I don't have to protect you.

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Meyers, Crystal

Ouvi Charsless soltando uma risada irônica, apenas intortei meus lábios formando um leve sorriso desafiador, ele me encarou e parou  com a gargalhada e formou o mesmo sorriso em seu rosto. 

- Quem te ajudou ? - Ele falou se escorando na mesa da cozinha e eu ainda na escada apenas observando, seu ajudante ficava sério apenas esperando as ordens do seu chefe. 

- Meu pé. - Falei ironizando, mas falando a verdade. 

- E quem é seu pé ? - Ele me desafiava. 

- Não tem ninguém além de mim aqui. - Falei indiferente. 

- Não tinha como você sair de lá. - Ele disse no mesmo tom. 

***

Clark, Shane

Eu sabia que não tinha muito o que esperar de Charless, em uma semana ele irá acabar com a raça dela. Scott já havia me conseguido o local, só não havia estudado ele. Mas eu estava pouco me fodendo, estava com duas armas comigo e eu mataria quem visse pela frente, Charless nunca foi bom com proteção, nunca usa seguranças os suficientes, e as vezes se garante tanto que ele nem levava seguranças. 

Estava na estrada já chegando no endereço. dobrei a esquina e me deparei com um carro branco, dei de ombros e dei a ré. Estacionei uma quadra antes e fui a pé mesmo. Apressei o paço quando cheguei no pátio, ninguém poderia me ver de fora, e nem eu os ver na parte de dentro. 

Cheguei perto da porta e encostei minha cabeça para ouvir o que estava acontecendo e eles pareciam estar apenas conversando. 

***

Meyers, Crystal 

Ele se aproximou de mim ameaçando me segurar e eu levei a arma as pressas a sua cara fazendo ele se inclinar para atrás e abrir um pequeno sorriso, eu o olhava nos olhos com todo o meu ódio. Seu parceiro fez um movimento demonstrando que iria me atacar, mas ele fez sinal com as mãos para que parasse. 

- Deixe ela mostrar do que ela é capaz. - Ele disse me desafiando. Eu continuei com a arma levantada e o olhando nos olhos, minha mão começou a soar, meus olhos se encheram de lágrimas, eu estava com muito ódio, mas não sabia se eu iria ter coragem de apertar o gatilho. 

Eu via em seus olhos deboche se espandindo, vi em seus olhos que eu e ele sabíamos que eu não iria conseguir, mas eu estava com o meu orgulho em minhas mãos. 

- Vamos chefe, deixa eu acabar com a raça dela. - O cara mordia os lábios de tanto ódio. 

Assim que ele disse isso, sem dar tempo para que Charless o respondesse a porta do casebre voou para longe me fazendo dar um tiro no teto sem querer, as lágrimas saíram do meu rosto e eu pensei o quanto, novamente havia sido fraca.

Um homem de rosto familiar apareceu naquele lugar e estava com uma arma apontada para Charless e a outra para seu comparça. 

- Não toquem nela novamente entenderam ? - Disse o homem. Charless e seu comparça ficaram parados mas com o mesmo olhar de sempre. 

Ele estava de costas para mim e eu não conseguia ver seu rosto direito, mas a voz dele era familiar aos meus ouvidos. Minhas pernas ficaram bambas e eu cai no chão. Minhas palpebras começaram a pesar e eu só via as pessoas mexendo a boca, não escutava mais nada. O cenário estava completamente borrado e tudo que eu lembro é de ter visto o chão frio e os pés de alguém e logo tudo ficou escuro.

***

Clark, Shane 

Estava com a arma apontada para casa de cada um . 

- Ninguém precisa sair ferido. Ou morto. - Falei ameaçador. 

Olhei de canto para ver a Crystal e notei ela desmaiada, deixei ela lá, iria fazer esses caras se renderem ou eles teriam que morrer. 

- E se tiver que sair, será você ou ela. - Disse Charless e eu atirei no meio dos dois. 

Seu comparça pulou para o lado e agarrou a garota desmaiada e pois uma faca em seu pescoço, eu fiz o mesmo com Charless porém estava com a arma em sua cabeça. Senti seu nervosismo mas o orgulho dele era maior. 

- Solte ele, ou eu a mato. - Ele falou a ameaçando e forçando mais a faca em seu pescoço mas sem cortar. 

- Se a matar eu mato seu chefinho. - Charless fez sinal para que ele a soltasse. Ele a soltou e eu larguei Charless, ele recuperou o ar  enquanto eu fui as pressas e tomei a garota em meus braços e saí correndo dali, os dois vieram atrás de mim, mas eu tinha que dá um jeito de acordá-la ou correr e tentar a sorte. 

Eu estava sozinho, em meio a correria vi seus olhos se abrirem com dificuldade e eu ainda me concentrava na corrida, porém logo voltaram a se fechar. Fechei a cara e continuei a fuga, eles eram dois, e mesmo assim eu conseguia ser mais rápido, logo cheguei aonde estava meu carro, abri a porta e toquei ela pra dentro do carro no banco do carona e entrei logo no do motorista.

Eles alcançaram o carro e bateram na porta, porém eu sai cantando pneu, eles saíram correndo para pegar o carro que eles estavam e eu sumi na estrada. Depois de um bom tempo, eu já não vi eles mais, vi a oportunidade e fui para a casa, ela estava toda torta no banco. 

Cheguei em casa e estacionei o carro na garagem. Minha mãe havia viajado a trabalho, e só estava eu e os seguranças e empregados. E eu tinha que esperar ela reagir. Peguei-a em meus braços e levei-a até o sofá. 

Nunca havia reparado nela, mas ela não é feia, ela é bonitinha, e como ela conseguiu sair de lá ? Garanto que ela poderia trabalhar na minha equipe. Um pouquinho mais de treinamento. 

Mas eu só poderia saber disso se ela reagisse. Sentei do seu lado e fiquei a observando por minutos esperando sua reação. Sorri sozinho, o sorriso em meus lábios se formou, não sei o real motivo do sorriso, mas ele se formou. Mas ela não precisava de minha proteção. 

When Love DieOnde histórias criam vida. Descubra agora