Capítulo 17

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Vestindo-se com pressa, Leona e Fritz tentaram se recompor. Outra batida e a voz de Lorena chegou até eles.

-Temos uma situação Fritz.

O homem resmungou um fraco "um minuto" enquanto puxava a calça pra cima, vestia a camiseta e se certificava que Leona estava vestida antes de abrir a porta.

Os olhos de Lorena se estreitaram quando olhou de um para o outro. Ela entrou rapidamente na sala e falou baixo para não ser ouvida.

-Ficaram loucos?

-Estávamos apenas....

-Transando na sala de visitas do comandante.

Leona e Fritz arregalaram os olhos diante da abordagem honesta de Lorena. A SKULL ficou vermelha e Fritz teve a decência de parecer constrangido. A assistente de Dylan Meyer soltou um suspiro longo.

-Tiveram muita sorte de ser eu e não ele em pessoa quem estava passando por aqui... e...

A hesitação dela fez com que o casal a encarasse em expectativa.

-... e dessa sala ser isolada nessa parte do complexo, porque honestamente... discrição não é o forte de vocês.

Fritz tentou argumentar.

-Quem poderia nos acusar de qualquer coisa? É uma sala de visitas, ué... supostamente é um ambiente propício para se receber pessoas...

Lorena cruzou os braços com uma expressão incrédula para a tentativa dele em amenizar os acontecimentos ali.

-Sim... uma sala de visitas comum e não a prova de som.

Um momento estático quando Leona e Fritz se deram conta do significado do que ela acabara de falar. Um segundo depois e o alemão explodiu em uma gargalhada, Leona também riu. Não tinha como não rir. E mesmo brava com a situação, Lorena também acabou rindo.

-Não me faça rir Fritz. Estou brava... foi constrangedor.

-Desculpe Lorena.

Dylan apareceu no corredor bem na hora e olhou a cena. Os três rindo e a SKULL um pouco corada. Ele encarou seu agente e desceu os olhos para o desalinho de Fritz. Cabelos bagunçados, camiseta um pouco amassada e, mas que filho da puta, o zíper da calça estava aberto como se... Alemão de uma figa, era o que Fritz era.

O comandante o fuzilou com os olhos e queria dar um murro na cara dele, mas a situação era emergencial e não havia tempo para pormenores.

-O que estão fazendo parados aí?

O tom de voz do chefe não dava margem para nenhum tipo de piadinha. Fritz conhecia aquela expressão sisuda e soube de imediato que alguma coisa tinha acontecido.

-O que foi Dylan?

-Ramon encontrou o carro da Nick abandonado em uma área deserta.

-Puta merda.

Imediatamente Fritz entrou em seu modo agente e começou a acompanhar os passos rápidos do comandante que seguia para a sala de reuniões. Lorena e Leona os seguiram de perto. Assim que Fritz o alcançou, Dylan murmurou entre os dentes.

-Fecha o zíper da calça e o mantenha fechado enquanto estiver em horário de trabalho e dentro da minha base. Entendido?

A mão de Fritz voou para a frente da calça apenas para descobrir espantado que tinha esquecido de subir o fecho. Maldição. Tinha sido a pressa. Ele sussurrou um "entendido" e não se atreveu a olhar para seu chefe ou sequer de pedir desculpas, pois seria nocauteado antes que pudesse terminar de se desculpar.

Os Agentes da BSS - Livro VI - A LEOAOnde histórias criam vida. Descubra agora