Vá encontrar o amor da sua vida, Baekhyun disse.
Foi isso que Kai fez. O rapaz foi para casa após receber alta do hospital e começou a fazer sua mala, pensando em Natalie, cada peça de roupa, cada perfume, ele queria apenas que fosse perfeito.
Kim JongIn vestiu sua melhor roupa, um sobretudo bege cobrindo sua blusa de manga comprida azul marinho e as jeans escuras, perfumou-se com o melhor e mais caro de seus perfumes. Olhou-se no espelho da sala e apertou a alça da mala em seu ombro.
Sorrindo para o próprio reflexo, ele viu a pequena varanda de sua sala, de portas abertas, refletir em seu espelho. Ele se virou deixando a mala encima do sofá e caminhou até a varanda, apoiando-se no guarda corpo.
Vendo a luz da lua banhar-lhe e as estrelas brilharem apenas para ele e sua amada naquela noite, Natalie.
E naquela mesma noite, do dia 6 de março de 2016, ele a enviava a primeira mensagem. E hoje, dia 6 de março de 2017, ele estava indo ver, finalmente, ela. E como ela era perfeita, Deus, ele não podia ter se apaixonado por outra.
Como o tempo passou tão rápido. Ele pensou lembrando da noite em que chorou por ter perdido o contato com GaYook, mas mal ele podia imaginar que conheceria a mulher da sua vida.
Então, Kim JongIn percebeu que ele precisava ter seu coração ferido por GaYook para que Natalie pudesse curá-lo.
— Obrigada, GaYook. - O rapaz limpou uma lágrima que escorria pela bochecha e olhou para o céu agradecendo também àquele que tinha um plano para ele.
JongIn puxou o celular do bolso e foi até o contato de Natalie, puxou ar por entre os dentes e viu uma gota pingar sobre o ecrã do celular, não o atrapalhando em digitar...
Kai
Eu vou vê-la pela manhã, princesaKai
Finalmente, eu poderei te mostrar o quanto te amoKai deu meia volta abrindo um grande sorriso em seu rosto em meio às lágrimas. O moreno pegou a mala e fechou a porta da varanda assim como fez com as cortinas...
Kim JongIn estava no taxi, olhos fixados na lua que o acompanhava na janela observando-a sorrir para ele. De modo que tudo parecia girar ao seu entorno naquele momento, seu entorno e o dela.
• • •
— Passageiros do voo 3629, embarque no portão 7.
Kai ouviu a voz da mulher ecoar pelas extremidades do aeroporto de Incheon é um frio correu sua barriga, era seu vôo. O rapaz se levantou da cadeira de espera e caminhou até o portão 7 passando por um casal sentado nas cadeiras de espera.
Ambos tinham as mãos dadas e sorrisos em seus rostos, ela parecia tão feliz ao lado dele, ele tão apaixonado que real notável em seu olhar. Kai sentia o mesmo em relação à Natalie e, sinceramente, ele mal podia acreditar que a dor da distância chegaria ao fim em algumas horas.
JongIn sorriu e esperou na fila até que chegasse sua vez no guichê, assim aconteceu. O garoto passou pelo finger, visualizando o avião que o levaria até as terras americanas, pedindo que este o levasse em segurança.
Assim que entrou na aeronave foi recepcionado pelas aeromoças e o piloto que mantinham um sorriso em seu rosto. Então, JongIn olhou para o homem com a identificação de piloto e o pediu:
— Por favor, faça essa viagem em segurança, há alguém me esperando naquele continente.
O senhor de meia idade sorriu e assentiu dizendo:
— Sim, senhor, ela verá o senhor pela manhã, não se preocupe.
Kai sorriu envergonhado descendo o olhar para o chão e passando reto pelo corredor até encontrar a sua poltrona. Ao encontrá-la, sentou-se na mesma após colocar sua mala no bagageiro.
Por sorte, havia ficado com a janela, onde poderia admirar a vista de cima com tranquilidade. JongIn se mantinha ocupado com a imagem do aeroporto que ele tinha de sua janela que mal pode perceber que a poltrona ao seu lado fora ocupada.
O sinal avisando à todos os passageiros que desligassem seus aparelhos eletrônicos e afivelassem os cintos soou e todos seguiram as instruções do piloto.
Após a demonstração de segurança das aeromoças, a aeronave estava preparada para voar.
— ...E boa noite, tenham todos um bom vôo. - A voz de uma das aeromoças se cessou e o avião começou a manobrar pela pista.
Em alguns minutos a aeronave já corria pela pista reta e Kai mantinha os olhos abertos e focados na janelinha ao lado de sua poltrona. Vendo aquelas imagens passarem rápidas pelos seus olhos.
Então, a aeronave saiu do chão, começando realmente a voar. Kai via a grande Coreia do Sul ficando cada vez menor, até que não passasse de apenas pequenos potinhos coloridos em sua visão, e então, as nuvens cobrirem-os.
Kai sorriu voltando para sua posição normal na poltrona. O moreno se ajeitou na cadeira tentando esconder o sorriso de felicidade que se mantinha vivo em seu rosto mas, ele não conseguia.
No entanto, ao virar para a direita viu uma mulher sentando na poltrona ao seu lado, então, seus olhos reconheceram aqueles cabelos e aquela face na mesma hora, aquela face que um dia já invadiu os sonhos de JongIn e foi responsável pelas pseudo-intermináveis lágrimas dele.
— GaYook? - Ele perguntou deixando uma expressão de surpresa aparente em seu rosto.
A menina se virou no mesmo momento, vendo o rosto de Kai e largando a revista que estava em suas mãos no mesmo momento. Nem ela mesma conseguia acreditar que Kim JongIn estava ao seu lado.
— JongIn. - Ela soltou surpresa.
— Quanto tempo. - Kai sorriu fechado...
Era o tempo, o tempo e Natalie haviam curado JongIn. E ele havia percebido isso, pois, olhava para GaYook e via uma bela mulher, que conseguiu realizar seu sonho. Não, uma ex-namorada que partiu seu coração em milhões de pedaços, nem o amor da sua vida, afinal, quem ele realmente via nesse papel era a garota que iria finalmente ver em algumas horas.
Então, GaYook sorriu e ambos começaram a conversar. Contar as experiências que tiveram tido naqueles meses separados, como estavam suas vidas, o que havia acontecido.
GaYook havia se tornado modelo como sempre quis e JongIn a parabenizou pelo feito, afinal, era o sonho dela. Ao contar sobre Natalie, GaYook ficou feliz por JongIn, feliz que ele tenha encontrado o ser verdadeiramente amado por ele. Ainda frisou que Natalie era uma garota de sorte por te-lo ao lado dela.
Então, Kai percebeu que tudo era para correr daquele jeito, talvez tenha sido apenas uma coincidência, ou talvez Deus tenha dado uma oportunidade para GaYook e Kai se reencontrarem e compartilharem o que havia acontecido desde o fim.
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PILLOWTALK 》 Kai
Fiksi Penggemar2 linguagens, 5 anos, 12 horas e 7 mares separam ela e ele. Onde ela o conhece no Line por acidente e começa a conversa sobre seu coração partido com um adolescente depressivo que mora do outro lado do mundo. + TEXTING STYLE +