Capítulo 39

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Depois de Cristopher me contar boa parte do meu passado, sendo mentira ou não, eu não falei mais nenhuma palavra, apenas me ajeitei na cadeira e chorei. Não demorou muito para o avião pousar em Londres, e quando desci do mesmo, algemada e sendo arrastada por Cristopher, pude sentir o vento frio da madrugada bater no meu rosto e meu corpo todo se arrepiou, senti o cheiro da umidade e por segundos, esqueci que minha vida não valia a pena, que eu estava mais morta do que viva. Mas então Cristopher me puxou com brutalidade e em seguida eu estava sendo empurrada para dentro de um carro preto, com os vidros totalmente escuros, e sendo levada para a mansão fria que Cristopher chamou de nossa casa.

Nossa casa

Memórias de Dylan começaram a preencher minha mente, os poucos beijos trocados e principalmente o "eu te amo" e em seguida os sons dos tiros. Isso estava acabando comigo, não saber nada dele, nenhuma noticia. E parecia que a minha mente não queria colaborar comigo, pois toda hora ela insistia trazer o sorriso de Dylan para mim, talvez como um lembrete constante de que eu jamais seria amada, e se fosse, essa pessoa morreria.

Me sentei na cama quando a porta fez barulho e observei Christopher entrar no quarto.

"Porque você fez e ainda faz tudo isso comigo?" Perguntei para Cristopher. Uma vez eu já havia perguntado isso para ele e ele disse que era porque sou 'parecida com ela' ou algo assim. Essa ela, seria minha mãe?

"Vingança" Ele respondeu "E também porque cada vez que você crescia, você ficava mais parecida com ela, e mesmo sendo quase idêntica a ela, você também me lembrava o seu pai, e não existe pessoas que eu odeie mais que esses dois."

"Mas eu não sou eles" Ergui meu olhar para ele e puder ver ele sorrir.

"Eu não me importo" Ele falou inabalável "Gosto de ver você sofrendo, é como o paraíso para mim."

"Foi por isso que matou ele?" Seu olhar vacilou e eu pude ver raiva passar através dele, mas logo se transformou em outra coisa e ele respirou fundo, sorrindo diabolicamente de novo.

"Sim e mataria novamente" Ela por fim disse e caminhou para a porta do quarto, mas antes que ele pudesse sair, me levantei e puxei seu braço com raiva.

"Eu vou fazer você pagar, Christopher" Ele olhou em meus olhos e riu, me empurrando para longe do seu corpo.

"A unica coisa que você vai fazer é chupar o meu pau, porque essa é a sua obrigação" Ele falou aproximando seu rosto de mim, eu estava com raiva dele, e a sua frase só fez com que ela aumentasse, me fazendo cuspir em seu rosto. Ele olhou para mim com raiva e eu corri, abri a porta do quarto e corri pelo corredor da casa, sentido o chão gelado embaixo dos meus pés. 

"Vadia infeliz" Christopher gritou, me alcançando em seguida. Senti meu corpo ser puxado para trás pelos cabelos, meus olhos encheram de lagrimas pela dor, mas eu não chorei, pelo contrario, virei meu corpo e chutei o meio de suas pernas, o que provavelmente só aumentou a raiva dele. Voltei a correr novamente, dessa vez mais rápido, desci as escadas, quase tropeçando nos meus próprios pés, eu estava quase no hall da entrada quando um segurança com quase dois metros de altura se enfiou na minha frente, empurrei seu corpo e gritei frustada quando ele nem se mexeu. Mas que merda eu estava pensando? 

"Me deixa passar, por favor" Implorei para ele, antes que Christopher chegasse até a mim, mas ele não reagiu, apenas continuou na minha frente, bloqueando a unica saída para a minha liberdade. Senti Christopher me puxar e meu corpo se chocou com o chão.

"Todos esses anos e você ainda não aprendeu que não pode fugir de mim" Ele puxou meus cabelos para que eu olhasse diretamente em seus olhos "Você é muito burra" Ele me olhou com nojo e depositou um soco no meu olho esquerdo, meu rosto virou com o impacto, mas logo virou para o outro lado com o impacto de outro soco, dessa vez na minha bochecha, senti o gosto de sangue e logo eu era um confusão de lagrimas, humilhação e dor. Christopher mandou o segurança sair e fez o que eu mais temia.

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