A poesia me escreve
Quando eu sinto o tilintar
Dos gelos, no seu coração
E sinto extrair
Minha face mais gélidaAgora sou quente
Ardente como larva
Lágrima que escorre crescente
E queima o meu rosto
Antes, geladoE agora, sou uma poesia
Que ferve no quente
E queima no frio
E resulta na ferida
Presente por qualquer extremoNo egoísmo, ou no cinismo
Eu queimo
E a temperatura não é empecilho
Quando se há algo como
Uma dormência no sentirE eu sinto
O fogo gelado
Queimar congelando minha órbita
Transformando-na em algo reduzido
À quem eu sou, pequeno e dormente.

VOCÊ ESTÁ LENDO
O Sítio Macabro
HorrorDentre todas as possíveis questões sem resposta lógica que passavam pela cabeça de qualquer ser saudável, a que mais me deixava cismada desde minha solene e atormentada infância era quanto a existência do sobrenatural, e da pior maneira descobri que...