Músicas, Vinho, Sofá e Sonolência

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— Hmm... Quando?

Hoje! Por favor? É de uma amiga minha, mas eu não conheço os amigos dela. Não quero ficar sozinha.

— Por que você não leva seu namorado?

Ele não gosta de festas. Por favor, Anne!

— Tudo bem, tudo bem...

Yay! Obrigada!

— Espera, como você pretende ir? Que horas?

Vai ser às oito horas, e Leigh disse que me leva.

— Ok. Como vamos fazer?

A gente passa aí. Me dê seu endereço.

Passei o endereço e fui tomar banho. Quando saí, era seis e meia. Coloquei um vestido preto e um salto pequeno. E short, porque não quero correr o risco de encontrar outro Dake da vida. Terminei de me arrumar oito horas em ponto.

Arrumei a bagunça que tinha feito. Peguei uma bolsa pequena e coloquei meu documento e algum dinheiro.

Oito e quinze.

Fechei as janelas e tranquei as portas. Sentei no sofá e continuei o filme.

Oito e quarenta, escutei uma buzina, desliguei a tv e sai correndo. Fechei a porta e fui até o carro.

Rosa estava de pé, com a porta aberta. Vestia uma calça preta, uma blusa de cetim vermelha e salto, com seus cabelos enrolados. Ela entrou e eu fui para o banco de trás.

— Oi, Leigh. — O cumprimentei.

— Olá, Anne.

— Demorou tudo isso para se arrumar? — perguntei a Rosa..

— Sim, desculpe.

— Bem-vinda ao meu mundo. — Leigh riu.

— Ei. — Rosa deu um empurrão de leve no ombro dele.

— Você mora bem perto. — Leigh comentou. — Uma rua à frente de minha casa.

— É mesmo. — Rosa me olhou e deu uma piscadela.

Pouco tempo depois chegamos no lugar. Leigh disse que era para Rosa ligar quando fossemos embora. Entramos no salão. Era grande, escuro, com várias luzes coloridas piscando. Algumas mesas espalhadas, e música alta. Muito alta. Mais para frente, havia um pequeno palco e na frente dele, a pista de dança, onde já havia bastante gente.

Rosa deixou um presente em uma caixa perto da entrada.

Do lado esquerdo da pista, havia um bar. Rosa viu sua amiga lá, então fomos até ela. A cumprimentamos e Rosa me apresentou. Vários garçons passavam com bebidas e petiscos e eu não deixava nenhum passar reto.

Rosa olhava para o salão, parecendo ansiosa.

— O que foi? — perguntei, precisando gritar.

— Nada. Estou esperando a vontade de dançar vir.

Vontade? Hein?

— Vamos beber alguma coisa — sugeriu, me puxando pelo braço até o bar.

Ela falou algo com o barman, e ele começou a fazer umas misturas. Logo, entregou dois copos pequenos. Rosa os pegou e me deu um.

— Toma de uma vez — berrou, já virando o copo na boca e o colocando de volta no balcão. Eu hesitei. — Vai! Toma! — Me apressou.

Olhei pro copo, ele me olhou... Seja o que Deus quiser.

Duas CoresOnde histórias criam vida. Descubra agora