2. Weird call, dumb bitch

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Meu dia começou como o de uma adolescente normal, comigo indo para o colégio, atrasada como sempre. Corri por todo o caminho e cheguei no colégio ofegante por correr por todo o trajeto já que não tenho um carro como todos os outros... ( ok, não é só porque meu irmão é podre de rico que eu vou ter um carro, eu sou só uma adolescente!... Tá, a verdade é que eu não sei dirigir e eu me recuso a aprender só por achar que carros na verdade são caixinhas que podem te matar a qualquer momento.
Não precisa me olhar assim, eu consigo ver seu olhar julgador sendo direcionado pra mim)

Voltando ao assunto principal, após correr como se minha vida dependesse disso, cheguei bem no momento em que o sinal bateu e eu desatei a correr novamente para chegar em minha sala de aula.

cheguei em frente da sala cansada e suando, mas isso não é algo novo que as pessoas desse colégio veem. Eu sempre estou atrasada, novidade seria eu chegar com antecedência.

— Licença professora Angel - Falei entrando na sala com o cabelo um pouco molhado com o suor e ofegante.

— Sugiro que não chegue mais atrasada em minha aula senhorita Horan. - A professora disse me olhando de cima a baixo e em seguida murmurando que tudo o que queria fazer era se aposentar.

— Nós duas sabemos que eu não vou cumprir isso mesmo querendo muito professora. - Disse indo para o meu lugar, lá no fundo da sala do lado da janela, onde nenhuma garota fã do meu irmão iria me importunar e de quebra eu ainda poderia ver o que acontecia no pátio quando estivesse muito entediada da aula. Senti os olhares queimando sobre mim, mas isso não é algo novo, não é como se isso não acontecesse todos os dias desde que entrei nesse colégio. Quando mesmo é que eu vou parar de ser uma novidade para eles?

Quando eu já estava acomodada no meu assento Arthur, meu melhor e único amigo de verdade nesse colégio, virou de sua carteira para falar comigo.
— Qual é a sua desculpa para o atraso de hoje Mara?

— Eu perdi a hora, o meu despertador não tocou na hora e eu só acordei porque tenho um relógio biológico muito bom.

— Se ele fosse tão bom assim não iria se atrasar todo dia docinho.

— Posso sabe o que tanto conversam aí atrás? O que é mais interessante que a aula de história? - Falou a brux... Quero dizer, a linda professora que eu tanto amo. (sentiram a ironia?)

— Nada demais professora, eu só estava dizendo ao Arthur que eu amo a matéria da senhora.  - falei com um sorriso falso, enquanto Arthur estava tentando segurar a risada.
— Me desculpe por atrapalhar a senhora, eu sei que deve ser difícil aguentar vários adolescente a essa hora da manhã. - disse fazendo um olhar compreensivo, franzindo as sobrancelhas.

— Bom mesmo senhorita Horan, e eu realmente gosto que você ame tanto a minha matéria, é gratificante.

Os dois tempos cinquenta minutos de aula passaram voando devido a minha falta de atenção e logo o sinal indicando a hora do intervalo soou me fazendo tremer de felicidade.

— LIBERDADE! - gritei correndo da sala indo direto para o refeitório enquanto Arthur me seguia, rindo da minha felicidade.

Fui direto para a nossa mesa, encontrando o grupo de pessoas que sempre ficavam comigo e meu melhor amigo. Eu não poderia considerá-los meus amigos também já que sabia que só fingiam gostar de mim para terem uma oportunidade de ir na minha casa e talvez ver meu irmão e seus amigos de banda.

Assim que sentei na cadeira meu celular tocou, fazendo todos da mesa olharem para mim por causa do som incessante.

— Mara, atende logo, esse som já está irritante - disse Jonas

— Calma, o número é privado e eu não gosto de atender quando é assim. Sempre é algum jornalista abusado que descobriu meu número e quer uma "entrevista exclusiva".

Quando eu atendi, o outro lado estava em silêncio e só se ouvia uma respiração pesada.

— Olha querido, eu não tenho tempo pra trotes. Se for algum jornalista, não, eu não farei uma entrevista e não, meu irmão não está namorando ninguém ou tenho um novo affair. - disse com uma voz debochada e irritada.
Então a pessoa do outro da linha resolveu se pronunciar.

— Quero você as duas e meia da manhã na floresta atrás do campinho abandonado. Não leve ninguém e se descomprimir a minha ordem, sofrerá as consequências.

Antes que a pessoa desligasse eu falei.
— Amado, o que te faz pensar que eu vou seguir o que você tá falando? Eu por acaso tenho cara de otaria? Posso ser nova mas não sou tão idiota assim. - disse petulante e incrédula. As pessoas realmente acham que vivem num filme.

— Apareça ou eu conto para todos aquilo que você mais esconde. - disse a voz masculina quase que rosnando.

— Vai contar pra todos o meu caso com o professor de geografia? - disse blefando e tirando sarro da pessoa.

— Não Vallentine, sobre o seu dom. Você não sabe com quem está se metendo. - disse e logo após desligando sem me dar chance de falar algo.

Ok então, aparece que terei que dar uma de vítima burra de filme de terror trash.

A médiumOnde histórias criam vida. Descubra agora