Após ela passar em baixo do prédio que estou hospedado e passar direto sem ao menos um sorriso revolvi descer. Foi coisa de segundos e já estava na rua, olhei para ela se distanciando rápido e fui atrás dela o mais rápido que pude, e com um ato de surpresa ela para em uma esquina e vira subitamente. Paro de correr e vou andando fixado em seu olhar. Ao se aproximar não damos nenhuma palavra, ela se vira novamente para a rua, o que me faz ter um impulso de segura-la em seu braço.
-Eu quero saber quem você é.
-Você não irá gostar.
-Não disse que queria gostar e sim saber o por que me sinto ligado a você. Vai me dizer que também não sente? - ela nada responde, creio que não falei mentiras - eu quero, eu preciso saber quem é você.
-Deixe o seu sentimental de lado. Comigo você não está seguro. Tenho que arrumar um lugar para ficar.
-Por que não vamos ao meu quarto de hotel e me diz do que precisa. Posso te ajudar.
-Você não pode, ficando ao meu lado só põe sua vida em risco.
-Eu gosto de correr riscos, se não gostasse não estaria aqui agora.
-Porque quer saber tando de mim?
-Não quero, eu preciso!
-Ta bom, vou com você mas eu não posso ficar.
-Como quiser.
-Vai na frente, estarei logo atrás.
Ela agia como se estivesse sendo seguida. Ela era misteriosa e algo de muito forte se formou desde quando eu a vi em meus braços a um mês. Não sabia o quem era mas eu sentia que estava com quem deveria estar.
Chegamos ao hotel e ela fez questão de fazer uma entrada, fiquei ao seu lado durante todo o processo, ela parecia confusa ao responder as perguntas.
-Senhora, seu nome?
-Emma
-Emma de que?
-Emma Buchetk.
A encarei, ela tinha o mesmo sobrenome que o do Doutor, será ela sua filha? Estou confuso. Fui me afastando do balcão. Entrei no elevador e ela subiu junto, Ambos calados. A levei ao seu quarto, não me aguentei segurar tudo que pensava.
- Emma Buchetk.
-É o meu nome.
-Ou melhor Armme 23.
-Como sabe? É também um informante deles? - ela veio para cima de mim em sentido de defesa.
-Não não, sou só um estudante, um pesquisador de anormalidades humanas.
-Como sabe de mim? - ficava com mais raiva
-A uns meses venho te estudando, meses atrás tive a oportunidade de conhecer seu criador, seu pai. - essas palavras a chocaram, ela não esperava esse tipo de resposta. Foi me soltando aos poucos e se sentou no chão.
-Eu não tenho um pai.
-Tem, eu sei de toda sua história. Imagino que estava fugindo dos mesmos que mantém ele preso durante anos em um hospício. Hugo Buchetk, esse nome não te lembra nada?
-Tenho sonhos, com um homem me chamando de Emma Buchetk, me acarinhando, mas depois tudo fica confuso. Estava dentro de uma câmara gritando por socorro e o mesmo homem me olhando, me pedindo calma. Daí em diante não sonho com mais nada, tudo fica preto.
-Não são sonhos - sussurro
- O que são?
-Lembranças, lembranças que foram tecnicamente esquecidas mas que em momentos de transe você consegue ativa-las por meio do sonho.
-Como sabe tanto sobre mim?
- Eu não sei de nada, por isso preciso saber mais de você. Não quero lhe causar mal, quem sabe não possa te levar ao seu pai.
-Isso não, eu não tenho pai. Saia, essa conversa já foi demais, continuamos outra hora.
-Posso voltar amanhã?
-Pode
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Criada para Amar
Science FictionEmma, uma mulher normal aos olhos dos meros humanos, porém ela é uma máquina de guerra. Suas habilidades é invejada por muita gente que tenta captura-la mas só uma coisa consegue capturar, John, um estudante de um grande laboratório que faz experiên...