Capítulo 18

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Gaspar se aproximou da tela do computador e sem tirar os olhos dela ligou para o Afonso.

-O que foi?

-Hei cara, tem certeza de que esse é o chip certo?

-Absoluta.

-O projeto está incompleto Afonso. Tá faltando uma série de coisas aqui. Onde está sua cópia de segurança?

Uma palavrão foi murmurado e em seguida Afonso falou com voz tensa.

-Não tenho uma cópia de segurança.

-Está brincando?

-Pareço estar brincando?

-Como não fez uma cópia de um negócio importante como esse?

Um som estranho, um bug na tela do computador e Gaspar se desesperou deixando o celular cair na mesa.

-Droga, droga.. não.

A voz do chefe podia ser ouvida aos berros através do aparelho e as mãos de Gaspar estavam tremendo quando pegou o celular de volta.

-Sumiu tudo cara...

-Que porra tá me falando Gaspar?

-O projeto, simplesmente apagou tudo do chip.

-Ache a porcaria da Dolores Hale. Se alguma coisa saiu errado, foi culpa dela. Estou voltando pra ai...


Os carros de Dylan e Ramon estacionaram na parte de trás de um edifício próximo à casa que Sam havia passado o endereço. Fritz e Leona saltaram da moto e se esquivaram para as laterais tentando não serem pegos pelas câmeras de segurança do lugar.

O comandante estreitou os olhos ao ver Leona ali. Ramon estava com os olhos fixos na casa analisando a melhor forma de abordar as pessoas que provavelmente estavam lá dentro. Iria matar o desgraçado que ousou levar sua mulher.

Murilo e Dylan trocaram comunicação por sinais. Andando como qualquer outra pessoa na rua, o brasileiro atravessou o espaço entre a calçada e a casa vizinha e sumiu para a parte de trás da propriedade ao lado, usando sua habilidade de agente para andar por entre as trepadeiras e treliças do jardim e dessa forma ocultar-se das câmeras que certamente estavam espalhadas por ali.

Fritz ligou para seu chefe que atendeu ao primeiro toque.

-Vamos cercar a casa. Leona toca a campainha. Estarão mais propícios a atender uma mulher do que um cara.

-Ela não faz parte da minha equipe Fritz.

-Ah eu sei, tenta dizer isso pra ela.

Xingando mentalmente, Dylan teve que dar o braço a torcer e admitir que no momento a SKULL era o recurso mais viável. Havia muitas pessoas se movimentando por ali naquele momento. Era final de tarde e o fluxo ainda era grande. Quanto menos atenção chamasse, melhor.

-Ok. Murilo já está nos fundos. Ramon e eu entraremos pelas portas laterais. Você cobre as costas da mulher.

-Você quis dizer "minha mulher". Ok.

Leona esperou que os caras do BSS estivessem em seus lugares combinados. Fez um nó na regata branca que usava por baixo da jaqueta de couro e eriçou seu cabelo para dar volume.

Caminhou até a porta da frente e tocou a campainha. Ela olhou pra cima e viu a câmera discreta que estava filmando toda a entrada da casa. Assim, a mulher sorriu e fez aquela cara sensual de felina predadora.

De onde estava, encostado casualmente no poste da rua, como se estivesse esperando um táxi ou coisa parecida, Fritz conseguia ver sua Leoa trabalhar. Filha-da-puta, estava de enfartar qualquer homem saudável. A forma como esticou a bunda e empinou os peitos podia distrair qualquer terrorista iraquiano do seu intuito. Ele sorriu orgulhoso dela e esperou que alguém abrisse a porta.

Os Agentes da BSS - Livro VI - A LEOAOnde histórias criam vida. Descubra agora