Capítulo 5

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Acordei na manhã seguinte com o meu despertador tocando, logo o desligo e, por incrível que pareça, Vicente não acordou. Levanto-me da cama devagar, tirando seus braços de cima de mim com calma, tentando não o acordar e, como uma missão bem sucedida, consigo levantar.
Calço meu tênis e pego minha bolsa, mas antes que eu possa sair do seu quarto, sua voz me chama a atenção.

- Bom dia, princesa! - Ele fala ao se espreguiçar na cama. - Ia sair e me deixar aqui, sozinho? - Ele fala ainda sonolento, fingindo estar indignado e com um sorriso no canto da sua boca.

Olho para ele e sorrio ao me aproximar da cama.

- Dorme mais um pouquinho, eu tenho que ir trabalhar! - Falo beijando a sua bochecha e me afastando novamente.

- Não quer que eu te leve? - Ele pergunta.

- Não precisa! - Falo. - Fica dormindo, depois nos falamos. - Completo abrindo a porta.

- Vou sentir saudades! - Ele fala concordando em ficar.

- Eu também, Vicente! - Falo achando graça do seu exagero.

Saio do seu quarto e desço as escadas. Sinto um cheiro maravilhoso de café que vinha da cozinha e escuto o barulho da TV. Passando pela sala, vejo Tia Ana sentada no sofá, com uma xícara de café na mão e assistindo à um programa de culinária.

- Bom dia Tia Ana! - Falo.

- Bom dia querida! Dormiu bem? - Ela pergunta simpática.

- Dormi sim, obrigada! - Falo. - Mais tarde nos falamos, preciso ir! - Completo sorrindo.

- Mas já vai? Você nem comeu nada! Você tem que se alimentar bem Clara, principalmente durante a manhã! - Ela fala dando uma de mãe.

- Eu sei, Tia! - Falo achando graça. - Pode ficar tranquila, assim que eu chegar, eu vou comer alguma coisa! - Completo dando um beijo na sua bochecha.

- Está bem querida, até mais tarde! - Ela fala se despedindo.

Saio pela porta e atravesso a rua, abro a porta de minha casa e logo dou de cara com meus pais.

- Bom dia! - Falo.

- Clara! Onde você estava minha filha?Te liguei várias vezes e você não atendeu, fiquei preocupada! - Minha mãe fala, se referindo ao fato de eu ter dormido fora e ter esquecido de ligar para avisar.

- Desculpa, esqueci completamente! Mas não se preocupe, eu estava com o Vicente. - Falo, mas logo me arrependo.

Em um impulso, meu pai me olha por cima dos óculos, que usava para ler o jornal, com uma das sobrancelhas arqueada.

- Não, eu só estava... Quer dizer, a gente só... Ah, droga! - Falo ao perceber que eles entenderam tudo errado.

Desisto da explicação ao ver minha mãe com a mão na boca, contendo o riso, sem contar a cara com que meu pai me olhou, a única coisa que eu posso fazer no momento é rir junto.

Subo as escadas e tomo um banho rápido, visto meu uniforme e desço para tomar café. Como apenas uma torrada que mamãe havia preparado e acabo pegando uma carona com meu pai até a cafeteria.

Chegando lá, cumprimento Vanessa, que estava sozinha atrás do balcão, afinal, Alex ainda não havia chegado.

- E ai loira! - Ela fala me cumprimentando.

- Bom dia ruiva! - Falo dando um beijo na sua bochecha.

- Como foi a folga? Precisamos botar o papo em dia! - Ela fala se referindo à Vicente.

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