Call 911

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30
Justin Bieber
New York, NY

Um mês. Eu não esperava que Blake conseguiria me evitar por tanto tempo assim. Achei que ela conseguiria duas semanas, no máximo. Ela tem feito um bom trabalho em me evitar. Ela mudou de número, eu não a vejo mais no colégio e não tenho notícias dela nem mesmo através de Brad.

Encaro pela janela do carro a casa conhecida por mim. Todas as luzes estão apagadas com exceção de uma, a luz do quarto dela. Eu não posso simplesmente deixar ela ir, isso não faz parte do plano. Blake continua sendo a filha de Peter e eu continuo precisando dela para derrubá-lo. Não posso deixar essa chance escapar de mim.

Saio do carro, caminhando em direção à casa. Eu escalo a parede lateral que me dá acesso à sua sacada, solto o ar que estava segurando quando firmo meus pés no chão da sacada. Umedeço meus lábios antes de forçar a maçaneta da porta para poder abri-la, sendo surpreendido ao encontrar a porta trancada. A filha da puta está indo muito bem nessa de me evitar, parece que pensou em tudo.

A cortina que esconde a porta é puxada e eu a vejo através do vidro. Seus olhos se arregalam ligeiramente quando ela me vê, Blake revira os olhos antes de voltar a fechar as cortinas, me deixando aqui do lado de fora. Então a vadia quer que isso seja do jeito difícil? Por mim tudo bem.

Puxo o meu casaco para fora do meu corpo e o enrolo em minha mão antes de socar uma parte do vidro com força o suficiente para quebrá-lo. Passo o meu braço pelo buraco deixado pelo vidro quebrado, tateio a parte de dentro da porta até encontrar a fechadura e girar a chave, destrancando-a. Entro no quarto de Blake, a encontrando de pé encostada na parede do outro lado segurando o seu celular.

— Você tem cinco minutos antes de eu chamar a polícia. — Ela vira a tela do celular para mim, mostrando o número da emergência ali e o seu dedo pairando no botão para realizar a chamada.

— Você não teria coragem. — Cruzo os meus braços.

— Paga pra ver, Bieber. — Diz ríspida. — Você pode ser bom fazendo essas coisas sujas e não parando atrás das grades por não terem provas o suficiente contra você mas invasão a domicílio pesa. Os policiais e a sociedade irão me agradecer por te denunciar.

Tem alguma coisa diferente nela. Não parece que eu vá conseguir amolecer ela apenas com palavras dessa vez.

— Fala logo o que você veio fazer aqui e vai embora. — Abro a boca para respondê-la mas volto a fechá-la ao ver que não tenho uma resposta coerente.

O que eu vim fazer aqui, afinal? Nós estamos há um mês sem nenhum contato um com o outro, por que eu não deixei tudo continuar assim? As coisas são bem menos complexas quando Blake está longe. Porra, parece que meus pensamentos estão dando um nó.

— Gata... — Ela me interrompe.

— Blake. Meu nome é Blake.

— Bels. — A vejo engolir em seco com o apelido.

— Nunca mais me chame assim.

— Por quê? Você não gosta? — Blake nega com a cabeça, me fazendo abrir um sorriso. — Ótimo, é assim que eu vou te chamar daqui pra frente. Bels.

— Nem você mesmo sabe o que está fazendo aqui, Justin — Ela solta uma risada nasalada. — Por que não facilita as coisas e vai embora?

DarksideOnde histórias criam vida. Descubra agora