My heart is yours, my love.

Capítulo 11

= Dois dias depois =

Acordo às 5:30am da manhã de segunda-feira. É hoje, hoje é o grande dia. Levanto num pulo e vou para o banheiro, tomo um banho e me arrumo. Pego uma roupa bonita. Nada de muito chamativo, afinal estou indo para estudar e não para chamar atenção. Me arrumo e pego minha Lamborghini Aventador. E vou para a universidade.

Chego em frente a universidade, e avisto aquele belo prédio. Estaciono a minha Lamborghini e saio. Reparo que há muitas pessoas me olhando. Agora são exatamente 7:15am, levei 1h30min de viagem de Nova Iorque a Boston.

Entro no prédio, vou até a secretaria e pego os meus horários. Logo eu sigo para a sala e como estou fazendo direito, o meu professor chega e começa a passar matéria. Copio tudo o que ele passou. Procurei prestar muita atenção nas aulas. O dia passa voando.

Quando terminam as aulas eu vou para biblioteca pego alguns livros e logo vou para o estacionamento, entro em meu carro e dirijo para casa. Chego em casa, louca de fome. Peço uma pizza e a mesma não demora a chegar, pego e pago, sirvo-me e como.

Meus professores não perderam tempo em passar trabalhos para entregar, pego o meu notebook e começo a fazer os temas, trabalhos, projetos entre outras tarefas que tenho. Para um primeiro dia de aula, tudo correu tranquilamente bem.

Fico nessa função de tema e trabalho, a tarde toda. Agora são 9:45pm da noite. Acho que vou na casa da minha mãe. Vou contar a eles o meu primeiro dia na universidade. Simplesmente pego as chaves do carro, e o meu celular, e vou para a garagem, pego o carro e dirijo até a casa da minha mãe.

Chego lá e ela abre a porta para mim. Me abraça e me beija.

- Querida! Tá tudo bem?

- Sim, só fiquei com saudades, e vim lhe contar o meu primeiro dia na universidade.

- Ah meu bem, sente-se e conte-me tudo.

Eu entro na casa, vou até o sofá e começo a falar, converso com ela até às 11:45pm. Logo Matt chega e me vê, eu o vejo e meu coração falha umas quantas batidas, minha respiração acelera e eu começo a tremer.

- Bom mãe, vou indo, okay? Tenha uma boa semana, te amo, dá um beijo no André. – Me despeço dela e dou um beijo em seu rosto.

- Oi né! – Ele fala comigo.

- Oi Matthew.- Falo seca e saio.

- Já vai? – Ele pergunta o óbvio.

- Sim! – Respondo sem paciência e vou para o meu carro, sinto ele me seguir.

- O que tu tens? – Ele pergunta.

- Nada, só que amanhã tenho que acordar cedo, tenho faculdade, então, boa noite ... – falo já ao lado do meu carro.

- Vai ser assim, Atena? Tu me evitando? Pensei que fossemos amigos?!

- Foi tu que optou por isso, Matt! – Falo quase chorando. – Por favor me deixe ir – Falo implorando.

- Atena, eu preciso de uma coisa antes ... – Ele fala e se aproxima. Nossos rostos ficam bem colados, e sinto a respiração dele se misturar com a minha. Meu coração acelera e falha mais algumas batidas.

- O que você precisa de mim? – Pergunto olhando para boca dele.

- Disso ... – Ele mal termina de falar e me beija. É um beijo carregado de desejo, cheio de volúpia, foi intenso. Eu pude sentir novamente o toque dele sobre a minha pele. Ele que estava com as mãos gélidas. Eu me entreguei ao beijo que aos poucos fora parado com selinhos.

- Você não pode fazer isso comigo! – Falo com a voz embargada.

- Isso o quê?

- Beija outras meninas e depois me beija... não sou um brinquedo, que tu pega a hora que bem entende e larga quando não serve mais.

- Não, tu não és um brinquedo, e eu nunca disse isso! Porra Atena, tu não me entendes, quantas vezes eu já lhe disse que não somos irmãos? Quantas vezes falei a palavra irmãos com desdém? E tudo por que? Porque eu me apaixonei por você, desde o primeiro instante em que te vi. Eu te desejei em minha cama, nos meus braços, acordando comigo todos os dias. Eu queria você, eu quero você. Mas tu sempre vinhas com esse papo idiota de "somos irmãos e não podemos fazer isso", mas é aí que você se engana. Não somos irmãos, Atena. Estamos bem longe de ser. Meu pai casou com a tua mãe, ponto. Mas isso não nos torna irmãos, não temos o mesmo sangue. O fato de você e o meu pai terem um laço afetivo como o de pai e filha, não nos torna irmãos, Atena.

- Eu sei, mas Matt ... – Ele me interrompe.

- Não há nada de "MAS", por favor Atena, esqueça isso de irmãos. Somos um homem e uma mulher, que têm os pais casados, mas não somos irmãos.

- Okay Matt, posso ir embora agora?

- Só depois que eu ganhar mais um beijo, daí tu estás liberada.

- Só um! – Falo e o beijo. Foi um beijo calmo, cheio de paixão e ternura. Eu amo este homem.

Paro o beijo e o olho. Olho os olhos do homem que eu amo, aqueles olhos azuis com cinza que são perfeitos. Enxergo naquele olhar, um garoto perdido e sozinho, em busca de uma pessoa para amar e ser amado.

- Bom, eu preciso ir, tenho aula amanhã! – Falo e ele faz caras e bocas.

- Me leva junto para tua casa?

- Você está louco?

- Não, de loucura eu não sofro não!

- Amanhã não tem como te trazer aqui. Deixamos isso para outra ocasião, okay? – Falo e ele concorda, em relutância, mas concorda.

- Boa noite princesa ... – Ele fala e eu sorrio.

- Boa noite Matt! – Falo e o beijo. Entro no meu carro e vou para casa.

Chego em casa, entro pela garagem, tranco tudo e aciono o alarme. Estaciono o meu carro e desço. Entro em casa e vou para o meu quarto, tomo um banho rápido e me deito na cama, pensando em tudo o que Matt me disse, eu acabo dormindo.