Dois

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- Hey. Eu sou o Jack. Então você é a nova colega de quarto da Mad? - o menino sorriu. Jesus, que sorriso maravilhoso era aquele? Acho que fiquei uns bons segundos só olhando, hipnotizada, para aquele sorriso. Até que eu tomei vergonha na cara, parei de babar e falei:
- Olá. - sorri. - Prazer, eu sou a Alice. E, sim, eu sou a nova colega de quarto da "Mad". - ri fraco com o apelido.
- Então Lice, você é solteira? - ele falou chegando mais perto de mim. Soltei uma gargalhada, jogando a cabeça para trás. O pessoal daqui é meio sem vergonha, né? O outro garoto, que até então estava abraçando a Madison com a língua, chegou até mim e disse:
- Desculpa, ele está na seca a um bom tempo, aí quando vê uma garota bonita, já vai logo querendo agarrar. Ah, oi. Eu sou o Jack, namorado da cervejinha aqui. - disse apontando para a garota baixinha ao meu lado.
-Então você é o moreno, alto, gostoso que namora minha amiga?
- Parece que nós já fomos apresentados, já que você tem todas as minhas características. Só se esqueceu de "maravilhoso".
- E modesto, não podemos nos esquecer. - falou o loiro. Eu gostei deles, são pessoas engraçadas. E esse loirinho, não sei não, acho que não vou conseguir manter nossas bocas longe por muito tempo. Depois de uns minutos jogados foras falando bobagens, o Johnson (sobrenome do loiro, que eu descobri depois de alguns segundos confundindo os Jack's) disse:
- Então, vamos? Ali, você vai de pijama pra festa? - ele falou rindo da minha cara.
Oi? Que festa? Tudo o que eu sabia era que os meninos viriam aqui, nada de festas.
- Que festa? Pode me explicando isso, Madison Beer. - falei fazendo cara de brava
- Ah, é uma festa de começo das aulas que os amigos deles vão dar. Vamos, Ali, por favooooor! - falou fazendo drama.
- Mas eu nem tenho roupa para ir! Além de que eu não vou conhecer nem metade das pessoas.
- Ah, por favor Alice! Vamos, eu te empresto uma roupa minha. E, meninos, encontramos vocês no carro. Agora, saiam daqui.
Ela me emprestou um vestido preto e branco, até a metade das minhas coxas, meio justo. Deixei meu cabelo solto e fiz uma leve maquiagem. Nada especial. Depois de quase meia hora tentando pular a janela, e uns 15 minutos até a casa onde ocorria a festa em que os meninos foram reclamando da nossa demora e que, segundo eles, as bebidas boas já teriam acabado, chegamos. Ao entrarmos, os meninos falaram com praticamente todo mudo, enquanto eu os seguia tentando não perder a Madison de vista. Até que eu sinto um braço me envolver e a primeira reação que eu tenho é socar a pessoa. Depois eu me arrependi, pois era só o Jack Johnson:
- Ai, Alice! Essa doeu! Eu só ia te levar para conhecer meus amigos, mas já tô pensando em não fazer isso, vai que você soca eles também?
- Desculpa, Jack. Prometo não bater em nenhum dos seus amigos. - sorri de um jeito fofo. Ele me puxou até uma mesa onde tinha várias pessoas. Não, melhor. Vários GAROTOS! Eu estou no paraíso! Assim que chegamos perto o suficiente para todos notarem nossa presença, Jack apresentou:
- Galera, essa é a Alice, nova colega de quarto da Madison. Ela é brasileira! - os meninos me olharam com interesse, como se fosse coisa de outro mundo ter nascido no Brasil. - Ali, esses são: Aaron, Carter, Cameron, Nash, Jacob, Shawn, Hayes, Taylor e o grande Matthew Espinosa.
Ok, talvez eu tenha ficado sem ar por alguns segundos. Quer dizer, os meninos são lindos e tal, mas o que me chamou mais atenção foi o Matthew. Talvez eu estivesse babando, mas não importa, porque aquele homem merece ser analisado. Alto, dos cabelos loiros mais lindos que eu já vi ( talvez eu tenha uma paixão por loiros, mas é só uma hipótese), olhos castanhos que pareciam enxergar até minha alma e um sorriso debochado que parecia dizer "Então essa é a nova trouxa que vai ser apaixonar por mim?". Dei um abraço em cada um porque, o que minha mãe me ensinou direitinho foi a ser educada. Claro que eu reparei no perfume maravilhoso do Matthew. Acho que foi o Taylor que disse:
- Parece que a Alice já tem um alvo em mente. Vai lá amiga, lanha o gato.
Tudo bem, é possível alguém corar e morrer de rir ao mesmo tempo? Pois foi isso que aconteceu. Eu me sentia igual a um tomate. Claro que eu tive de dizer alguma coisa:
- Depois os brasileiros que são fogosos. Que isso. Só vou começar a lanhar os gatos depois de uns goles de vodka.
- Pura ou misturada? - ele perguntou com um olhar desafiador.
- Pura. - respondi certeira. Ele me lançou um sorriso aberto e disse:
- Acho que seremos bons amigos. Vem, vamos buscar vodka. - e ele me puxou até o barman. Um minuto depois, eu já tinha virado dois shots. Não era meu plano ficar bêbada, até porque amanhã eu tenho aula. Mas alguma coisa no Taylor desperta meu lado festeiro, não sei porquê. Estávamos falando coisas sem sentido um para o outro, até que Animals do Martin Garrix começou a tocar, e, sejamos sinceros, não tem como ficar parado com essa música. Eu e o meu mais novo amigo fomos correndo até a pista de dança e começamos a dançar. Ou melhor, a tentar dançar. Até porque, que tipo de dança era essa que a gente só pulava e mexia o corpo de um jeito totalmente louco? Depois de umas duas músicas, meus pés já estavam tentando fugir de mim. Eu estava morta de cansaço e necessitava de alguma coisa para beber. Avisei ao Taylor que eu ia me sentar e depois de alguns protestos da parte dele e alguns xingamentos me chamando de fraca, eu finalmente voltei a mesa. Os meninos não estavam lá, deveriam estar lanhando alguma gata, como o Taylor diria. Depois de beber alguns copos de água (não me julguem, eu estava com sede poxa) eu senti um cheiro impossível esquecer. Era o cheiro dele. Matthew se sentou na minha frente, olhou nos fundos dos meus olhos e falou:
- Azul é minha cor preferida.

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