Quarenta e quatro.

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"Jorge..." enxugo as lágrimas.

"Eu já desconfiava" ele fala e fecha a porta e o Zayn levanta.

"Pai..." ele tenta falar.

"Arrume suas coisas você vai passar um tempo com sua avó" ele fala sério.

"Jorge" fico em pé.

"Tudo bem" o Zayn fala e me lança um olhar para ficar calma.

"Isso não poderia ter acontecido e vocês dois tem a noção disso, é um erro que acaba por aqui" ele parece nervoso.

"Pai você precisa me ouvir" ele se aproxima.

"Não Zayn, não preciso ouvir. Você me prometeu que mudaria, que não pensaria como um adolescente mas o erro também foi meu, não deveria ter deixado a Rachel aqui sabendo o tipo de pessoa que você se tornou!" Seus olhos ficam vermelhos de raiva.

"Que tipo de pessoa eu me tornei? Fale! Eu me tornei exatamente o que você queria, fui pra faculdade, comecei a trabalhar sempre fui seu filho exemplar!" Ele grita e segura a cabeça.

"Zayn!" Me aproximo e o seguro para não cair.

"Rachel eu... eu lembrei de tudo...Logan!" Ele me olha nervoso.

"Calma tá tudo bem" o abraço.

"Arrume suas coisa agora e você Rachel venha comigo" ele puxa meu braço.

"Me solta" vou pra trás do Zayn.

"Não faça sua mãe acordar e ter essa decepção!" Ele me fala paciente.

"Ele esta certo" meu Zayn frio voltou.

"Zayn..." suspiro.

"É apenas um tempo Rachel" ele me abraça e o Jorge lança um olhar frio pra gente.

"Inferno! Zayn isso não podia ter acontecido!" Ele esbraveja.

"Apenas aconteceu" Zayn parece tonto.

"Zayn!" O chamo ao o ver caindo.

(...)

Faz quase uma hora que estamos na sala de espera do hospital. Zayn desmaiou e não sabemos muito bem o porque, o trouxemos as pressas até o hospital e agora ele está passando por uma análise.

"Bom esta tudo bem... Foram apenas as memórias que voltaram rápido demais e todas juntas" o médico aparece e em seguida o meu menino.

"É voltaram" ele põe a mão nos bolsos.

"Bom Zayn você pode voltar pra casa. Preciso fazer seu acompanhamento a partir de hoje, não esqueça" ela dá a mão pro Zayn e ele aperta.

"Pode deixar" ele diz sem graça.

"Graças a Deus esta tudo bem" minha mãe o abraça.

"Obrigado" ele fala nervoso.

"Vou chamar um táxi para você Zayn" Jorge fala sério.

"Táxi?" Minha mãe fala confusa.

"Zayn vai passar uma temporada com a avó" ele fala pegando o celular.

"Mas por que ele vai agora? Já esta tarde" ela se aproxima.

"Ele vai agora, a avó o espera" Jorge deixa minha mãe sozinha.

"Tudo bem Anne" ele dá de ombros.

"Não esta irei falar com ele" minha mãe sai apressada da sala.

"Tá tudo bem mesmo?" Me aproximo.

"Sim, estou ótimo" ele me abraça.

"Que bom que você voltou" o aperto mais ainda.

"Desculpe por tudo" ele deposita sua cabeça no topo da minha.

"Zayn você não lembrava" seguro seu rosto.

"Mesmo assim não posso nem imaginar o quanto você sofreu" ele me abraça.

"Já passou, e você me fez muito feliz mesmo quando esqueceu de mim" lhe dou um selinho.

"Eu amo você..." ele me aperta mais.

"Também amo" Beijo a ponta do seu nariz.

Depois de um tempo Jorge entra na sala falando que o táxi do Zayn acaba de chegar, caminhamos todos juntos até a saída e minha mãe me leva até o carro, travo uma luta interna por dentro para puxar Zayn até mim e dizer que não vão nos separar. Sento no banco de trás e observo Jorge lhe falando algumas coisas e lhe dando uma mochila preta. Nos olhamos por um tempo até que ele entra no táxi e o mesmo se perde pela rua.

3 semanas depois.

Já se passaram três semanas e nada de ver o Zayn, ele não apareceu mais aqui e nem da sinal de vida. Começo a me perguntar se fiz ou falei de algo de errado ou se simplesmente ele cansou, cansou da gente. No começo pensei que nem na casa da avó ele estava mas Jorge me afirmou que sim ele estava lá. Jorge esta frio comigo, se já não nos falávamos direito antes agora piorou mil vezes. Esse quarto vazio me da desânimo, me faz lembrar coisas que acho que não voltarão, tudo dói. Levanto da cama e me analiso no espelho, estou visivelmente mais magra, a maçã do meu rosto ressalta, os meus olhos estão mais fundo, como cheguei a esse ponto? Fora que como quase não venho me alimentando eu tenho uns desmaios. Lembro que fiquei apavorada quando Kate me falou que poderia ser uma possível gravidez, compramos um teste e felizmente deu negativo. Ele não estava comigo quando passei 3 noites angustiada pensando nisso, e se eu estivesse grávida mesmo? O que teria acontecido? Eu estaria sozinha. Minhas lágrimas começam a cair e enxugo com brutalidade.

"Rachel?" Ouço três toques na porta e me arrumo.

"Entre" e abro um sorriso ao vê a avó do Zayn entrando no quarto.

"Oh menina como estar? Preciso da sua ajuda" ela me abraça.

"Estou bem! Em que posso ajudar?" Minto na parte de estar bem.

"Meu neto... precisa de você" ela me olha paciente.

(...)

Estou em um táxi junto a avó do Zayn rumo a sua casa. Ela me tirou quase que escondida de casa e no caminho ela me conta por que precisa da minha ajuda. Segundo ela Zayn estar péssimo, não come, tem pesadelos e nem dorme direto e em um dos seus pesadelos chamou por mim, segundo o que ela me diz ele não sai de casa por medo de a deixar sozinha como se alguém estivesse o ameaçando, e que não larga um caderno preto por nada, aquele caderno preto, ele nunca foi ao medico e suas lembranças estão misturadas já que ainda pensa que a mãe esta viva mas depois vê que não é fica o resto do dia triste.

"Chegamos" o taxista fala.

"Obrigada" falamos quase juntas e ela o da o dinheiro.

Assim que desço vejo o zayn frente a casa sem camisa ajoelhado cortando uns ramos de flores.

"Zayn?" O chamo e ele levanta.

"Rachel" ele corre até mim e me abraça, inalo seu cheiro.

Não sei o que houve comigo apenas o afasto e lhe despejo um tapa, Zayn segura o rosto e me olha, diferente do que pensei ele não tem raiva nos olhos apenas é susto.

"Rachel... Você" ele tenta falar mas o interrompo.

"Você não tinha o direito de sumir dessa maneira, você não tinha Zayn... eu sofri tanto. Eu odeio você eu odeio" começo a o estapear.

Repito várias vezes que o odeio por mais que eu saiba que é mentira, ele se esquiva dos meus tapas e segura minha mãos, vejo sua avó entrando em casa. Ele me puxa pra si e eu paro ofegante, assim que o olho nossos lábios se grudam, esse beijo me faz esquecer tudo!

Desculpem a demora, realmente doente fica difícil me concentrar.

Comentem, votem, façam de tudo.

My Fake Brother| ZOnde histórias criam vida. Descubra agora