Paixão Proibida

Capítulo 10: Bêbado ou Lúcido?

Soraya?- chamei, ninguém respondeu.

O que eu estava fazendo? Invadindo uma residência sem autorização! A que ponto eu cheguei? Balancei a cabeça e virei para sair.

-Soraya!- grita um homem. Era Henry.

-Henry?- chamei.

-Soraya!- ele gritou novamente.

-Não. É a Nataxa! Onde você está?- procurei Henry pela casa. Entrei no corredor e abri a primeira porta. Era o quarto deles, provavelmente.

-Henry?

Ele falou algumas coisas enroladas que eu não entendi, mas estava vindo do banheiro a voz. Entrei no banheiro do quarto.

Henry estava dentro da banheira com um champanhe em uma das mãos e uma taça na outra. Ele olhou para mim.

-Henry levanta daí. Onde está a Soraya?

-Quer?- ele estendeu a taça com champanhe dentro que derramou um pouco na banheira.

-Não, eu não quero.

Vi que ele estava de roupão então decide ajuda-lo.

-Levanta.- tirei a taça e o champanhe de sua mão. Virei para colocar na beirada da banheira.

Henry cheirou meu pescoço e segurou em minha cintura pelas costas. Como ele foi rápido em levantar da banheira.

-Você precisa de um banho gelado.- me virei e fui empurrando ele até o chuveiro que havia ao lado da banheira.

O banheiro dele era muito grande, dava pra ser um quarto ali.

Ele caiu no chão, mas debaixo do chuveiro, ainda bem.

Oh meu Deus como ele estava sexy daquele jeito olhando pra mim. Não Nataxa!

Liguei o chuveiro na água gelada, ele reclamou mas depois parou agarrando minhas pernas e puxando pra baixo. Caí ao seu lado, e quando pensei que não podia piorar a água gelada começou a cair sobre minha cabeça.

-Nataxa?- enfim ele começou a voltar o normal.

-É.- a boca dele estava muito próxima a minha, apesar do hálito de álcool eu ainda o desejava.

Grudei meus lábios nos dele. Como sempre eu tomava as iniciativas. Rapidamente ele abriu caminho para a minha língua passar.

De bêbado Henry passou a ser lúcido muito rápido. Ele me agarrou pelos quadris me levantando e encostando na parede, me beijando com agressividade. Quando ele desgrudou um pouco para recuperar o fôlego eu tinha certeza que meu rosto estava vermelho por causa do beijo. Ele ameaçou falar alguma coisa, mas eu não deixei.

Ele tirou minha blusa e eu seu roupão. Sem desgrudar os lábios dos dele desabotoei meu shorts e deixei que caísse no chão ficando apenas de calcinha e sutiã. Ele desabotoou meu sutiã que não demorou muito. Quando eu mal percebi Henry estava dentro de mim, beijando meu pescoço e minha boca( revezando ).

Estamos a ponto de chegar no final, Henry me pressionou mais contra a parede e eu apertei mais minhas pernas em sua cintura. Enfim chegamos juntos no final, suspirando com rapidez e forte.

Nós não saímos daquela posição, Henry apenas encostou a cabeça na parede inclinando para frente e eu descansei a minha cabeça em seu ombro. Agora que fui notar que a água gelada ainda caía sobre nós. Ele esticou o braço e desligou o chuveiro.

-Pode tomar banho, as toalhas estão no gabinete.- Henry parecia confuso.

-Você não gostou?

-Não é isso.

Ele me desceu e saiu do banheiro. Tomei banho me sequei com uma das toalhas do gabinete e sai enrolada nela pois minhas roupas estavam ensopadas.

-Porque você tinha bebido tanto?- perguntei tentando disfarçar o clima que estava ali.

-A Soraya ficou com ciúmes ontem a noite e a gente brigou. Ela saiu sem me falar pra onde ia e....- ele fez uma pausa para suspirar.- Foi isso.- continuou.

-Ciúmes?

-De você.- ele estava de costas com uma toalha branca enrolada na cintura.

-Você tomou banho?

-Sim, no outro banheiro.- ele se virou.

-Minhas roupas estão ensopadas, preciso de alguma pra ir embora.

-Vou pegar.- ele seguiu pelo corredor entrando no quarto em que eu passei.

O quarto tinha fotografias coladas por toda parte mas não bagunçadas estavam numa espécie de decoração. No canto havia uma mesa que corri os olhos rapidamente sobre ela enquanto Henry vasculhava as gavetas. Havia desenhos da Soraya, muito bem feitos.

-Fotógrafo ou artista?

-Os dois.- ele respondeu.- Esse deve servir.- ele me entregou um vestido azul marinho com renda na parte de baixo, provavelmente era de Soraya.

-Obrigada.

-Vou pegar uma sacola pra você colocar suas roupas.- ele saiu do quarto. Eu o acompanhei.

-Você vai mesmo fingir que não aconteceu nada ali no banheiro?!- gritei pra ele me notar.

Ele apenas me entregou a sacola. Bufei de raiva. Corri no banheiro ainda de toalha com o vestido que ele havia me dado na mão e a sacola. Joguei minha roupas ali dentro, dei sorte que a calcinha e o sutiã não caiu onde a água escorreu, então não estavam molhados. Colquei-nos e o vestido. Saí irritada do banheiro e depois do quarto e fui em direção a porta, mas fui interrompida por Henry que me encostou na parede com agressividade. Ele respirava rápido. Encostou a testa sobre a minha e sua boca ficou a poucos centímetros da minha.

-Olha aqui pra mim.- ele pediu.

Encarei-o.

-Desde quando vi você pela primeira vez naquele evento, senti um desejo diferente que nem pela minha noiva tinha sentido antes, mas isso tem que acabar.

-Henry....- interrompi ele pegando em seu rosto com delicadeza.- Eu sei que é difícil acreditar mas eu senti a mesma coisa. Não podemos mudar isso.- dei um selinho delicado, coisa que não fizemos no banheiro.- Antes que eu esqueça.- fui até a porta e peguei os documentos que estavam no chão, provavelmente quando fui procurar Henry, soltei a pasta lá sem perceber o que tinha feito.- Eu teria que entregar para a Soraya mas você pode fazer isso por mim quando ela voltar.- entreguei os papéis pra ele.

Ele apenas balançou a cabeça.

-Então eu devo dizer "tomara que você me esqueça?"- brinquei.

Ele forçou um sorriso.

-Claro que não.- agora ele que se aproximou e me deu um selinho mais demorado.

Eu o abracei automaticamente. Fechei os olhos para sentir mais a sensação boa de ter seu corpo colado ao meu. Não queria ter que ir embora, ter que sair dali e deixar Henry.

Ele forçou ainda mais o abraço alisando meu cabeço molhado. Ai meu Deus! Eu estava começando a corar. Não. Nenhum homem tinha aquele poder sobre mim, mas ele estava tendo.

Me afastei abri a porta e sem olhar um segundo se quer para a cara de Henry fui embora.