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Todo mundo sentou em seus devidos lugares, até o professor chegar.

[QUEBRA DE TEMPO]

A aula ocorreu normal, até Clara me chamar.

- Tony! - Clara vem até mim correndo.
- Oi? - Pergunto.
- Desculpe! Hoje não vou poder ir.
- Ah, não se preocupe. Um dia nós conseguimos. - Falo sorrindo.
- Sim! Um dia nós conseguimos!
- Bom, eu vou indo para o parque aqui perto. Até amanhã.
- Até.

Vou embora, indo para o parque. Chegando lá, coloco minha mochila na grama e sento. Aqui é um ótimo lugar para se acalmar.
Bom, tenho bastante tempo para pensar na vida. Rory quer me conhecer pessoalmente; Carlos está na minha casa; Preciso ajudar a Clara; Preciso fazer o Rory pensar que eu não sou o menino que ele gosta. Mas é difícil... Muito difícil. Eu só queria falar pra ele que eu o amo, que eu sou o garoto das mensagens. E receber o mesmo dele! Mas é muito difícil! Difícil! Difícil! Difícil...
No mesmo estante começou a chover. Lágrimas desciam do meu rosto.

(Tony abaixo)

Por que eu não consigo

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Por que eu não consigo...? É tão fácil dizer, mas ao mesmo tempo, tão difícil! Uma dificuldade enorme.

- Não devia ficar aí na chuva.

Olho para cima e vejo o Carlos. Ele estava com um guarda chuva.

- Sabe, eu acho você muito estranho, mas ainda sim é o meu primo. - Carlos fala.
- Obrigado pela sinceridade. - Falo o olhando.
- Eu também tenho vários problemas na vida, até mais que você, mas não fico parado na chuva, olhando pro nada.

Olho para o chão.

- Você nem imagina os meus problemas. - Falo.
- Posso até nem saber, mas os meu são piores. Eu tenho uma família que me odeia, vim morar num lugar que não conheço, com um primo estranhíssimo. Eu não faço nada da vida. Só fico parado na frente de uma tela de computador jogando. Vou pra escola sem querer ir. E aí? Quer competir? Ainda tenho milhares pela frente. - Carlos fala se sentando ao meu lado.
- Parece que você tem vários mesmo.
- Então, por favor, não se faça de coitado e fique na chuva. Assim você fica mais estranho ainda.

Olho para Carlos, e ele está olhando o lago em nossa frente.

- A vida é injusta mesmo. Não se preocupe. - Carlos fala fechando os olhos- Você sabe?
- O que?
- Minha mãe... Não me ama. - Carlos fala apertando os olhos.

Fico sem reação, só fico calado.

- Você é uma boa pessoa, Tony. Que pena que a pessoa que você gosta, não note. - Carlos fala abrindo os olhos.

Arregalei os olhos.

- Mas.. - Fico espantado.
- Desculpe, eu vasculhei muito aquele seu computador. - Carlos fala me olhando.
- Só você.
- Eu sei.

Ficamos uns minutos em silêncio, até a chuva se acalmar.

- Temos que ir. - Falo.
- Eu vou pra casa de um amigo. - Carlos fala se levantando.
- E o guarda-chuva?
- Você tem capuz, eu não. Se vire e vá pra casa.

Pego minha mochila e saio. Ando pelas ruas cinzas e longas até minha casa. Que agora, parecia mais distante que nunca.
Via pessoas andando com rostos desanimados.

- Tentarei o possível. - Falo.

Continua...
Eu sei que ontem eu prometi de postar um outro cap maior, só que não deu. Estava sem ideias. Mas tá aí, um novo cap.

Mensagens Para Ele. ||YAOI||Onde histórias criam vida. Descubra agora