Prólogo

45.9K 2.8K 95
                                    

   Estou liberando o Prólogo da Abby porque eu decidi inverter um pouco a ordem de postagem. Espero que gostem e assim que acabar Dominic eu iniciarei as pastagens.

Abby 

Três anos atrás 

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Três anos atrás 

Minha semana foi uma grande e fedorenta merda, Nathan o homem que era ser apenas meu chefe mas acabou se tornando algo muito maior do que isso me evitou e saiu correndo do escritório. Ele tem saído sempre nesse horário e algumas vezes ele nem fala comigo. 
Estou sentada na minha mesa de olho na porta do escritório dele, quando uma das funcionárias para em frente à minha mesa com uma pasta de documentos que Nathan pediu para eu ler. 
- Menina não tem porque você continuar aqui, seu Nathan já foi. – Diz sorrindo para mim.- Ao que parece  a  esposa dele ligou e pediu para ele ir para casa. – A palavra esposa acende algo dentro de mim, ou melhor apaga. 
- Esposa?- pergunto franzindo a testa e esperando ela negar, dizer que eu ouvi errado. 
- Sim, a dona Clarice. – Confirma. – Ela é uma megera e o pobre homem é um marido tão bom, tão apaixonado. 
Sinto ânsia e uma vontade de vomitar tudo o que eu comi, Nathan mentiu para mim por todo esse tempo e enquanto ele era o "fiel" eu fui a outra, a prostituta. me levanto da mesa aonde eu estava e pego a minha bolsa esse homem tinha meu coração e ele só queria se divertir, mas eu sou uma Petrov e não vou me rebaixar a homem nenhum. 
- Aonde você vai? Você está bem? – A mulher pergunta parada em frente à minha mesa. 
- Eu estou bem, só preciso ir para casa. – Falo entrando no elevador. 
Não sei como cheguei em casa, eu estava no piloto automático e acho que isso ajudou porque não me lembro nem de dar meu endereço para o taxista ou de pagar e entrar no meu apartamento e me jogar na minha cama. 
Eu não sabia que me importava tanto com Nathan a ponto de me deitar encolhida em posição fetal e chorar. Pensar em como eu me dei decoro e alma para esse homem, um homem que saia dos meu braços para ir para a mulher. Eu fui tudo o que mais odeio e repúdio. Me sinto suja e magoada, como um animal lambendo as próprias feridas. 
Como eu pude ser tão burra e me doar de corpo e alma para um homem? Quebrei meu juramento de nunca me apaixonar e nunca me deixar ser magoada por um que não me mereça e agora estou aqui, jogada em uma cama precisando desesperadamente de uma droga chamada amor. Mas o que eu posso fazer? Está na hora de me desintoxicar e dizem que os piores dias são os primeiros. 
Meu telefone começa a tocar na mesa ao lado da minha cama, eu não me levanto para olhar o identificador e descobrir quem está me ligando. Depois de um tempo seja quem for desiste e eu volto a me encolher pegando no sono. 
Não sei quanto tempo eu dormi, mas quando eu acordo já é dia e tem alguém batendo na minha porta. Não precisa ser nenhum gênio para saber quem está batendo na minha porta. 
- O que você quer? – Pergunto abrindo ela e vendo que Nathan está lá. 
- Eu vim te buscar para o trabalho. – Diz sorrindo, ele não sabe de nada do que aconteceu, ou melhor do que eu descobri ontem. 
- Eu não estou me sentindo muito bem, por isso não vou hoje. – Falo. 
- Foi por isso que não atendeu as minhas chamadas ontem? – Cruza os braços diante do peito e eu observo o movimento. 
- Desculpe, meu telefone está com algum tipo de problema e tem horas que não toca. – Minto. – Não vi as ligações. 
Ele avalia a minha expressao e minha linguagem corporal, o homem sabe lidar com os empresários mais poderosos do país mas é incapaz de perceber uma mentira fodida e de falar a verdade . 
- Ok, que tal eu me livrar da minha reunião e vir passar o dia com você? – Pergunta.
- Sei que você tem muito trabalho e eu vou ficar aqui, deitada apenas. – Invento. 
- Eu fiz alguma coisa? – Pergunta. 
- Não que eu saiba. – Falo seca. 
- Tudo bem, eu vou  para a empresa e na saída eu passo aqui para verificar você. – Diz. 
- Ok. – Falo e quando ele vem e me beija eu tenho vontade de cair no chão e chorar, implorar para ele me dizer porque mentiu para mim, e me usou. 
- Até mais. – Diz e eu fecho a porta. 
Me encosto nela e caio no chão chorando e puxando as pernas contra o meu corpo, seja o que for,  tenho que sair daqui. Não vou esperar Nathan voltar e me bombardear com mais mentiras, chega disso. 

Nathan 

Foi estranha a forma como Abby me tratou, mas eu posso entender. Fui um pouco ausente e até mesmo frio com ela, mas não porque eu queria e sim por que estava com muitos problemas para resolver. Minha futura ex mulher é um problema enorme. quando estávamos em uma das crises, ontem ela tentou se matar e eu tive que correr para o hospital. 
- Como está a dona Clarice? – Pergunta uma das secretarias mais antigas da empresa, ela não trabalha comigo por isso não lembro muito bem o nome dela. 
- Está ótima. – Minto, Clarice está na casa dela sob a vigilância de uma equipe de médicos e enfermeiros. 
- Acredita que a menina Abby não sabia que o senhor era casado?. – Fala sorrindo. 
As palavras dessa mulher são como um soco na minha cara, e explicam também o motivo para a forma como Abby me tratou hoje mais cedo na casa dela. Meu peito se aperta com medo e até um pouco de certeza de que quando eu chegar na casa dela, ela não vai me atender ou até mesmo estar lá. 
- O que você disse para ela?- pergunto com raiva. 
- Disse que o senhor tinha saído e pedido para deixar os papéis, pois sua esposa queria te ver urgente. – Fala. – Fiz alguma coisa errada? – Ela me olha com medo e está certa em olhar assim, mas não vou culpar ela por algo que é culpa minha. 
- Não, cancele as minhas reuniões do dia. – Falo e ando para o elevador. 
- Mas o senhor acabou de chegar. – Diz. 
- E estou saindo, eu sou o dono dessa merda aqui e quando eu digo para qualquer um dos meus funcionários fazer algo, eu quero que eles façam não importa o que. – Digo e entro no elevador. 
Cada segundo, cada minuto que passa e eu não estou na casa da Abby é um minuto que pode  faze-la  ir embora mais rápido. Eu fiz uma grande merda e espero que ela não me deixe, não quis contar a ela sobre o meu passado ou meu casamento em estado de separação para não manchar ela com toda essa porcaria. 
Corro com meu carro até o apartamento dela e quando chego lá, tenho a absoluta certeza de que vou receber uma coleção de multas. Deixo meu carro estacionado de qualquer jeito e subo para o apartamento da Abby. Bato na porta por um tempo e nada, ela não pode ter ido. 
- Você está atrás da menina Abby? – Pergunta o vizinho dela do outro lado do corredor. Confirmo com a cabeça. – Ela saiu cheia de malas logo depois que o senhor esteve aqui de manhã. – Diz. Eu não quero ter que pensar que ela estava sendo vigiada por esse homem o tempo todo. 
- Obrigado. – Falo e corro para baixo pelas escadas. 
Assim que entro no meu carro e ligo o motor meu telefone toca e pensando ser Abby eu atendo, infelizmente para mim não era ela. 
- Senhor, a dona Clarice está  com uma faca nas mãos e está tentando nos matar. – Fala um enfermeiro que eu está muito silencioso e vejo uma trilha de sangue pelo lugar, como se um corpo tivesse sido arrastado. Essa não foi a cena que imaginei e o golpe que eu levo nas costas também não. 
Fui atacado por trás e agora tenho uma tesoura enfiada em meu ombro, Clarice está atrás de mim com um sorriso mas para a minha sorte ela não tem mais nenhuma arma nas mãos. 
- Estava sentindo sua falta querido. – Diz. – Pensei que não ia mais me visitar. 
- Você é louca, doente e logo estará em um hospício ou pelo que vejo de sangue em uma prisão para doentes mentais. – Falo. 
- Como se atreve? Eu fiz tudo isso por você, sei que eles não estavam deixando você vir até mim.- Se chora. 
- Engano seu, sua maluca. – Me aproximo dela e a imobilizo. 
Amarro ela com a minha grava e pego meu telefone chamando a polícia, que chega em poucos minutos junto de uma equipe de médicos. 
- Ela é sua esposa? – Pergunta o policial. 
- Ex esposa, estamos em processo de divórcio e a coisa está demorando um pouco. – Falo. 
- Tudo bem, o senhor precisa ir até a delegacia e prestar depoimento e não saia da cidade por um tempo. Nós podemos precisar do senhor. – Diz. 
Mas que merda! 
- Eu preciso de um médico. – Falo a dor nas minhas costas está insuportável e aposto que irei precisar de pontos. 
O policial chama um paramédico e ele vem para examinar meu corte. 
Espero que Abby não pense que desisti dela, porque eu não desisti de forma alguma. 

3 - Abby - Série Máfia Vermelha - Livro 3Onde histórias criam vida. Descubra agora