Revelado

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-Emma, querida estava te esperando! - senti homens me paralisando, me debati mas não conseguia sair, foi quando eu vi Marco vindo em minha direção injetando algo no meu braço e eu olho Jhon atrás de uma bancada. Meu corpo ficou mole e só deu tempo de exclamar:

-Jhon?!

Jhon

Meu coração disparou e senti todos os olhos da sala em minha direção. Eu fui o responsável por isso. Marco veio lentamente em minha direção enquanto seus homens carregavam Emma para o fundo da sala. Assim que parou do outro lado da bancada o olhei profundamente tetando esconder a aflição de ver a mulher que amo sendo carregada.

-Você - disse Marco me olhando com um sorriso cheio de sarcasmo - é um homem de muitas surpresas. De onde a conhece?

-Não a conheço - engoli seco - foi só uma ajuda que lhe dei quando chegou a cidade.

-Se eu bem conheço ela, não é de fazer amizades. Muito menos se deixar ser ajudada.

-Isso é um interrogatório agora? Pensei que só precisava dos meus serviços.

-Gosto desse seu jeito sério mas se estiver me escondendo algo, eu vou descobrir!

Saiu do laboratório e eu aliviei. Respirei fundo e tentei me controlar. Durante o resto do dia trabalhei com três homens me vigiando, queria muito saber o que está acontecendo naquela sala.

Emma

Acordei ainda meio tonta, estava deitada em uma maca, tentei me mexer mas estava toda amarrada. Isso que me deram deve ter sido bem forte que até pensei ter visto o Jhon, que loucura, o que ele estaria fazendo aqui? Um tempo depois entrou Marco com um sorriso no rosto, quando o vi virei meu rosto para frente olhando o teto.

-Emma sempre durona, você achou mesmo que seu plano daria certo? - riu - Você agora é minha!

-O que você quer?

-Você não acredita no amor? - sorriu pegando meu rosto e virando - Ou será que já achou o seu?

-Onde você quer chegar Marco?

-Você vai ter muitas surpresas, preciso que você esteja descansada porque eu quero só o seu bem!

-Sínico!

-Olhe ao seu redor, foi aqui que tudo começou. Não se lembra de quando menina correr pelos corredores de uma casa antiga, se um dia seu querido pai lhe chamar ao laboratório? Pois eu lembro!

A voz dele ficou ecoando na minha cabeça, eu conhecia aquele lugar. Será aqui a minha casa?

-Mas antes vamos reunir a familia não é mesmo? Que tal chamar alguém, que vou te contar, nem imaginava dessa vez eu fui surpreendido. Rapazes busquem o Doutor por favor! - o sorriso não saia de seu rosto - Vamos Emma olhe para a porta, quero ver sua reação ao vê-lo.

Dá uns minutos e a porta de abre e enfim ele entra, eu não acredito que ele fez isso comigo, justo ele.

Jhon

Estava tão focado que nem percebi a porta se abrir e homens vindo em minha direção.

-Doutor, vamos?

-Mas já?! Ta vou pegar só isso aqui, pronto vamos!

A porta se abriu e tomei um susto ao ver Emma de olhos abertos. Por pensamento pedia perdão, pedia que ela me entendesse mas de uma expressão de dor seus olhos viraram pura fúria.

-Venha Jhon, conhecer nossa nova hóspede!
Com o coração acelerado porém mantendo o semblante calma me aproximei e ela virou o rosto, Marco se divertia com aquela situação.
-Emma você o conhece? - ela nada respondia - Vamos querida, se você não responder vou ser obrigado a fazer coisas que eu não gostaria.
-Não!
-Engraçado que se bem me lembro antes de você desmaiar você exclamou o nome dele, coincidência não é mesmo?! Não minta, vamos me diga!
-Ele... só me ajudou quando cheguei a cidade ferida pelos seus homens!
-Parece até que combinaram a resposta,  incrível!  Mas isso não me interessa mais a única que coisa que quero de você agora é um pouco do seu sangue para análise.  Vamos doutor -me olhou - retire o quanto precisar.
Ele se afastou da maca me dando espaço.  Me aproximei colei meus olhos nos seus e comecei a procurar sua veia. Pronto para a retirada passei pertode seu ouvido e disse:
-Faça cara de dor.
E enfiei a agulha em mim, tirei o necessário e coloquei o algodão em seu braço,  ela não entendeu muito mas entrou no esquema.
Sai de sua frente e me virei para Marco que como sempre sorria.
-Ao trabalho - disse e saímos da sala!

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