Capítulo 7: Acidente

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Pelo o endereço eu estava certa. Estava diante da imensa mansão que minha tia morava. Falei com o porteiro que rapidamente autorizou a minha entrada. Atravessei o imenso jardim até chegar na casa sendo acompanhada por uma das empregadas- eu imagino- até a sala.

-A srt. Eva pediu para aguardar aqui. Conlicença.- falou a empregada e depois se retirou.

Quando fui me acomodar na imensa poltrona beje minha tia desceu as escadas com a maquiagem borrada discutindo com um homem imaginei ser o seu marido.

-Você vai assinar, e se não fizer isso você me paga Anthony! Minha querida ainda bem que você chegou.- ela me abraçou depois pegou em meu braço me arrastando para fora.

-Perai Eva!- chamou Anthony.- Eu posso explicar tudo.

-Quando eu voltar.- ela parou na porta.- Quero você e aquela vagabunda fora daqui!- gritou.

Uma Land Rover branca parou em frente a casa e um homem bem trajado saiu de dentro dela.

-Srt. Eva?- antes que ele pudesse abrir a porta de trás do carro, minha tia foi até ele.

-Eu vou dirigir.- ela disse limpando as lágrimas.

-Não acredito que seja uma boa alternativa a Srt. dirigir nesse estado.

-Que estado? Estou ótima!- ela mesmo abriu a porta do motorista e o homem bem trajado a ajudou.

-Entre meu bem.

Entrei e me acomodei no banco do passageiro. Ela deu partida no carro e saiu passando pelos empregados e pelo o porteiro.

-Ele me traiu.- ela enfim esclareceu o que estava acontecendo.- Com a empregada que eu mais confiava.- as lágrimas voltaram a cair borrando novamente a maquiagem.

-Isso é muito ruim.- falei.

-Isso é péssimo! Mas mudando de assunto te chamei aqui pra você ser minha assistente pessoal.

As mãos dela estavam tremendo sobre o volante e ela estava acelerando a cada frase que dizia.

-Não acho que você devesse dirigir assim.

-E então, topa?

-Tia minha área não é essa, eu nem sei o que uma assistente pessoal faz.

Ela desviou de uma moto e eu me assustei.

-Querida você apenas vai me acompanhar em todo o lugar que eu for, marcará minhas reuniões e em algumas ocasiões irá me ajudar em alguns assuntos.

-Sou formada em nutrição, não em administração.

-Meu bem, por favor aceite. Preciso de alguém de confiança.- ela olhou para mim.

-Tia melhor a senhora olhar para frente.

Ela voltou a atenção pra estrada.

-Tudo bem.- voltei no assunto anterior.

-Ótimo.- ela forçou um sorriso.

-Pra onde estamos indo?

-Eu ainda não sei. Mas podemos ir ao shopping fazer compras pra você. Daqui uns dias iremos à uma festa muito importante. Precisamos estar bem trajadas e agora que você vai andar comigo, precisa.....

O carro capotou algumas vezes, quando enfim ele parou consegui piscar algumas vezes antes de eu não ver mais nada.

Acordei tudo estava girando. Meu braço estava esticado em uma cama forrada por lençóis brancos e eu estava com uma camisola de hospital azul clara. Alguém entrou na sala e percebi que já tinha uma pessoa lá dentro.

-Ela está acordando doutor.- uma voz feminina falava atrás de mim.

-Nataxa?

-Onde eu estou?- minha visão estava voltando aos poucos.

-Você está no hospital, eu sou o doutor Justin e estou cuidando de você.

-O que aconteceu?- minha voz estava falhada mas enfim minha visão voltou totalmente.

-Você sofreu um acidente de carro.

-A quanto tempo estou aqui?

-A dez dias.

A voz feminina que havia falado atrás de mim era uma enfermeira loira que estava ao meu lado agora.

-Consegue mecher o braço?- Justin perguntou analisando meus olhos.

Levantei o braço e depois o dobrei para ver se meus movimentos do braço estavam normais.

-Consigo. Cadê minha tia?

-Ela está bem e já está em casa. Agora a pouco estava aqui com você.

A enfermeira e Justin começaram a fazer mais ou menos uma revisão em mim.

-Porque estou aqui a tanto tempo?

-Você torceu o pulso e deslocou o tornozelo esquerdo mas não se preocupe que já resolvemos isso. Consegue mecher.- ele segurou minha perna esquerda e apontou para o meu tornozelo.

Balancei a cabeça em positividade.

-Amanhã mesmo você já terá alta. Agora você precisa descansar.

A enfermeira aplicou algo em minha veia que me fez adormecer rapidamente.

Minha tia estava ao lado da minha cama segurando a minha mão. Ela levantou um pouco a cama, fazendo com que eu ficasse mais ou menos sentada.

-Que bela forma de te dar as boas vindas.- ela sorriu.

-Já estou bem agora.

-O cara que bateu na gente já está preso. Ele avançou o sinal quando marcava vermelho pra ele.

-Porque eu ainda estou aqui?

-O carro bateu do lado do passageiro.

-Tudo bem com você Nataxa?- perguntou Justin entrando na sala.

Ele era alto e tinha o cabelo castanho claro e os olhos na cor verde médio. Apesar de estar usando o jaleco de médico dava para perceber seus músculos definidos.

-Estou bem. Quero ir embora.

-Vamos com calma mocinha.- ele se posicionou do outro lado da cama analisando a seringa em meu braço.- Se amanhã você estiver bem eu te dou alta.- ele deu uma checada no soro ao alto da minha cabeça que ligava ao meu outro braço.

-Estou com fome.

Ele sorriu e eu também.

-Bom sinal. Temos que esperar mais um pouco, você não pode comer agora, mas quando puder prometo que te trago alguma coisa, tudo bem?

-Tudo bem.

-Eu preciso ir agora mas volto amanhã bem cedo.- minha tia me deu um beijo na testa e saiu.

-Se precisar de qualquer coisa você pode me chamar por esse botão.- ele me mostrou um botão que havia na cama.

-Pode deixar.

Fiquei encarando um quadro estampado à minha frente até cochilar.

Paixão ProibidaOnde histórias criam vida. Descubra agora