15 || dylan and letters (editando) (!)

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claire murphy,
Como uma boa amiga que eu sou estava limpando o apartamento de Justin. Como ele disse que vira em breve achei que era melhor deixar o

Por que você é uma ótima amiga e está apaixonada por ele, Megan havia me dito. E eu sabia, óbvio que sabia que era por isso. Rosie estava na casa dela. Como ela tem asma ficar no pó iria me deixar mais algumas noites em claro.
Estava dançando com Can't Feel My Face, movendo meus quadris ao ritmo da música enquanto passava um pano pelo chão de madeira. Eu estava esperando deixar este lugar limpo em menos de um hora e até agora eu  estava indo bem. Não havia mais do que caixas aqui. Meu telefone começou a tocar parando a música. Eu andei até ele ainda cantarolando a música e o atendi, "Olá?"
"Bom dia." uma voz já familiar disse para mim.
"Bom dia. Alguém parece mais alegre que o habitual," eu disse, "Como você está?"
"É domingo e eu estou mais animado do que a Kiera já que hoje é a noite de
filme." ele disse.
Eu sorri mesmo sabendo que ele não podia me ver, "Sério? Eu tenho certeza de que você tem outras razões."
"Eu não tenho. Mas enfim, eu gostaria de saber se v-"
"Você está perguntando a ela? Ela disse sim?! Vamos papai, vista os seus sapatos!" eu escutei a voz de Kiera ao fundo interrompendo Dylan. Eu a infindo correndo até ele é pulando em seus braços.
"Espere um pouco querida, eu estou falando com ela agora."
"Ela disse sim?"
"Você quer perguntar para ela?" ele perguntou e eu podia sentir que ele estava sorrindo. Não houve resposta da parte dela mas alguns segundos depois suas voz se pronunciou ao telefone.
"Claire?" "Oi, Kiera."
"O papai quer saber se você quer vir mais cedo e almoçar com a gente. Você pode trazer a Rosie."
"Eu e a Kiera também." a voz de Dylan apareceu, "O que você me diz?"

"Claro que sim, será um prazer. Que horas vocês acham melhor?"
"Bom, Kiera quer que eu a leve para o parque agora, então umas duas horas está bom para você?"
"Está sim." era o tempo perfeito para terminar de arrumar o apartamento do Justin, tomar um banho e pegar a Rosie na casa de Megan.
"Então tá bom. Até mais, Claire."
"Até mais, Dylan." disse e encerrei a ligação, a voz do The Weeknd voltando a preencher o ambiente.
Eu meio que gostava do Dylan. Ele era legal, bonito, inteligente e pai solteiro como eu. Ele tem 26 anos e é divorciado. Tem a guarda da Kiera pois sua ex- esposa não era alguém confiável, ele me disse. Kiera tem 6 anos e é a garotinha mais linda que já vi.
Nosso primeiro encontro foi a um mês atrás. Megan havia me dito para usar o Tinder pois, de acordo com ela, eu estava muito solitária sem Justin Bieber em minha vida, então cá estou eu, tentando dar um rumo a esta coisa que chamamos de vida.
Nos encontramos no meu trabalho mesmo, durante o meu intervalo e ele foi super hiper legal e me fazia rir a cada dois segundos. Eu realmente o achei adorável — e lindo. Os olhos castanhos e os cabelos pretos lhe caiam super bem. Ele era jornalista e escreve a coluna semanal de esporte em um dos jornais mais privilegiados da região.
Terminei de passar o pano na sala e fui em direção a um dos quartos, no meu celular agora tocava The Nights do Avicii. Ao entrar no quarto me deparei com o esqueleto de uma cama e percebi que havia uma caixa de baixo da mesma. Deixei o rodo encostado na parede oposta e me abaixei esticando meu braço para agarrar a caixa.
Assim a trouxe para fora do espaço da cama a segurei para colocá-la em cima da mesma, para poder passar o pano sem obstáculos, mas feito isso acabei  por desequilibrar e deixei a caixa escorregar da minha mão. As coisas que caíram pareciam várias notas amarradas em um elástico.
Oh meu Deus. Justin era rico. Super rico.
Talvez ele tenha roubado um banco pouco antes de sair daqui. Não.
Talvez ele seja um traficante.
Oh meu Deus.
Ele é um traficante.
Ao me abaixar, com o coração acelerado a um ponto em que podia até mesmo ter um infarto, peguei um dos pacotes me dando conta de que não era dinheiro e sim cartas. Muitas delas. Eu ia pega-las e guarda-las novamente — não queria invadir sua privacidade — mas eu vi um nome em uma delas e eu ineditamente não podia ignorar aquilo.
Amber.
As cartas eram para ela, ou talvez sobre ela e isso atiçou minha curiosidade. Não quero ser a pessoa que enfiou o nariz onde não devia e encontrou o que
não queria, mas eu tinha que ler. Pelo menos uma dela. Não ia machucar ninguém, não é?
Ele não estava aqui, estava bem longe, muito longe. Nunca iria desconfiar que eu estou lendo suas escritas. Talvez nem seja algo tão grande assim. Se ele as deixou talvez não precisasse delas.
Ou talvez não queira lembrar delas.

Com a respiração acelerada retirei o elástico e dei uma olhada rápida nos papéis. Eram de tamanhos, cores e estilos diferentes, mas todos tinham a mesma caligrafia e o mesmo começo.
Querida Amber.
Eu escolhi uma e coloquei as outras no chão e então comecei a ler cheia de ansiedade e nervosismo.
Querida Amber,
Hoje eu recebi alta do hospital.
Minha mãe está tão decepcionada comigo. Eu nem consigo olhar para os olhos dela de tanta vergonha que sinto, e a tristeza em seu olhar é quase impossível de aguentar.
Eu prometi para ela, para mim e agora prometo até para você: eu nunca mais vou usar drogas na minha vida. Nunca mais.
Com amor, Justin.
Merda. Justin já usou drogas?! Ele já foi para o hospital por causa de drogas?! Caralho! Eu não consigo acreditar. Esse Justin? O Justin que estava lendo Orgulho e Preconceito quando nos conhecemos, que é um ótimo cozinheiro e uma pessoa maravilhosa já usou drogas?! Isso é tão não
Justin que chega a doer em mim só de pensar neste ser humano maravilhoso dependendo de drogas
Deixei esta carta no chão e peguei outra, está era um pouco mais longa. Eu quero saber quem é Amber; quero saber por que ele fica mal quando fala sobre ela; quero saber o que aconteceu.
Querida Amber,
Um pouco antes de eu voltar para minha casa no pior dia da minha vida me dei conta de que fazia 2 anos e meio desde o nosso primeiro encontro. Me dei  conta, também, que depois que assistimos aquele Pôr-do-sol mais nenhum teria significado se você não estiver comigo.
Não tem sentido se eu não estiver fazendo com você.
Viver, sorrir, chorar... nada. Nada tem sentido mais. E eu não suporto isso. Eu quase não suportei por um ano e agora eu tenho que suportar o resto da minha vida. Antes era diferente, antes eu tinha esperança. Você ainda estava lá. Não do jeito que eu gostaria, óbvio. Mas ainda estava lá.
Nos finais dos meus dias eu sabia que se eu fosse até você eu poderia te tocar, observar seu peito subir e descer por conta da sua respiração e agora não posso mais. Eu só posso te levar flores e observá-las se mexerem por conta do vento. Sentir o vento bater em meu rosto quase tão gelado como sua mão costumava ficar.
Em tudo que aconteceu com a gente apenas uma coisa não mudou. Os meus sentimentos. O que eu sinto por você sempre continuará a ser o mesmo. O meu amor sempre vai ser o mesmo por você. Não importa o tempo que passe. Não importa se você estiver viva ou não, eu sempre irei amar você.
Com amor, Justin.
Eu estava sem palavras. Nada faz sentido se não for com você. Olhei pelo papel, tentando encontrar alguma data ou algo que me dissesse que dia ele escreveu isso, mas não havia nada.
Eu não podia ler isso. Não agora. Peguei as cartas e arrumei em um montinho, como estavam antes, coloquei o estático e guardei novamente na
caixa. Peguei a caixa e coloquei em cima do ferro da cama e forcei-me a terminar de limpar aquilo tudo. Nada de cartas. Nada de Justin. Nada de Amber.
,;,
Eu olhei para a tela no meu sistema de navegação tentando descobrir se eu estava na rua certa ou não.

Faça uma curva U autorizada em 0.5 milhas.
Certo. Eu fiz a curva em 0.5 milhas.
Seu destino, 3761 West 56th Street está a sua esquerda.
Não, não está. Eu continuei seguindo reto.
Vire à direita em 6 metros.
Eu virei ao comando da voz robótica.
Vire à direita.
"Oh meu Deus, eu não estou brincando com você! Pare de brincar comigo! Apenas me diga onde diabos está a casa dele!"
Vire à direita, seu destino está a sua esquerda.
Não. Está.
Faça uma curva U.
"Cale a boca!" eu gritei. Olhei para o lado indo pelos números das casas. 3650, 3700, 3698, 3761!
Eu olhei ao redor para procurar um lugar onde eu pudesse estacionar e então fiz meu caminho até a casa de dois andares brancas com uma porta
azul escura. Era o tipo de casa que vemos em filmes, eu estava maravilhada.
Eu não sabia explicar o motivo, mas minhas mãos estavam extremamente suadas. Guardei minhas chaves na boas e quanto estava fechando-a a porta se abriu.
E pelo amor de Deus... como ele era lindo! Dylan vestia uma blusa de manga curta branca e uma calça jeans. Ele estava tão informal e mesmo assim continuava maravilhoso.

"Hey, eu espero que você ache o lugar legal." ele disse dando espaço para eu entrar.
"Sim, e foi super fácil de encontrar." menti. Me levou um tempão por isso estou 10 minutos atrasada.
Eu caminhei para dentro e observei o lugar. A cozinha era a esquerda aberta para sala e havia uma pequena sala de estar. Uma escada levava para um pequeno corredor onde imagino estarem os quartos. O piso é de um mármore escuro. As mobílias brancas. E tudo neste lugar mostrava como eles
eram limpos e organizados. Diferente de mim. "Você tem uma casa muito legal." eu disse.
"Obrigado." ele respondeu colocando a mão no meu lado. Ele me virou e me colocou próximo ao seu corpo. Eu senti seus braços pesarem dos meus quadris até meus braços e então para minhas bochechas. Eu olhei para aqueles maravilhosos olhos castanhos. Ele olho diretamente para os meus também entes de sorrir e deixar um beijo gentil em meus lábios.
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grEEEEEEEEEEEEEEEEEEEDDDDYYYYYYYYYYYYYYYYYYYY you know that im greedy for love
EU GOSTO DE DYLAN E CLAIRE ME JULGUEM (caso não se lembrem, Dylan já foi citado  "um cara que conheci no Tinder que não era um psicopata")
postei e sai correndo

SAFE HAVENOnde histórias criam vida. Descubra agora