I'm going back to 90's

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Babiessssxxz!!!

Mil desculpas pela demora!! Mas tá aqui um capítulo novinho :)) Obrigada a todos que deram fav e que comentaram, obrigada mesmooo!!! <3

Espero que gostem.

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Lauren Jauregui's Point Of View

Um barulho incomodo fugia da aura de paz que as nuvens de algodão palpável traziam, cada vez o paraíso estava mais e mais barulhento, até tornar-se insuportável pertencer ao paraíso.

Acordei em sobressalto, assustando Electra e assustando-me com a claridade que invadia meus olhos sensíveis. O barulho que importunava o meu sonho de paraíso era reconhecido como o toque frenético do meu celular, que tremelicava no criado mudo. Peguei-o rapidamente para cessar aquele barulho, o número não fora reconhecido pelos meus olhos, nem cérebro.

- Alô? - A minha voz tão rouca e sonolenta quase ficou presa numa dimensão entre garganta e dentes.

- Lauren? - A pergunta foi doce. Eu já havia escutado aquele tom antes, era familiar, mas não tanto.

- Costumo ser após o meio dia sim, quem é? - Respondi com o máximo de educação que o humor me permitia. Forcei o meu corpo e sentei-me na cama.

- Ellie... Desculpa ter te acordado! - A voz doce agora parecia receosa. Eu estimulava a memória para dá-la um rosto, mas nada vinha.

- Ellie? Desculpa, mas eu conheço bastant... - Meu raciocínio travou toda a linha formada, agora um rosto extremamente íntimo condizia com a voz. - Lie?

- Sou tão fácil de esquecer assim,Laur? - Ela gargalhou. E tudo fez-se presente como se tivéssemos 17 e o mundo fosse um underground dos anos 80.

- Impossível. Impossível de esquecer. Já eu, fui esquecida por 5 anos, acho que sou esquecível. - Queixei-me com manha. Ellie era o ser mais nostálgico do meu passado que poderia me atingir.

- Seria, se eu não tivesse passado os 5 anos sonhando com o seu sorriso. - Ela falou. Aquilo me atingiu como uma bala, um sorriso inconsciente se fez presente nos meus lábios.

- E eu a sua gargalhada. Tão infantil, tão menina. Quando posso ouvi-la pessoalmente? - Eu fui rápida. Talvez, ou com certeza, eu estaria atropelando as coisas como na primeira vez, misturando as coisas, mas eu precisava vê-la de perto e tocar no meu passado mais bonito.

- Hoje. O Aquavit ainda é o seu restaurante favorito?

- Era, até ontem à noite. Mas tem um aqui no bairro que me lembra você, por coincidência nunca fui nele.

- Iremos. Às 20:00?

- Às 20:00. - Respondi precisa. A voz de sono já havia ido embora, só a rouquidão característica estava presente e o sorriso que doía as bochechas.

- Beijos, que te darei. - Ellie sussurrou. Aquele era o nosso antigo bordão pessoal.

- Beijos, que te darei. - Respondi e desliguei o telefone, joguei-me entre os lençóis pretos e me entreguei por completo aos flashbacks que não paravam.

O dia de trabalho no estúdio foi preguiçoso, sem a supervisão de Normani, eu havia gasto mais tempo encostada nos móveis devagando sobre o retorno inesperado de Ellie, que trabalhando na escolha das fotos para a exposição que aproximava-se sutilmente. Mais uma vez o pensamento voltou para Ellie, ela havia sido musa de uma das minhas primeiras exposições. Eu assistia àquilo como um passado distante e irreconhecível, mas que de repente havia caminhado anos luz para frente e me encontrado. Ouvir aquela voz fina e infantil me lembrava inconsequência, mas também me lembrava desejo. Me lembrava do relógio, e de todos os atrasos que eu havia cometido anos atrás.

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