Ephemeral

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Notas: E nós estamos de volta. Sentiram saudades? Nem deu tempo, não é? Aproveitem, porque nós só teremos mais 13 capítulos.
Boa leitura!  

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7 anos depois...

Seu corpo parecia pesado demais para ser sustentado, ou para se movimentar. Gotas de água caíam insistentemente em sua cabeça e ela podia sentir os fios loiros grudando em sua face. Cada quina de sua mente gritava em protesto. Aquilo era desconfortável. Uma voz brincou em seus ouvidos, assegurando que aquilo era um pesadelo. Ela iria acordar, seca e confortável em sua própria cama. Talvez estivesse atrasada para o trabalho, ela acabaria saltando da cama com as energias renovadas. E seria mais um longo dia entre uma cirurgia e outra.

Aquela voz estava errada, entretanto, e ela sabia que o caos em sua mente não era em vão. Aquilo não era um pesadelo. Ela não estava dormindo e as gotas não iriam cessar se ela não se arrastasse para longe dali. Não que houvesse espaço no pequeno quarto, mas ela ainda não sabia disso. Recusava-se a abrir os olhos. Se ela o fizesse, não teria como dar ouvidos a voz zombeteira uma vez mais. E a mulher, encolhida contra si mesma, estava tão cansada... Ela poderia lidar com a umidade e deixar sua mente escorregar para a inconsciência. Era mais fácil do que se movimentar.

Não durou muito tempo. Ao menos, parecia ter durado segundos. E ela estava de volta ao redemoinho. A exaustão. Dessa vez, no entanto, tentou se livrar das mechas pesadas e úmidas contra sua face. Um suspiro ecoou pelo quarto ao reparar que suas mãos estavam amarradas atrás de seu corpo. Sem abrir os olhos, pois ainda tentava escutar os sussurros brincalhões e acreditar que estava em um sonho, ela tentou esticar as pernas. Seus pés, unidos por mais uma amarra, bateram contra a parede em um baque surdo. Lágrimas caíram de seus olhos. Todo o lado esquerdo de seu corpo estava dolorido pelo peso.

Seus olhos se abriram para enxergar o nada. Não, não o nada. Havia, de fato, uma fonte de luz. Infravermelho. E a pouca iluminação a cegou. E enquanto as lágrimas cresciam, ela continuou cega. Oh, ela estava tão ferrada. Tudo o que sua mente a mostrava, parecia pertencer à outro tempo. Ou à outra pessoa. Ela estava presa em um quarto escuro e, ao seu lado, havia a luz instável e vermelha. Vermelho sem vida, mas neon. As lágrimas cessaram quando o pânico se desfez em lembranças. Ela iria morrer, e o cronômetro em regressão apenas indicava o óbvio.

65h: 18m: 33s

Clarke Griffin estava com os dias contados.

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Notas Finais: Não me matem pelo capítulo pequeno. Ou por não preencher as lacunas deixadas na part I. Ou por criar mais lacunas. Mas, elas serão preenchidas nos próximos 13 capítulos. Vejo vocês nos comentários!
PS.: O que acharam da capa? Eu fiz 8 ao todo e fiquei morta de dúvida sobre qual usar hahaha
XOXO  


Wild Hearts (Part II)Onde histórias criam vida. Descubra agora