"Como você sabe desse lugar?" Sua voz é falha.
"Eu..." tento ficar de pé mas uma tontura me atingi.
"Você bebeu?" Ele me olha surpreso.
"Não eu só... Não bebi" gaguejo.
"Vou te levar pra casa vem" ele segura meu braço.
"Não vou pra casa" viro de costa e caminho até a vidraçaria.
"Sabe, esse lugar. Eu nunca revelei pra ninguém" ele fica ao meu lado.
"Pois é" engulo o choro.
"O que te trouxe? Eu te trouxe aqui?" Ele me olha de lado.
"Há um tempo atrás" cruzo os braços.
"Fizemos isso?" Ele olha em volta.
"Fizemos" falo baixo.
"Por que?" Ele caminha até a parede com coração.
"Por que estávamos felizes" me seguro para não falar mais nada.
"Felizes, nós dois?" Ele segura a cabeça.
"Aquele lance de ir pra casa... Acho que quero ir" caminho até a porta.
"O que você me esconde?" Ouço sua voz atrás de mim.
"Você vai se lembrar, se for importante você lembrará" caminho até as escadas.
"Tem algo em você que me faz querer descubri tudo isso" sua voz atrás de mim me faz arrepiar.
"É o que mais quero" seguro minhas lágrimas.
"Vamos tomar sorvete?" Ele fala e viro surpresa pra ele.
"Vamos..." falo calma.
"Tem um lugar muito bom" ele para na minha frente.
"Então vamos lá" começo a andar.
Zayn e eu conversamos sobre várias coisas, na realidade ele me pergunta o que fazia antes do acidente. Falo sobre sua faculdade, seu amor por motos, seus amigos, seus gostos etc... pegamos o metrô e o assunto some, vejo um casal no banco de lado e vejo quão impossível isso vai ser com o Zayn e comigo.
"Vamos?" Ele me tira dos meus pensamentos.
"Claro" descemos do metrô.
Caminhamos mais um pouco e chegamos até a estrada, caminho de um lado e o Zayn de outro. Avisto a lanchonete que ele me trouxe depois do aniversário da Regina, lembro que foi aqui a primeira vez que rimos juntos e foi a noite do nosso primeiro beijo. Entramos no lugar e ele cumprimenta todos, pede dois sorvetes e esperamos chegar, Zayn também pediu batatas como na primeira vez.
"Gostou?" Ele pergunta quando tomo um gole de sorvete.
"Sim" roubo uma batata sua.
"Ei" ele dá um tapa na minha mão e me olha estranho.
"O que foi?" Tomo meu sorvete.
"Você... você já esteve aqui comigo. Como eu te trouxe nos lugares mais importantes da minha vida e não consigo me lembrar de você?" Ele me olha surpreso.
"Você lembrou de mim agora... Já é um grande começo" como uma colher de sorvete.
"Sinto que devo lembrar ainda mais" ele come uma batata.
"Sim..." o olho.
"Acho que a gente precisa ir" ele levanta.
"Tudo bem" como o sorvete apressada e ele rir.
Andamos pela estrada que já está quase escura e analiso um pouco o céu, minha vida parece ter virado de ponta cabeça e apenas se passaram 5 meses. O que mais dói e saber que ele não lembra e parece não se esforçar para lembrar.
"Posso te pedir uma coisa?" Viro quase tombando com ele.
"Pode" ele parece nervoso.
Eu não sei se foi o álcool ou minha vontade realmente mas o beijo, ele vai para trás e o aperto mais contra o seu corpo... ele recusa.
"Como pensei" começo a andar apressada.
"A gente já fez isso antes?" Ele pergunta atrás de mim.
"Esqueça" ando mais rápido.
Sou surpreendida quando ele me vira até ele e volta a me beijar, seu corpo cola no meu e só consigo ouvir o encontro dos nossos lábios na estrada deserta. Eu não sei bem o que é isso ou porque ele teve a iniciativa mas não posso negar que estou feliz.
"Isso é errado" ele se afasta.
"A resposta é sim" seguro o meu rosto.
"O que?" Ele parece mais que confuso.
"Já fizemos isso antes... na verdade muitas vezes. Zayn, antes de tudo acontecer estávamos juntos" me aproximo.
"Nossos pais eles sabiam?" Ele pressiona a cabeça.
"Não... mantínhamos segredo" o olho mais surpresa ainda.
"Nossa" ele bufa.
"O que você acha sobre?" O olho.
"Acho que devemos ir pra casa" ele põe as mãos no bolso.
"Tudo bem" volto a andar.
Não trocamos mais nenhuma palavra até em casa.
(...)
Se passaram 2 semanas, Zayn tem uns flashs de memória de vez em quando mas em nenhuma mais ele lembrou de mim. Seu jeito grosso voltou aos poucos e confesso que já estava com saudades. Nós quase não nos falamos apesar das minhas tentativas enlouquecidas de tentar falar com ele, ele parece se afastar todas as vezes. Eu não desistir dele, a noite o vejo dormir e fico imaginando como estaríamos se ainda estivéssemos juntos, quantas brigas ainda teríamos, quantos sorrisos.
"Droga" falo ao deixar um prato cair da minha mão e um caco me cortar.
"O que houve?" Zayn entra na cozinha.
"Me cortei" pressiono a mão em um guardanapo.
"Como se cortou com a faca... Você se cortou com uma faca não é mesmo?" Ele parece lembrar.
"Sim" abro um sorriso depois fecho o rosto pela dor.
"Eu te ajudo" ele segura meu braço e lava com água depois pressiona o pano.
"Esta melhor" olho o ferimento.
"Ainda bem" ele lava as mãos.
"Obrigada" o olho amena.
"De nada... ah, você vai a algum lugar essa noite?" Ele me olha nervoso.
"Não..." seguro o pano contra o dedo.
"Gostaria de... tipo... ir ao cinema?" Ele põe a mão nos bolsos.
"Cinema?" Pergunto perplexa.
"Se você quiser é claro" ele me olha mais nervoso ainda.
"É claro que quero" não escondo minha felicidade.
"Até as 8 posso lhe buscar na sua casa?" Ele brinca.
"Ah é claro, você tem o endereço?" Entro na brincadeira.
"Eu consigo... até mais" ele sai.
Pulo na cozinha de alegria e logo lembro que preciso estancar meu dedo com sangue.
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My Fake Brother| Z
Fiksi PenggemarPRIMEIRO LIVRO Após a separação dramática dos seus pais. Rachel se vê quase obrigada depois de anos a viver com o novo namorado da mãe, se já não bastasse isso ele ainda tem um filho do antigo casamento, o menino mais arrogante que ela com certeza...