Capítulo 32

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Quando sua língua tocou na minha suavemente, senti meu estômago torcer em ansiedade, sua mão desceu do meu pescoço, e passeou lentamente pela minha coluna, até a curva da minha bunda, onde ela pousou. Um formigamento foi sentido por onde a mão de Dylan passou, e agora, esse formigamento estava presente onde sua mão se encontrava, levando uma sensação estranha crescer no meu ventre e subir até o meu peito.

O que ele estava fazendo comigo? Porque eu estava me deixando ser beijada por ele? Sem dúvida isso era tudo o que eu queria naquele momento, e suspeito que depois de experimentar do seu beijo, eu o desejaria mais.

Sinto Dylan puxar o meu corpo mais para o dele, fazendo meus seios ficarem pressionados contra o seu peitoral. Levei minha mão direita para o seu cabelo, e a esquerda pousou no seu ombro, para tentar me equilibrar. O seu beijo era meigo, mas ao mesmo tempo selvagem, eu não conseguiria explicar a sensação que me dominava, eu apenas queria o beijar e nunca mais parar, mas infelizmente, fui obrigada a quebrar o beijo para poder respirar. Depois de separar os meus lábios do seus lentamente, colei minha testa na sua, suspirando em seguida. Não eramos exatamente da mesma altura, mas suspeito que isso não importava para ele nesse momento, muito menos para mim.

"Isso foi..." Murmuro tentando recuperar o fôlego.

"Eu sei" Dylan diz baixinho. Seu peito estava subindo e descendo rapidamente, seus lábios estavam vermelhos e levemente inchados, isso sem duvidas era uma visão agradável para se apreciar.

Percebi que minha mão ainda estava no seu cabelo, então baixei a mesma e juntei com a outra sobre o seu peito. Seu braço direito continuou no mesmo lugar, enquanto o esquerdo era usado para alisar o meu cabelo, algo estranhamente agradável. Tudo sobre ele era estranhamente agradável e desconhecido, e eu não sabia como reagir a isso.

"Esse foi o meu primeiro beijo" Sussurro, mordendo o meu lábio inferior em seguida. Sinto que ele deveria saber disso, mesmo não sendo totalmente verdade. Para mim, esse era considerado o meu primeiro beijo, e assim seria para sempre.

"Isso é agradável de ouvir" Ele responde sorrindo. Eu sabia que estava vermelha, pois sentia o meu rosto queimar, mas não me importava com isso. Não agora, principalmente quando tinha os seus olhos castanhos chocolate a me me observar como se eu fosse a coisa mais preciosa para ele, mas eu sabia que não era. Talvez nunca fosse, não como ele era para mim. Não digo isso como se estivesse loucamente apaixonada por ele, mas sim como alguém que estava completamente agradecida por ele existir, e princialmente por cruzar com o meu caminho, entre tantos outros.

"Acho que você deveria terminar de tomar o seu café" Digo suavemente, afastando o seu corpo do meu. Eu não queria soar rude, pois eu realmente apreciei o seu beijo, mas aquela cena já estava se tornando embaraçosa para mim, ainda mais quando o olhar de Dylan queimava sobre o meu rosto.

"Sim" Ele responde "Mas preciso fazer uma coisinha antes."

"O que?" E então ele me beijou novamente, trazendo aquela mesma sensação inexplicável. Meu corpo se arrepiou, minha barriga torceu, e então eu soube, talvez eu não sentisse somente gratidão por ele.

****

Três dias passaram lentamente, principalmente quando eu desejava sentir os lábios de Dylan sobre os meus novamente, o que me assustava, pois eu nunca desejei beijar ninguém antes. Dylan despertou desejos nunca despertos em mim antes, sensações estranhas e desconhecidas, porém agradáveis.

"Vou ao mercado, quer ir junto?" Ele pergunta entrando na sala, interrompendo meus pensamentos.

"Sim" Digo sem jeito. Eu precisava urgentemente ir ao mercado, principalmente na seção feminina. Levanto meu corpo do sofá e sigo Dylan para a garagem.

"O mercado pode ser meio longe" Dylan avisa, entrando no carro.

"Onde estamos, afinal?" Eu não sabia, na verdade eu mal pensei nisso durante esses dias. Tentei afastar tudo de ruim da minha mente, mas o fato de Cristopher não ser meu pai ainda me assombrava, e eu não sabia se deveria estar feliz ou triste por isso, eu só sentia raiva, pois acreditei a minha vida toda que sofria coisas horríveis nas mãos do meu pai, mas a verdade é que ele não é nem meu parente, e isso me fez tremer de medo. Como eu parei nas suas mãos? O que realmente aconteceu com a minha mãe? Eu tenho mais algum parente, além de um suposto pai abusivo e completamente louco? Eram tantas perguntas, e somente uma pessoa poderia responder todas elas, mas era a pessoa que eu mais temia em toda a minha vida.

"Estamos em uma vila chamada Alford" Isso não era nem perto do que eu estava acostumada a ver em Miami, não havia pessoas andando de biquíni por todos os lados, na verdade, não havia muitas pessoas andando por aqui.

"Porque vejo poucas pessoas andando pelas ruas?" Pergunto curiosa.

"Eu não sei, a população é pequena." Dylan diz calmo, começando a dirigir o carro. "Eu nem sei se tem mercado nisso, se não tiver, a cidade mais próxima é Cottondale, que fica a 11 km" Ele murmura enquanto dirige o carro.

"Bem, eu encontrei um bar. Acredito não vai ser difícil você encontrar um mercado."

Depois de meia hora no carro com Dylan, eu estava soando e com fome, tentando desesperadamente achar esse lugar no google maps.

Dylan estava batucando os dedos nervosamente no volante, enquanto tinha o maxilar travado. Pequenas gotas de suor escorriam da sua testa, fazendo sua pele brilhar. Eu poderia ficar horas o observando.

"Me pergunto como existe mais de cinco bares aqui, mas nenhum mercado" Dylan diz impaciente.

"Estamos praticamente andando em círculos" Observo.

"Eu sei" Ele diz mordendo o lábio.

"Você acha que Cristopher pode me encontrar aqui? Seja sincero, por favor"

Ele me observa e engole em seco.

"Preciso acreditar que ele não vai te encontrar, se não eu enlouqueceria" Ele desvia o olhar para mim e depois volta a olhar para a estrada novamente.

Demora mais alguns minutos, mas logo avistamos um mercado que dizia Jay's Dixie Dandy. Suspiro de alívio.

Dylan respira fundo e acelera o carro, logo parando em frente ao mercado. Havia apenas três carros estacionados alí e algumas pessoas circulando por perto, parecia ser tranquilo, porém muito solitário.

Retiro o meu cinto de segurança e desço, observando tudo a minha volta, talvez eu esteja meio paranóica. Passo minha mão na testa, tentando secar o suor, e Dylan logo aparece ao meu lado, fazendo o mesmo, porém com a sua camisa. Pude observar os pelos que ficavam abaixo do seu umbigo, em direção a sua virilha, tentei desviar o olhar.

"Finalmente" Ele diz cansado, caminhando em direção a porta do mercado. Não pude deixar de notar o homem que estava encostado na parede ao lado de entrada, ele estava de óculos escuros e ficou me olhando fixamente. Tremi ao imaginar o pior, talvez Cristopher tenha me encontrado.
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PRAY FOR DYLAN O'BRIEN

Aí gente, fiquei tão mal quando soube do acidente do Dylan, graças a Deus ele não corre risco de vida, mesmo assim meu coração ainda tá apertado, só desejo a melhora do nosso mozão.

PS: Obrigado pelos 16k, vocês são demais ❤

D R U G SOnde histórias criam vida. Descubra agora