Pesadelo

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- Aproveite o lanche querida.

Assim que li essa mensagem senti meu corpo gelar de medo, não disse nada a Amanda mas ela percebeu meu desconforto mas também não disse nada. Acabamos de lanchar e chamamos um táxi, minha cabeça já estava explodindo de tanto pensar em quem poderia está fazendo isso comigo. O primeiro destino foi a casa da Amanda nos despedimos e ela saiu do carro, seguimos para minha casa e ao chegar paguei o motorista e entrei em casa.
Minha expressão era péssima, eu estava assustada.

- O que houve? - perguntou meu pai.

- Nada, só estou com um pouco de dor de cabeça.

- Quer um remédio?

- Já vou pegar obrigada, diz a mamãe que eu não vou jantar.

- OK.

Subi correndo para o meu quarto e me tranquei, peguei meus fones de ouvido deitei na cama e comecei a ouvir música, acabei adormecendo.

Estou em um lugar desconhecido, fugindo de algo ou alguém, esse alguém me chama pelo nome, me diz para não ter medo, tropeço em uma pedra que está em meu caminho e ele acaba me alcançando, sinto sua mão me puxar pelo braço, sinto ele me levantando e me agarrando por trás, quando de repente ele sussurra em meu ouvido com uma voz calma e sombria:

- Você pertence a mim meu amor.

Acordo suada e ofegante, olho para o celular, e há várias ligações perdidas de Amanda, já são 21:45, levanto e vou para o banheiro, deixo a água bem fria, tiro a roupa e vou para debaixo do chuveiro.
- Devo estar paranóica - sussurro para mim mesma - deve ser só uma brincadeira de mal gosto, de muito mal gosto.
Termino meu banho, seco meu cabelo com uma toalha, coloco um pijama velho e desso pra comer algo.
Logo quando chego na sala vejo meus pais assistindo, vou a cozinha e pego uma maçã volto para a sala e me sento com eles.

- Já arrumou suas coisas pra escola filha - diz minha mãe.

- Escola? - digo surpresa.

- Sim vai me dizer que esqueceu? - fala meu pai com um sorriso discreto.

- Esqueci completamente, vou já arrumar.

- Boa noite - diz os meus pais juntos como se tivessem ensaiado.

- Boa noite.

Subo e começo a arrumar a minha mochila, separo minha roupa para ir a escola, meu celular toca

- Nossa! Pensei que tinha morrido, o que houve? Você não atendeu minhas ligações.

- Eu caí no sono, desculpa.

- Já preparou as suas coisas pra escola?

- Acabei de arrumar agora, tinha esquecido que amanhã começa as aulas.

- Ai, ai cacatua, o que é que eu faço com você, tão novinha mas tão burrinha.

- Eu fiquei pensando naquelas mensagens e acabei esquecendo.

- Para Malu, isso não é nada tá? É só alguém querendo te assustar.

- Seja quem for está conseguindo, olha eu vou dormir agora, tô morrendo de dor de cabeça. Boa noite.

- Boa noite.

Tomei um remédio e fui dormir.

Paixão ObssessivaOnde histórias criam vida. Descubra agora