My Fake Brother| Z

Cinco.

Acordo com um... alarme? Está vindo de algum lugar, fico um pouco atordoada e olho em volta. Zayn senta na cama e me olha com os olhos quase fechados. Seus cabelos estão todos bagunçados, sua camiseta por um milagre agora branca um pouco amarrotada, seus dedos cheios de anéis. Como ele pode dormir tão arrumado assim?

"Que porra é essa?" Ele fala baixo.

"Não sei" olho pros lados. E encaro meu celular que me revela as horas.

"Fui eu" Jorge entra no quarto. E me assusto um pouco. Lá vem mais briga!

"Que?" Nós dois falamos juntos.

"Único jeito de acordar o Zayn" ele cruza os braços na porta.

"Aonde está isso?" Zayn o fuzila com o olhar. Típico!

"Segredo" Jorge fala e saí do quarto.

"Não acredito" Zayn se joga na cama.

"Sua culpa" falo baixo. E começo a me levantar.

"Minha?" Ele me olha ainda deitado.

"Sim, toda sua. Se você acordasse cedo não precisaria disso" levanto de vez do colchão.

"Que porra você é irritante" ele levanta da cama e se tranca no banheiro qual eu pensava em entrar.

"E você é infantil" quase grito.

"Eu infantil?" Ele abre a porta com força.

"Sim, totalmente infantil" bato os pés e cruzo os braços.

"Sua estúpida não me chame assim" ele se aproxima e dou um passo pra trás. Estranhamente ele não grita, isso me assusta mais do que um dia possa admitir.

"Trate alguém bem pelo menos uma vez na sua merda de vida, então aposto que ninguém te chama dessa maneira" fico cara a cara com ele.

"Olha aqui garota..." ele puxa um dos meus braços e o empurro.

"Não toque em mim" o empurro "não sou o tipo de pessoa que você trata dessa maneira" falo lembrando-me da menina de cabelos azuis de ontem.

"Você está sob meu teto, você é a intrusa da história sua estúpida" ele chega perto. E o afasto mais uma vez.

"CALA A BOCA" grito.

"O que? Seu papai não te quis por isso está aqui não é mesmo?" Ele fala irônico. Como ele sabe dessa história?

"Cala a boca" levanto o braço e ele me para.

"Não ouse em fazer isso" seus olhos encaram o meu. Eu realmente iria lhe dar um tapa? O que está acontecendo?
Recuo assim que percebo o que faria.

"O que está acontecendo aqui?" Jorge fala na porta do quarto e saio correndo.

Não falo nada apenas entro no banheiro e me tranco lá, Zayn dessa vez mexeu na ferida. Antes de vim para esse inferno eu pedir ao meu pai para morar com ele, e ele? Simplesmente disse que não daria pois a mulher dele não me queria lá, ou seja ele simplesmente optou pela mulher, fiquei muito abalada, meu pai nesses 5 anos quase não me visita falamos poucas vezes pelo celular e isso me dói tanto... derramo minhas lágrimas ali e as vejo caírem na pia do banheiro. As enxugo e saio de lá, Zayn não está no quarto e agradeço mentalmente. Me visto e Jorge me leva até a escola, não falo muito com os meninos e eles parecem notar. Josh faz de tudo para me animar, o que ele sempre fazia, até mesmo quando morávamos longe um do outro.

2 semanas depois....

Zayn não fala mais comigo, nos primeiros dias ficava bem incomodada mas agora tanto faz. Na verdade, acho que as coisas só tendem a piorar. Única coisa que ele faz por mim é tirar todas as noites meu colchão de baixo da sua cama, de resto eu me viro. Duas semanas sem trocar nem um tipo de palavra, quando Jorge não me leva a escola eu procuro ir andando. Josh e eu estamos próximos, ele é um ótimo amigo, e um cara por quem um dia eu posso facilmente me apaixonar. Kate e eu estamos andando pela ruas da cidade depois de comprarmos umas roupas novas no shopping.

"Eu simplesmente amo essa loja que mostrei pra você" Kate fala empolgada. Ele é tão animada as vezes.

"Eu não gosto muito de roupas assim" falo e vejo seu olhar espantado para mim.

"Como assim? São simplesmente as roupas mais lindas da cidade" ela para no meio da calçada.

"É... pode ser" ainda sim prefiro minha calça jeans e minha camisa preta de agora.

"Vou ao banco, fique aqui quietinha" ela quase corre até a agência bancária.

"Tá" falo no ar.

Sento em um banco na frente da agência e olho o andar de pessoas pela calçada.
Um barulho começa em bar da esquina, olho diretamente até lá aonde vejo um brutamontes agarra um cara pela gola e o jogar na calçada, olho assustada ao vê quem foi jogado, Zayn! Por impulso corro até ele e o vejo com a boca ensanguentada, ele está tentando se levantar. De alguma maneira essa imagem me doeu tanto!

"Zayn?" Me aproximo e ele me olha do chão.

"Rachel o que faz aqui?" Ele levanta-se segurando a costela qual foi atingida.

"Você...Você está machucado" falo nervosa e ponho a mão na boca.

"Não é nada" ele tenta ficar normal mas solta um suspiro. Ele precisa admitir algo alguma vez na vida.

"Meu Deus" me aproximo ainda mais e seguro seu queixo me revelando seu rosto bem machucado.

"Rachel não... é nada" ele tenta tirar minha mão, mas agora ponho as duas o detendo.

"Está machucado Zayn, como não é nada?" Falo tentando soar mis dura, em vão.

"Não é como se fosse a primeira vez sabe? Já estou acostumado" ele fixa o olhar em mim.

"Mesmo assim, você precisa ir em um hospi..." sinto alguém passar por mim e me empurrar em direção a ele. Nossos corpos se colam e posso até mesmo sentir seu hálito alcoólico em meu rosto.

"Seu idiota" Zayn me segura enquanto grita com o cara que esbarrou em mim.

"Tá tudo bem" o olho ainda nos seus braços.

"Tome mais cuidado" ele me deixa sozinha

"Aonde você vai?" Falo assim que ele começa a andar.

"Pra casa" o vejo sentar na moto.

"Ótimo" o imito, subo na moto segurando com calma nos seus ombros. Estava morrendo de medo de o machucar ainda mais.

"O que está fazendo?" Ouço sua voz assustada.

"Indo pra casa... com você" pego um dos capacetes e ponho.

Na verdade não quero deixar Zayn agora, ele está machucado e com dor por mais que não fale. O trajeto inteiro o ouvi gemer de dor nem o seguro direito por medo de machuca-lo ainda mais. Chegamos em casa e desço calmamente da moto Zayn vem logo atrás de mim e segura na altura da costela, o hematoma na sua boca está ainda maior, não tem ninguém em casa Jorge está trabalhando e minha mãe também os dois só chegam a noite. Subo as escadas rápido e procuro em dos banheiros kit de primeiros socorros acho no do Zayn e desço as escadas rápido o vejo suspirar um pouco de dor quase deitado no sofá cama os braços nos olhos. Me aproximo em silêncio e sento ao seu lado.

"Zayn?" O chamo.

"Oi" ele me olha e se assusta um pouco.

"Posso?" Ergo uma gaze meio nervosa.

"Pode" ele fala baixo e me puxa mais até ele.