Capítulo 4

40 6 4
                                        


Na manhã seguinte Tovis levou Pedro e Eliza até o local onde os feiticeiros viviam. Quando perceberam a presença deles, alguns feiticeiros se puseram em volta dos três.

- O que querem aqui? - Perguntou um deles.

- Eu pedi para vir aqui. - Disse Eliza.

- E quem é você?

- Sou Eliza, neta de Eva e Tony. Vim do mundo para onde eles fugiram. Foi minha avó que me pediu para vir para Casaré.

Ao dizer aquilo um cochicho geral se formou.

- E o que quer de nós. - Perguntou uma mulher que tomou a frente.

- Sei que vocês não gostam da família real e por isso lançaram uma maldição nas terras roxas, mas sou descendente deles e de vocês também. Venho pedir que retire a maldição e que se juntem a nós para lutar contra Castro e sua tirania.

- O que ganhamos com isto?

- Se vencermos, teremos uma Casaré unificada novamente e consequentemente sem guerras. Sei que o povo não suporta mais esta guerra sem fim. Todos saem ganhando.

- Pensaremos a respeito. Daremos uma resposta até o fim da tarde.

_____________________

Pedro e Eliza passaram o dia descansando no castelo.

- Lizzy, já estamos aqui há dois dias. O que será que sua avó disse para nossos pais? - Perguntou Pedro.

- Não sei, mas com certeza é algo que não os deixarão preocupados. Além do mais, assim que acabarmos com isto voltaremos para casa e tudo voltará ao normal...

- Tudo bem. Só lamento não ter dito nada a meus pais antes de vir para cá.- disse Pedro pegando na mão de Eliza.- O importante é que estamos juntos e vai dar tudo certo.

- Sim. Vai dar.- disse Eliza. Por fora demostrava confiança, mas por dentro estava tomada por medos. Medo de morrer ou Pedro morrer, de decepcionar seus avós e não conseguir voltar para casa.

Era fim de tarde e foram assustados por um cheiro estranho e viram fumaça entrando. Levantaram e correram para ver o que estava acontecendo do lado de fora. Viram quatro feiticeiras dizendo palavras que não entendiam. Não demorou muito e elas terminaram.

- O que vocês fizeram? - Eliza perguntou a uma delas.

- Dando a resposta que prometemos. A maldição foi retirada.

_________

Não tinham tempo a perder, precisavam aproveitar a parceria conquistada. Mensageiros foram mandados para as terras azuis e vermelhas, explicando a situação e pedindo apoio.

No fim do dia voltaram os mensageiros anunciando que a parceria foi aceita e dadas as condições que enfrentavam, cada terra mandaria cinquenta soldados para apoiar a batalha.

- Temos terras sem maldição e soldados para lutar conosco. O que falta agora? - Perguntou Eliza para Tovis.

- Armas também temos. Onde pretende que a batalha aconteça? Aqui?

- Aqui, sim ou talvez não. Os cem soldados que virão... - disse Eliza baixinho - Então é isso! Não é só uma rima... é uma profecia.

- O que? - Perguntou Tovis.

- Nada. Só pensei alto... O melhor é irmos até eles, pois não esperam por nós, assim criamos o elemento surpresa. Amanhã durante o dia nos preparamos e ao anoitecer atacamos.

O Diamante RoxoWhere stories live. Discover now