Um.

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14/09/19.

Olá! Sei que muitos que tem a fic na biblioteca devem está assustados com essa atualização, mas é por uma boa causa, juro!

A muito tempo estava pensando em corrigi-la. Pois como foi escrita a anos, ela continha uma quantidade absurda de erros.
E não vai ser uma simples correção, sim, uma outra adaptação com novos trechos e pensamentos que escreverei em destaque "negrito" para quem já leu! Estejam à vontade para reler e me ajudarem com alguns trechos que possam ainda conter erros. Desde já agradeço a todos!

Quem aí é leitor novo? Comenta #LeitorNovo para que eu veja ❤️

Quem aí está relendo? Comenta #leitorantigo e me digam o que acham das adaptações!

Eu amo vocês ❤️

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9:34 am.
14/09/2011

Olho pela última a paisagem diante janela do meu quarto, o sol entre as nuvens, as folhas caindo lentamente das árvores da rua me fazem correr os pensamentos. Eu realmente deveria está feliz pela minha mãe, mas eu não consigo. Nunca soube como lidar com a separação dos meus pais, éramos uma família perfeita, literalmente falando. No entanto tudo acabou, acabou como se fosse nada! Meu pai traiu minha mãe, na época fiquei realmente com muita raiva dele, mas depois passou, mais ou menos. Ele foi idiota com a minha mãe, da maneira mais suja, mesmo assim ainda tive o sonho e esperanças que um dia ela voltaria atrás e tudo se normalizaria. Esperei até hoje, mesmo depois de 5 anos. Não sou mais uma menininha de 12 anos, tenho 17 e preciso pensar como uma pessoa da minha idade! Se minha mãe está feliz irei fazer de tudo para também está. Por mais que eu tenha que deixar toda a minha vida praticamente pra trás, devo fazer isso por ela. Por ela está mais feliz do que nunca esteve.

"Rachel ande logo" minha mãe grita do andar de baixo da casa.

"Eu já vou" ponho a última peça de roupa na mochila.

Me dou uma última olhada no espelho alisando meus cabelos pretos que já estão na altura do ombro, ponho um laço na cabeça fazendo com que minha franja não caia nos meus olhos verdes escuros. Puxo minha mala de rodinha escada a baixo colocando o sorriso mais falso que consigo no rosto.

"Mas a escada fica Rachel" minha mãe brinca pelo fato da mala ter corrido escada abaixo. Essa piada mostra seu senso de amor, ou seja, nenhum.

"Amo tanto ela que queria leva-la" tento rir mas acho que meu rosto faz o contrário.

"Obrigada por isso Rachel, nossas vidas serão diferentes a partir de hoje" ela me abraça. Achei que tudo vale a pena por esse abraço.

Não falo nada apenas a observo arrumar o resto das coisas da casa, moramos por 5 anos aqui depois da separação dos meus pais, no entanto ela é alugada, e bom, as coisas já estavam ficando puxadas financeiramente, até o namorado da minha mãe oferecer moradia para nós duas. Minha mãe parece tão mais feliz atualmente e devo parar de ser egoísta e está feliz com ela. Seus cabelos pretos iguais os meus, mais curtos mas intensamente brilhantes e seus olhos negros lhe tornam a mulher mais bonita do mundo, bem aqui na minha vista.

"Vamos!"Jorge entra na casa e me assusto um pouco. Vejo ele distribuir um aconchegante abraço.

Minha mãe o abraça e observo de cabeça baixa. Jorge leva nossas malas até o carro e eu logo entro colocando meus fones de ouvido, a cidade vizinha não é muito longe. Cerca de uma hora daqui, então decido ficar acordada o trajeto inteiro. Aperto minhas pernas assim que Jorge diz que chegamos, a casa não era tão grande afinal, mas bem aconchegante vista aqui de fora. Desço do carro e pego uma das minhas mochilas caminhando até a casa. Jorge abre a porta e analiso o lugar, era tão... masculino! Olho para os lados tentando decifrar toda a decoração rústica do lugar, capacetes de futebol junto com faixas e latas de refrigerante espalhadas pela mesa de centro. O vídeo game toma conta do sofá, tento não sentar em dos controles quando finalmente decido me sentar. 

"Temos um pequeno problema, a casa só tem dois quartos." Jorge coça a cabeça.

"Sem problemas, eu posso dormir aqui" bato no sofá que levanta uma pequena poeira. E faço uma cara assustada.

"Negativo Rachel, este lugar está imundo" ele parece envergonhado.

"Está tudo bem" na verdade não está, já sinto vontade de espirrar naquele lugar.

"Você e sua mãe poderiam dormir em meu quarto, e eu durmo com Zayn" Ahhh sim tinha esquecido o detalhe que ele tem um filho.

"Imagina Jorge eu realmente fico bem aqui e vocês... Bom vocês tem que curtir a lua de mel" ironizo e vejo minha mãe ruborizar.

"Rachel" minha mãe adverte.

"Irei falar com o Zayn, tenho certeza que ele não irá se importar de dormir no sofá está noite" ele soa envergonhado.

"Tudo bem" cruzo os braços.

"Bom, vou lhe mostrar o quarto" ele fala.

Subimos até o andar de cima e me pergunto se algum lugar dessa casa já teve a visita de vassouras ou esfregões. Jorge mostra-me o quarto e como esperava o lugar está uma zona, não sei aonde começa a cama e termina a mesa de estudos por exemplo. Tem roupas espalhadas por todo o canto e latas de refrigerantes saindo por de baixo da cama. Jorge me olha completamente frustrado e eu não disfarço meu espanto.

"Ah, tudo bem posso me virar" entro no quarto com os braços à altura do peito.

"Se precisar de algo, grite" dou risada do comentário.

"Tudo bem" falo e o vejo sair. Jorge tinha uma história de vida surpreendente o que me faz admira-lo e aceitar todas essas condições.

Meus olhos andam de um lado pro outro nesse quarto. Jogo minha mochila na cama, e ela tomba até o chão pela quantidade de roupa que estava em cima dela. Pego as roupas que caíram e as dobro colocando-as no guarda roupa. Pego uma sacola que estava no canto do quarto e recolho as latas de refrigerantes, puxo um caderno preto de baixo e o abro, são poemas? Ou músicas? Seja o que for são lindas. Talvez o zayn seja uma pessoa amável vendo as coisas lindas que ele escreveu, penso. Ponho o caderno no lugar e arrumo a mesa de estudo, puxo as roupas de cama e as arrumo por cores, ou seja apenas uma pilha pois todas ali são escuras. Organizo uns papéis e arrumo as prateleiras, aliso uns pôsteres de desenhos e quadrinhos na parede os deixando certos. Desenrolo o tapete e algo fica preso no meu pé. Ruborizo no mesmo segundo.

"Que nojo!" Tento desgrudar uma camisinha grudada no meus tênis sem tocar aquela coisa... os homens não tem o dever de se livrar dessas coisas? Ou apenas deixam-as jogadas dessa maneira?

Tento a tirar de qualquer jeito, então pego um papel qualquer e a tiro quase vomitando por pensar aonde aquilo esteve, jogo o papel pela janela, tento puxar o colchão de baixo da cama e depois de muita luta com o mesmo consigo e me deito. Minha cabeça dói, são muitas informações pra tão pouco dia. Bufo de raiva por está aqui.

"Quem é você?" Uma voz ressalta no quarto e sento rapidamente.

"Rachel... eu sou... " me perco e observo o rapaz moreno na minha frente. Uau o senhor bagunça é bonito!

"Dormir com você ontem ou algo do tipo?" Ele parece sorrir.

Suas botas batem no piso de madeira do quarto  fazendo pequenos estalos, as fivelas da sua jaqueta tilidram no ar. Acho que ele gosta de preto pois está todo de preto, como já suspeitava, por algum motivo eu estou nervosa, muito nervosa! Mais nervosa do que eu poderia está...

"O que? Não!" levanto rápido.

"Então o que faz aqui?" Ele gesticula com as mãos.

"Sou filha da Anne ela e seu pai..." tanto falar mas ele começa a rir.

"Ahhh sim, você! Mas mesmo assim ainda não sei o que faz no meu quarto! " ele cruza os braços e vejo sua aproximação, quase como se me atingisse de uma maneira bruta.

"Bom, o seu..." sou mais uma vez interrompida.

"QUE PORRA VOCÊ FEZ NO MEU QUARTO?" ele grita, e enfim olha pro quarto. O arrumei! Penso.

Dou um passo pra trás com o susto e acabo caindo sentando no colchão novamente. Isso não é um bom sinal. Não sou muito boa com minha emoções, isso me torna a pessoa mais emotiva do mundo.

Bom vou usar nomes fictícios na família do Zayn por que acho que fica melhor.

My Fake Brother| ZOnde histórias criam vida. Descubra agora