Primeiros Sintomas

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Uma semana se passou. Encontrei Theo outras vezes no corredor. Saí com as meninas para dar voltas no campus. Aquilo estava sendo muito bom. Até a terça de manhã, quando eu seguia para minha aula de Literatura quando um menino passou correndo na minha direção. Eu não acreditei. Era o cara que tinha levado o corpo para fora. Meus olhos brilharam de pavor. Fiquei paralisada. Logo atrás dele, estava Anne, conversando com Victor.
- Anne! - gritei.
Ela veio falar comigo.
- Viu quem acabou de passar? - perguntei.
- Quem? - devolveu ela.
- O menino que carregou o corpo daquele veterano - falei.
- O quê? - perguntou ela assustada.
- também não sei... -
- Vamos falar com as meninas -
Seguimos pelo corredor. As meninas também não acreditaram. Aquilo estava ficando muito bizarro. Decidimos deixar o tempo passar e ver o que acontecia.
No dia seguinte, as aulas correram normalmente. No final da tarde fui ligar para os meus pais. Caiu direto na caixa postal. Tentei mais vezes e nada. Achei que poderia ter dado problema no celular de meu pai. Ouvi uma batida na porta e fui abrir. Luiza havia saído para suas atividades extracurriculares.
- Olá, princesa! Vim chamar-lhe para uma caminhada em minha companhia - disse Theo, assim que abri a porta. Fiz uma breve reverência.
- Nobre cavalheiro, como poderia negar-lhe um tão bom pedido? - disse estendendo minha mão para que ele pudesse beija-la. Fomos pelo corredor rindo e brincando. Ele me levou a fonte de novo. Aquele lugar era muito agradável. Quando a noite caiu completamente e o luar banhou a fonte, ele fez uma reverência e me puxou para uma dança. Eu ri muito porque ele era todo desajeitado. Ele parou repentinamente e puxou mais minha cintura para perto dele.
- Ótima dança, princesa - disse ele se aproximando mais. Eu corei fortemente.
- Ótima, meu príncipe... Err, melhor irmos para minha casa, meu pai ficará bravo - desviei o olhar. Ele riu e me soltou. Me pegou pela mão e fomos até o refeitório. Luiza já estava sentada com Anne e Isah. Theo me levou até a mesa e beijou minha mão.
- Espero a próxima dança, princesa - ele riu e saiu.
- Piiiiiiiiii, sensor de apaixonados - disse Isah.
- Cala a boca, Isah! - todas rimos.
Será que o sensor de Isah estava certo?

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Acordei a noite com Luiza indo para o banheiro. Achei estranho, pois ela nunca ia ao banheiro a noite. Logo percebi que ela estava vomitando. Fui ajudá-la. Quando eu cheguei lá, ela estava dobrada sobre si, vomitando jantar, almoço e café da manhã.
- Luiza! - me ajoelhei a seu lado.
- Ugh... Flora... Cof cof... Eu to tão... Mal... Ugh - gemeu ela.
- Ah, não! - ela começou a parar de vomitar, então peguei um pouco de papel para molhar-lo quando ela caiu aos meus pés.
- Luiza!! - gritei e comecei a sacudi-lá. Não deu resultado. Ela realmente desmaiou. Eu não podia levá-la a enfermaria, tinha de chamar alguém. Corri até o andar de Isah e Anne. Bati na porta e elas logo atenderam.
- Luiza desmaiou - gritei.
- Como assim? - perguntou Anne.
- Venham me ajudar - puxei pelo braço. Elas correram ao andar de cima e me ajudaram a carregá-la até a enfermaria que ficava no primeiro andar. Estava fechada. Droga.
- E agora? - Choraminguei.
- Vamos levá-la de volta ao quarto - suspirou Isah.
- Vamos ver o que podemos fazer... - Subimos novamente e a colocamos em sua cama. Ela estava com febre então colocamos um pano molhado em sua testa. Tentamos dar um pouco de água pela boca semi-serrada. Tudo foi tão rápido. Logo amanheceu. Antes das aulas começaram, Isah desceu para a enfermaria. Voltou dizendo que já estava aberta. Levamos-na para o primeiro andar. A enfermaria estava aberta, mas estava lotada.
- O que significa isso? - perguntei, assustada.

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⏰ Última atualização: May 10, 2016 ⏰

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