Cold Kiss

Prólogo

Fevereiro de 1918

Fitava-me em frente o espelho do quarto rústico da cabana que eu me encontrava, o sangue ao redor dos meus lábios estava praticamente seco, ainda podia sentir o gosto doce e as lembranças do soldado pedindo para não arrancar-lhe a vida, eram frescas. Apesar de não interferirmos na guerra, era um soldado do campo inimigo e vagava por nossas terras, minha fome também já estava ensurdecedora e precisava me alimentar rápido, ele só estava na hora errada.

Ouvi passos do lado de fora e já sabia quem era, meu amado John, eu podia escutar barulhos à metros de distância, uma das vantagens de ser imortal. Aqui é o nosso esconderijo, meu e do John, onde podemos ser nós mesmos, e a relação intima antes do casamento era proibida, porém estávamos ignorando todas as regras, por mais que nossa cerimônia estava próxima, queríamos um ao outro como nada no mundo.

—No que meu anjo anda pensando? —John disse rente minha nuca, fora tão rápido que mal percebi quando já agarrava-me a cintura.

—Pensando no quanto quero você. —Disse com os olhos fechados sentindo milimetricamente seu toque, todos os meus sentidos eram mais aguçados e eu me deliciava com as sensações.

Senti o mesmo distribuindo beijos pela extensão do meu ombro e passeando com as mãos em minha cintura, murmurou algo e virou-me de frente para si, seus olhos brilhavam em um tom vermelho sangue e eu sabia que os meus estavam da mesma forma. Voltou-se para os beijos agora em minha clavícula e eu me derretia cada vez mais com seus toques. Levou as mãos até o meu vestido e acariciou-me sobre o mesmo, logo depois desabotoando-o com uma velocidade inigualável, me deixando totalmente despida, fitava-me com admiração e beijava minhas curvas delicadas com carinho, fazendo com que eu me sentisse amada, desejada e totalmente realizada.

—Nunca me cansarei de ver seu belo corpo. —Sussurrou. —Serei somente seu por toda a eternidade e você será somente minha, ao contrário disso não sei o que faria com você. —Agarrou-me com mais força e mordeu o lóbulo da minha orelha. —Então, nunca me deixe.

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Beijos cherrys :*