II

82 10 3
                                    

" - Christian! Vai pegar as roupas sujas da nova hóspede! - Joana entrou na cozinha

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

" - Christian! Vai pegar as roupas sujas da nova hóspede! - Joana entrou na cozinha.

- Quem? - Franzi a testa, jogando o resto da maçã no lixo.

- Cunhada do patrão. Vai logo. - Ela balançou a mão e eu ri baixo, indo em direção às escadas. Que maravilha. Mais um empecilho pra nossa missão. Espero que pelo menos essa não saia morta.

Entrei em um dos quartos de hóspede e vi as malas da nova hóspede. Era muita coisa. Meu Deus, ela mudou para cá? Balancei a cabeça e entrei no banheiro, vi as roupas no chão e comecei a recolhê-las.

- O que é isso?!

Ergui meu olhar surpreso. Tinha alguém ali? Nem percebi. Meus olhos encontraram um par de orbes azuis brilhantes arregaladas pelo susto. Ela estava encolhida embaixo da espuma, seus cabelos negros amarrados num coque e seu rosto salpicado por algumas sardas totalmente vermelho.

- Sou eu... - Murmurei, não sabendo o que falar, minha voz saiu estranhamente rouca.

- O que você está fazendo aqui?! - Ela estava desesperada em esconder o corpo na espuma, chegava a ser engraçado - Estou tomando banho!

- Vim recolher suas roupas. - Dei de ombros, observando sua pele de mármore contrastar na água - Me pediram para fazer isso.

- Depois te entrego! Sai daqui! - Ela ralhou, se encolhendo mais.

Não segurei meu riso, larguei as roupas e saí do banheiro.

Fechei a porta do quarto com um estanho sorriso no rosto. É. Realmente espero que ela não morra."

Pisquei, recobrando minha consciência. Suspirei e cocei a cabeça, eu sentia a palma das minhas mãos suarem de ansiedade.

Lilith estava ali, naquele mercadinho à uns metros de distância de mim. Eu a via pela vitrine. Seus cabelos estavam mais curtos que antes, ela devia ter cortado, pareciam mais lisos também. Ela escolhia o que comprar, sua boca se entortava, sempre acontecia quando ela estava indecisa. Sorri comigo mesmo, melancólico. Eu só queria abraçá-la e não soltar mais. Então, dois braços a rodearam e um homem beijou seu ombro, ela riu e o olhou. Meu sangue ferveu quando o reconheci.

Patch.

Agora eu queria quebrar a cara dele na prateleira do mercadinho. Para piorar, Lilith o beijou apaixonadamente, nessa hora eu pude ouvir meu coração despedaçar. Rangi os dentes e engoli a raiva.

- Lilith. - Falei como se ela estivesse ao meu lado - Lilith, está me escutando?

Ela se afastou de Patch e olhou a rua como se tivesse visto um fantasma.

- Eu estou do lado de fora do mercado, na floresta. - Falei sério - Venha me encontrar aqui, sozinha. - Dei ênfase no sozinha.

Deixei seus olhos me encontrarem perto das árvores e então corri para dentro da mata. Dez minutos depois, ela estava ali, mas em sua forma de lobo. E com Patch. Este rosnou quando me viu.

Hunter Onde histórias criam vida. Descubra agora