Capítulo 9: Novo "amigo"

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-Me...me desculpa.- falei levantando o olhar e encontrando os olhos negros deslumbrantes daquele homem.

-Você está bem?- ele abriu um sorriso.

-Estou sim, obrigada pela pegada, não por me segurar e impedir que eu não caísse. Ai meu Deus, eu e a minha boca.- me afastei dele.

-Meu nome é Henry.- ele estendeu a mão.

-Prazer, Henry.- estendi a mão pra ele.- Sou a Nataxa. Você sabe aonde fica o banheiro?

-Naquela porta.- ele apontou para uma porta atrás de mim.

-Ah obrigada.- me virei para ir ao banheiro.- Me desculpa novamente.- me virei rapidamente para Henry e depois para frente de novo.

Meu Deus! Ele era incrivelmente lindo. Alto, bonito, educado e por mais que ele estivesse de smoke eu consegui identificar seus braços definidos. Sou boa nisso!

Caminhei em direção a porta que Henry me indicou que por sinal não era a que eu estava indo antes. Havia espelhos por toda a parte, escolhi um deles para me olhar. Meu vestido não estava tão curto, eu não estava com muitas jóias e o excesso de rímel não se notava facilmente. Nada de errado comigo. Arrumei o decote do vestido e sai do banheiro. Em meio da multidão encontrei minha tia e algumas pessoas conversando. Fui até ela.

-Tia?- chamei me aproximando dela.

-Minha querida!- ela me puxou para junto de si.- Essa é a Sara, mãe da Soraya.

Uma mulher muito parecida com Soraya estava a seu lado.

-Muito prazer.- cumprimentei Sara.

-O prazer é meu.- ela respondeu.

-Esse é o noivo da Soraya.

Olhei para o outro lado de Soraya que estava ocupado com Henry, o homem incrivelmente lindo.

-Henry.- falei.

-Nataxa.- ele falou.

-Vocês já se conhecem?- perguntou as três juntas.

-Ele me agarrou, não ele me segurou a caminho do banheiro. Eu ia cair.- sorri para disfarçar.- eu e a minha boca.- sussurrei.

As três ficaram muito confusas. Henry sorriu.

-Nataxa estava procurando o banheiro, trombou comigo pelo caminho e eu a segurei para impedir que ela caísse. Assim ficamos nos conhecendo.- ele explicou.

Soraya jogou um olhada para Henry não muito agradável. Um homem subiu no palco puxando a atenção de todos para ele.

-Aquele é o pai da Soraya, dono de uma revista.- sussurrou tia Eva para mim.- Ele vai entregar o cargo de coordenadora geral da revista para a filha.- continuou.

Depois do pai de Soraya apresentar e entregar o cargo à ela, as pessoas começaram à ir embora do evento e ficou somente os mais próximos.

-Tia eu acho melhor a gente já ir.

-Oh minha querida eu queria ficar mais um pouco, mas.....

-Não tia.- interrompi.- Eu pego um táxi, pode ficar.

-Tem certeza? Não, melhor não, é muito perigoso para você sair sozinha por aí.

-Eu vou ficar bem.- falei segurando suas mãos.

-Desculpe por escutar a conversa de vocês, mas se você quiser Nataxa eu te levo em casa.

-Jura?!- gritou minha tia.

-Não precisa.

-Lógico que precisa.

-Tia eu posso ir muito bem sozinha.

-Vou mandar pegar meu carro.- falou Henry se afastando de nós.

-Tia?!

-O que foi? O noivo da Soraya é uma ótima pessoa, eu precisava ter certeza que você chegaria com segurança em casa.

-Eu ia chegar bem de qualquer jeito.

-Vamos?- Henry se aproximou me chamando.

-Posso saber pra onde?- perguntou Soraya.

-Eu sabia que não era uma boa ideia.- sussurrei.

-Soraya, o Henry vai levar a Nataxa em casa tudo bem pra você?

-Claro que sim.- ela forçou um sorriso.- Mas eu vou junto.

-Mas e o evento?- perguntou a tia Eva.

-Voltamos logo.- ela deu um selinho no Henry.

Soraya foi o caminho inteiro me encarando sobre o espelho que refletia acima de sua cabeça. Foi puro silêncio. Indiquei a casa para Henry que por sinal foi super educado e gentil por me deixar em casa. Ele saiu do carro para abrir a porta do carro para mim.

-Obrigada.- agradeci.

-Não foi nada.- ele disse fechando a porta de trás após eu sair do carro.

Beijei seu rosto como um cumprimento e me despedi de longe de Soraya.

Entrei. Tirei os sapatos de salto e os carreguei na mão até o quarto. Troquei de roupas e comi alguma coisa antes de dormir.

-Nataxa?- minha tia bate na porta.

Pisco algumas vezes e estrego os olhos por causa da claridade. Preciso urgente de persianas pretas.

-Pode entrar.- solto um bocejo depois da frase.

-Vamos, levante, preciso de um favor seu. Tenho que sair agora e preciso que você vá entregar esses documentos para a Soraya.

Levantei da cama trocando os passos.

-Pra que?

-Vou resolver o negócio do meu divórcio, e você tem que entregar esses documentos para a Soraya, esqueceu que é a minha assistente pessoal?

Peguei a pasta e a escova de dentes.

-Por que?

-Porque sim, não faz perguntas difíceis.

-Tá bom, tá bom. Vou escovar os dentes e tomar banho e já desço.

-Prefere que um dos motoristas te leve ou quer que eu peço um táxi?

-Táxi.- falei com a boca cheia de espumas da pasta de dentes.

-Ok.- ela saiu e fechou a porta.

Depois de tomar banho coloquei um shorts jeans e uma baby look preta( o clima do Kansas era bastante temperado: quente e frio, como estávamos no mês de Julho era bastante quente). Calcei as sapatilhas pretas e desci.

-O táxi já está te esperando, aqui estão os documentos.- ela me entrega uma pasta provavelmente com papéis dentro.- Estou de saída então se precisar de qualquer coisa é só me ligar, beijos.

-Tá.- respondi mas ela já tinha saído.

Entrei no táxi. Droga! O endereço.

-Só um momento.- pedi ao taxista.

-Sua tia já me disse o endereço, então não se preocupe.

Como ele sabe que tia Eva é minha tia? Ele pode ser o taxista que ela sempre chama quando precisa.

O taxista parou em frente uma casa com vidros pretos fumês e uma decoração diferente com grafites.

-Obrigada.- agradeci e desci do táxi.

Toquei a campanhia. Ninguém respondeu. Toquei de novo. Nada. A porta estava apenas encostada, então decidi entrar.

Paixão ProibidaOnde histórias criam vida. Descubra agora