O Sítio Macabro

Viagem √

02/07/2010
14:12 PM

•Sophie•

  Já tinham se passado dez meses da morte de Johnny Dieter, dono de um par de olhos verdes claros, cabelos negros curtos e uma paixão compulsiva por mim. Sua morte me trouxe uma angustia pertinente e por vezes maldosa, mas que pela benevolência do tempo se tornaram raras as vezes que martirizo minha mente com seu fantasma.

  Em trinta minutos lucky Hentz viria me buscar para passarmos uma semana no sítio do avô de Johnny, que havia autorizado para que nós dois e mais alguns amigos aproveitássemos de uma semana das nossas férias no local. O Sr. Edgar não me culpa pelo que aconteceu com seu neto, e ainda cultiva a estranha bondade para comigo, por não deixá-lo saber que eu o traí com o seu melhor amigo, e foi esse o motivo do surto que deixou Johnny com um desejo histérico de acabar com minha vida.

  O seu único pedido foi para que ninguém se aproximasse do último quarto, o de número quatro, que ficava no final do corredor do segundo andar. Descobri por também respeitar a essa ordem quando fui da primeira vez.

  O clima veranil de Julho era perfeito naquela região, trazia sensibilidade e calmaria para a cidade, e no sítio, mesmo com uma estética rústica e velha, tendia a ser agradável durante o dia. viajarão junto comigo e Lucky mais quatro pessoas:

  Catherine Deppe, minha amiga da faculdade, acredito que com um pouco mais de 1,70 de altura, cabelos alaranjados e lisos de uma maciez inigualável e a pele branca como giz. Seu rosto tinha sardas nas bochechas rosadas e um olhar viril e aberto, abençoado pela tonalidade castanha de suas pupilas.

  Jack Celli, um amigo de Lucky, jamais visto por mim, apesar de algumas vezes já ter ouvido comentários com seu nome.

  Loren Kaiser, uma garota que estudava na mesma faculdade de Lucky, que as vezes me esgotava a paciência. Ela era uma baixinha ousada, tinha cabelos loiros que chegavam ao meio das costas, pele branca reluzente, olhos azuis estreitos e dona de um sorriso cínico.

  Mike Lenz, meu melhor amigo e ex-namorado de Catherine. Estudava comigo desde o ensino médio e fomos até a faculdade juntos. Ele tem aproximadamente 1,80 de altura, seus cabelos são curtos e ruivos, sua pele branca e tinha olhos amarelados que brilhavam fortemente até na presença da luz mais baixa.

  Um barulho de buzina soa alto na frente de casa e já acertava que seriam eles. Peguei minhas malas, que não eram muitas, e saí.

  Uma mini van branca com a pintura um pouco descascada estava escorada à minha calçada, com todos os que confirmaram que iriam dentro. Loren esbanjava um olhar de deboche, sentada no banco de trás. Catherine sentava no meio ao lado de Mike.

  Jack Celli, o amigo de Lucky que desconhecia, tinha a pele negra que faziam seus olhos de tonalidade igual realçarem com os cabelos loiros de um tom acinzentado. Observava ele enquanto caminhava rumo à van, carregando o peso das mochilas. Ele por sua vez sentava ao lado de Loren, no fundo da van.

  Botei as mochilas no espaço vago frente ao banco em que sentaria em seguida, ao lado de Lucky Hentz.

  Ele tinha os olhos verdes e os cabelos lisos de um castanho claro, por vezes desorganizado. É mais alto por volta de 5 cm que eu e tem a pele clara como neve pura, a ponto de denunciar suas veias nos braços definidos.

  A van não estava em seu estado perfeito, talvez até bem distante disso, afinal, era do pai de Lucky que acredito ter comprado há bastante tempo. Os bancos eram revestidos de um tecido preto fino, não tinha ar condicionado, nem TV, mas por ventura e sorte a viagem não seria tão longa: somente quatro horas.