Wounded pride

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Blake Olson
New York, NY

Observo os machucados em seu rosto enquanto ele permanece desacordado na cama do seu quarto. Claire cuidou de todos os ferimentos, eu estive ao seu lado o tempo todo, incapaz de deixá-lo sozinho e por isso tive que escutar todos os xingamentos de Claire. Ela não mediu palavras para tentar me ofender mas naquela altura eu estava tão em choque que não consegui nem mesmo falar tudo o que eu queria para ela.

Estou até agora tentando entender o por quê de ele não ter batido em mim quando teve a chance. Ele ficou apenas me olhando com uma expressão afetada e confusa. Pude notar que sua mão coçava para colidir com a minha pele e deixar marcas de agressão mas ele não o fez, apenas me encarava como se estivesse com dúvidas.

E foi quando toda a culpa caiu sobre meus ombros.

Não me sinto culpada por ter dormido com Chris e sim por ter aceitado vir para a mansão. Foi uma ideia idiota. Eu já deveria saber que isso não acabaria nada bem e eu podia ter evitado todo esse transtorno.

O som da porta se abrindo me tira dos meus pensamentos, vejo Claire entrando no quarto novamente e revirando os olhos ao ver que eu continuo aqui. Não sei ao certo o motivo do seu ódio por mim, talvez seja ciúmes ou apenas inveja.

— Por que você ainda está aqui, garota? — Claire diz com tédio. — Chris está esperando para te dar uma carona até em casa. A não ser que... — Ela abre um sorriso venenoso antes de completar sua frase. — Você queira esperar James voltar para casa pra abrir as pernas para ele também. — Dá risada, uma risada forçada.

— Você não consegue ficar calada? Sua voz de puta é insuportável. — Reviro os olhos, tentando não me ofender com as coisas que saem de sua boca.

— Qual é a sua, garota? Por que insiste em continuar nessa casa? Já não causou estragos demais? — Gesticula para Justin desacordado.

— Eu não tive culpa. — Me defendo.

— Você sabe que teve, vadia mirim. Nem sei por que você continua vindo até aqui, gosta de andar na linha do perigo? — Claire estala a língua, fazendo um sinal negativo com a cabeça. — Desse jeito você vai acabar morta.

— Qual é a merda do seu problema comigo? — Digo irritada.

— Você quer que eu faça uma lista? — Ela faz uma falsa expressão pensativa, batendo o dedo indicador em seu queixo. — Primeiro, não era nem para você estar aqui. Justin fez a coisa legal de te deixar sair viva depois de ter visto demais mas você parece desejar a morte por continuar sempre voltando para cá e desafiando o Bieber.

— Ou talvez seja porque você se incomoda que eu receba mais a atenção dele do que você.

Claire se cala, parecendo ofendida antes de tentar esconder todos os seus sentimentos atuais com uma expressão superior. Seus olhos se estreitam na minha direção como se estivesse imaginando diversas formas de me matar bem aqui.

O som de uma respiração alta e movimentos na cama despertam nossas atenções e nós corremos até a cama, ficando uma de cada lado observando o rapaz forçando para abrir seus olhos. Algumas marcas em seu rosto ficaram roxas, seu lábio inferior tem um corte assim como o seu supercílio. Chris fez um bom trabalho aqui, se eu não tivesse o empurrado e implorado para parar eu tenho certeza que ele teria quebrado o seu nariz sem nenhuma piedade.

Justin une as sobrancelhas em confusão ao me ver ali, grunhindo baixo de dor por ter franzido a testa. Ele ignora o corpo dolorido para ficar sentado na cama. Claire faz várias perguntas sobre os seus machucados, como ele está se sentindo, se algum lugar ainda dói... Eu permaneço quieta, não sei como está o seu atual humor. E agora eu repenso sobre minha decisão de ter ficado para esperá-lo acordar, eu realmente podia ter ido embora.

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