Mensagens Para Ele. ||YAOI||

Agora Vai.

Passei a noite na casa de Rory. Já pensamos no que vocês fizeram, safados.
Já era de manhã, então eu levantei da cama. Procurei por Rory, ele não estava no quarto.

- Êê, aleluia! - Rory estava sentado na cadeira da cozinha.
- Que horas são?
- 13:09.
- Já perdi a escola, minha mãe vai me matar.
- Um dia ela não irá morrer.

Algumas semanas depois...

Okay, hoje é o dia! Só não pensar muito nisso... mas como?! Talvez meus pais não gostem de saber que o filho deles é gay, mas terão que aceitar.

Sim
Claro.

Rory estava se arrumando. Ele estava com uma bermuda jeans cinza, uma camiseta básica branca e um All Star preto e branco.

- Seus pais vão estar lá? - pergunto me sentando na cama.
- Não, eles estão morando em outro país, lembra?

Eu estava tão preocupado com isso, que até esqueci sobre os pais do Rory. Talvez os meus não aceitassem.

- Tony, meu amor, não se preocupe. Tudo dará certo. - Ele falou erguendo meu queixo.

Sorri para ele e levantei da cama. Nós iríamos ao parque, encontrar minha família. Mamãe e papai.
Saímos da casa do Rory e fomos em direção ao parque..., estava chegando.

Chegamos e eu não vi meus pais, mais uns momentos para se preparar.

- Olha eles ali. - Esquece, Rory já tinha avistado eles.

Nós andamos até uma árvore enorme, que tinha um banco na frente, onde estavam meus pais.

- Oi. - falei sem gaguejar.
- Oi, filho. Oi, Rory. - Minha mãe disse sorridente. Rory retribuiu o sorriso.
- Então, Tony, por quê nos chamou aqui? - meu pai pergunta.
- Nós estamos namorando. - Rory disse, sem ao menos me deixar respirar para falar alguma palavra.

Minha mãe estava espantada, talvez não quisesse ter um filho gay. Meu pai estava nos olhando sem reação, talvez estivesse bravo.

- Com tudo o que aprendi nessa minha vida, eu aceito perfeitamente. - minha mãe disse mais sorridente ainda.

Me deu um alívio.

- Pai...?
- Eu aceito, mas não façam coisas impróprias quando nós estivermos em casa. - meu pai disse, ainda espantado.

Eu sorri como nunca, um sorriso largo, de orelha a orelha. Nunca estivera tão feliz em toda minha vida.

Uns meses depois...

Rory já tinha contado para os pais dele, mas o pai dele não aceitou. Ele era homofobico. Só que ele não estava mais aqui para impedir quaisquer coisas.

Eu estava assistindo Stranger Things com Rory pela Netflix. Minha vida estava as mil maravilhas, sem palavras. Meus amigos já sabiam do meu namoro com Rory.

Clara ficou super feliz porque eu assumi, ela estava namorando com Eduardo. Essa Clara...

Meus pais estavam felizes também, eu não escondia mais nada deles. É... só aquele detalhes do rala e rola. Só isso.

- Onde está a Katelyn? - Rory perguntou.
- Essas horas ela deve estar na escola, por quê?
- Faz um tempo que não vejo ela.

Katelyn tinha completado 6 anos, eu dei um vestido e uma boneca a ela. Quer dizer... Rory e eu damos a ela
Rory simplesmente adorava Katelyn, era como uma irmã para ele.

Meses depois...

Eu estava dormindo, até minha mãe me acordar.

- Oi. - falei me sentando na cama.
- O Rory está te esperando lá embaixo.

Puxei meus olhos com a mão e me levantei da cama, saindo do quarto e descendo as escadas.

- Esse dorme. - Rory faz seu comentário indispensável.
- Ah, devemos viver os melhores momentos da vida intensamente. - falo sorrindo para ele.
- Tony, irei levar Katelyn para escola. - minha mãe disse saindo de casa com Katelyn.

Hoje não teve aula para mim! Obrigado, Deus.

- O que veio fazer aqui? - Pergunto.
- Vim ficar com o meu namorado, não posso? - Ele sorriu.
- Pode, claro.

Me sentei no sofá e ele se sentou do meu lado.

Dois anos depois...

Eu estou de férias da faculdade junto com Rory. Nós fomos para uma casa de praia de um dos parentes dele. Estávamos vendo o por-do-sol da varanda. A casa era de frente ao mar, era lindo.

- Lembra que nosso quase-primeiro-beijo foi em uma praia? - Relembrei.

Ele olhou para mim e sorriu.

- Lembro. - ele olhou novamente para o horizonte e sorriu um pouco.

Peguei em sua mão.

- Bom, vamos concretizar esse ato de dois anos atrás? - Propus.
- Vamos.

Nós olhamos e fomos nos aproximando, até que, finalmente, nos beijamos a luz do por-do-sol de uma casa de praia deserta.

- Eu te amo. - falo.
- Eu te amo. - ele repete.

Fim.