O bem sucedido fantasma

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Narrado por Felipe (Príncipe)

As coisas mudaram nesses últimos anos, a pouco mais de três anos em casei com o Gustavo. Todos acharam estranho, mas não ligo. Hoje em dia só penso nos meus negócios. Meu trabalho é a coisa mais importante que tenho, se me importo com alguma pessoa, essa pessoa é apenas Leonor, porque sua saúde é frágil e tenho medo de perde-la.

Meu casamento com Gustavo surgiu depois de muita insistência dele. Ele propôs a mim, de casar comigo e não ter uma relação física se eu não quisesse, falou apenas que queria ficar comigo independentemente de mantermos uma relação amorosa ou não, só queria estar do meu lado por que me amava, pensei muito antes de dizer que sim. Ele quis ter relações comigo, e eu tentei, fomos pra cama dois dias depois que assinamos os papeis, mas não saiu como queríamos. No dia em que aconteceu ele chegou em casa, eu estava passando uma camisa na cama pra ir pra empresa no outro dia, estava só de cueca, ele olhou e foi até mim, eu estranhei aquilo, mas ele se aproximou e me beijou lentamente, eu olhei pra ele em seguida e disse:

- Desculpa, não dar.-

- Por favor, tente. Você não perde nada, somos casados.- Finalizou ele.

Eu fiquei tentando pensar com clareza, mas onde achar clareza numa situação daquela. Acabei permitindo que ele me tocasse, e aos poucos fomos nos deitando na cama, ele continuou dando leves beijos em meu corpo, o tesão aumentou intensamente quando ele colocou sua mão em minha parte intima e fez pressão, tudo parecia estar muito bem, até o momento em que toda aquela excitação que eu estava sentindo acabou de uma hora pra outra, no momento em que pensei em William, mas mesmo assim eu tentei continuar, mas eu já sabia que não daria, meu tesão por Gustavo só existiria se não tivesse existido um William, mas existiu, então nunca poderei voltar a ficar com ele. Então disse:

- Não dar. Não consigo sentir nada por você.-

- Você é meu marido, eu casei com você, porque não pode transar comigo pelo menos uma vez nessa droga.- Falou ele rispidamente.

- Gustavo, você falou que não se importaria se eu não tocasse você, e definitivamente eu não quero isso no momento. Você pode dormir no quarto de hospedes, por favor.-

- Isso eu não posso fazer, sou casado com você então vou dormir na mesma cama que você.- Finalizou ele.

- Você não está cumprindo com o que disse, de que iria respeitar minhas decisões. Então pra evitar mais constrangimentos para ambos, chame novamente teus advogados e nos separamos logo nessa manhã.-

- Não. tudo bem, você esta certo. Mas vai ser assim todos os dias?-

- Assim como?-

- De eu dormir todos os dias no quarto de hospedes?-

- Por enquanto sim, é o melhor.-

- Então pelo menos faça uma porta aqui do seu quarto para o quarto do lado. Pra ninguém saber que vivemos assim, seria humilhante para mim que as pessoas soubesse isso.

- Tudo bem.

Desde então estamos vivendo assim, nunca mais encostei nele, mas não deixo ninguém saber que estamos vivendo assim. Não convivo diretamente com ele, estamos mais para colegas de quarto, ele não parece se incomodar com isso. Mas no fundo ele me tira a tristeza de viver só, tendo assim um companheiro comigo.

Leonor não aceitou essa situação e quis sair de casa, mas eu pedi pra ela nunca me deixar só, ela ficou, mas impôs algumas regras, de que queria que o Gustavo nunca em nenhuma hipótese faltasse com respeito a memória de seu filho e não causasse nenhum conflito entre ela e eu, caso contrário ele teria que sair da casa, eu concordei na hora. Não falamos mais sobre nenhum assunto que trouxesse tristeza para nós, porque isso já bastava. Ele concordou e tem sido assim até hoje.

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