinha no rosto e sempre andava arrumada e perfumada.

-Obrigada.- ela agradeceu.

-Seu carro já chegou madame.- avisou um dos mordomos.- E bem vinda de volta senhorita Nataxa.

-Ah...obrigada.....- fiz uma pausa pois não sabia seu nome.

-Bart.- acrescentou.

-Muito obrigada Bart.

Ele fez um sinal com a cabeça como se estivesse pedindo licença e saiu.

-Vamos.- minha tia disse saindo para o jardim.

Eu a acompanhei. Na última vez que vi um carro no jardim era uma Land Rover Branca, agora um Porsche Prata lindo. Quantos carros minha tia deve ter?

Um dos chofer abriu a porta de trás para mim e eu entrei, minha tia provavelmente entraria pelo o outro lado.

O caminho até o local do evento foi um pouco silencioso, falamos sobre algumas coisas sobre o hospital.

-Chegamos minha querida.

Minha tia segurou o vestido longo para sair do carro. Ao contrário da minha tia eu estava com um vestido a dois palmos para cima do joelho.

Sorri de agradecimento para o chofer. Acompanhei minha tia até a entrada.

-Soraya!- exclamou minha tia para uma mulher que estava vindo em nossa direção.

Ela era alta e magra. Seu cabelo era curto e loiro.

-Eva! Muito obrigada pelo maravilhoso evento. Que bom que você chegou, preciso da sua ajuda.- ela cumprimentou minha tia.

-Essa é a Nataxa, minha sobrinha.

Ela me olhou dos pés a cabeça e fez uma cara de espanto quando percebeu o tamanho do meu vestido.

-A famosa Nataxa. Prazer.

Ela me cumprimentou.

-Famosa?

-Sim, sua tia fala muito de você.

-Espero que fale bem.

-Ah sim, claro.

Nos três rimos.

-Posso roubar a tia Eva só por um instante?- perguntou Soraya.

-Claro.

-Eu já volto minha querida.- falou minha tia e depois acompanhou Soraya.

Ótimo eu estava em um lugar onde não conhecia ninguém. Pessoas com a classe totalmente diferente da minha estavam a minha volta e a maioria delas me notava quando passavam por mim. Será que era pelo comprimento do meu vestido? Ou pela quantidade de jóias? Ou pelo excesso de rímel? Precisava de uma coisa naquele momento: espelho. Preciso achar um banheiro. Olhei ao redor, de um lado tinha portas totalmente bonitas e grandes duplas concerteza era da cozinha. Do outro lado pessoas passavam por uma porta desenhada, imaginei ser o banheiro.

Eu estava indo em direção a essa porta quando trombei com alguém. Era um homem provavelmente por causa dos sapatos sociais pretos e também pela pegada por ele segurar em minha cintura para eu não tropeçar.