Dashes || Camren G!P

Capítulo 03

POV LAUREN

Então, você aceita ser a minha doadora? — Camila Cabello

A mensagem me pegou de surpresa, enquanto descalçava os sapatos para finalmente relaxar. Ela, sobre todas as pessoas, seria a última a me perguntar tal coisa. Em minha mente, ela apenas queria me desafiar outra vez, e a expressão em seu rosto quando Mendes me propusera me deixava completamente desconfiada.

Ela quer mesmo me desafiar? Ok. Vamos ver até onde Camila quer levar tudo isso.

Aceito.

Enviei, soltando o aparelho, me dispondo de um banho de banheira delicioso. Havia passado cinquenta minutos ali dentro, descansando, ouvindo uma melodia brasileira de gênero MPB soar do iPod plugado no sistema de som. Ao sair, vesti meu roupão preto, me encaminhando para o closet. Peguei uma cueca branca, um topper preto e me troquei, levando o roupão de volta ao banheiro. Passando pela cama, peguei o celular, que não continha nenhuma resposta da senhora Mendes.

Ela não gostava quando se referiam a ela desta forma. E isso me divertia.

Shawn não parecia se incomodar, e antes que eu presumisse a possível farsa que o casamento deles era... O nome Dinah Jane pisca em minha tela, informando uma nova chamada.

– O que quer a essa hora, Hansen? – Entediada, sentei no sofá de couro negro na minha sala, vendo Gail me lançar um olhar repreensor por meu estado de uma praticamente nudez.

Gail era a minha governanta a quase sete anos. Ela ja estava adepta a tudo em minha vida, inclusive no fato de já ter me visto com menos do que estou usando agora. Era como a minha segunda mãe.

– Panquecas? – Ela passou por mim, indo para a despensa em busca de algo.

– Por favor. – ri de seu tom sapeca para uma mulher de cinquenta e sete anos. Ela era ativa em suas atividades domesticas, e colocava qualquer mulher mais nova no chinelo. Tive minha prova disso, quando a simpática senhora tivera sua saúde fragilizada por quase dois meses.

– Diga para Gail tirar uma foto da sua cueca de elefantinho! – Dinah vibrou do outro lado, me fazendo revirar os olhos.

– Vá se foder.

– Estou esperando a Normani chegar para isso, meu amor. – Ela riu debochada do outro lado, em um tom claro de "eu vou transar e você não, ha!"

– Informação desnecessária. Você tem três segundos para me convencer de não desligar a chamada.

– Você não...

– Dois...

– Camila!

Segurei o dedo no ar, prestes a desligar na cara dela. Arqueei uma sobrancelha, esperando pelo que viria.

– Prossiga.

– Camila quer conversar com você, amanhã. Sobre a fertilização. – Seu tom agora era mais sério, apesar de que ela continha algo implícito na voz.

– E por que ela mesma não me ligou?

– Ela não te mandou mensagem? – Perguntou, e sua voz dizia que ela já sabia a resposta.

– Mandou.

– Então você poderia ter ligado...

– Eu respondi a mensagem.