The four renegades

Capítulo V - Um novo mundo

Vilon, plano físico, após a grande queda.

Ali estava eu, frente a frente com uma garota com uma lança feita de osso de animal apontada para o meu peito, pela altura era adolescente, mas estava com o rosto coberto por panos deixando apenas seus olhos azuis amostra; estava nervosa segundo os batimentos cardíacos.

- Vai com calma garotinha. – Tentei um sorriso para acalmar os ânimos, ela apertou mais a lança contra o meu peito.

- Quero tudo que você tem! - Sua voz saiu abafada, mas deu para entender tudo.

- Só tenho essa espada... e tenho certeza que você não vai conseguir usa-la. – Eu estava com a espada apontada para o pescoço dela, mas ela não parecia se importar com aquilo. – Posso te matar primeiro e ainda ficar com as suas coisas.

- Não se eu for mais rápida! – Ela empurrou contra o meu peito, mas não contava com a minha mão livre, segurei no cabo de madeira da lança e o quebrei como se fosse papel.

- So não contava que eu fosse forte, ne garota ?! – Sorrir debochando da situação dela que caiu de costas no chão tentando fugir. – Não adianta fugir ou chora!

- Me perdoe, eu posso ser sua escrava, so não me mate, por favor! – Ela se ajoelhou chorando diante de mim.

- Levante-se, você está fazendo papel de ridícula, além do mais. – Ajudei ela a se levantar. – So se prostre diante de YAHWEH! Nunca diante de outros seres.

Ela me olhou confusa.

- Qual o seu nome menina? Talvez eu a deixe viver mais um dia.

- Como você sabe que eu sou uma menina?!

- O seu jeito não esconde quem você realmente é.

- Meu nome é Kallissia e o seu?

- O meu é Uriel. – Apontei para o chão indicando para sentamos ali mesmo.

- Essa garota pode ser de grande ajuda –Pensei.

- Você por acaso sabe onde estamos?

- O grande vale. – Ela tirou os panos do rosto que estavam abafando a sua voz. – Você não é daqui né?!

Ela era linda, seus olhos azuis se destacavam, não tinha mais que 18 anos, sua pele era branca como a neve e seus cabelos longos e prateado, possuía pequenas cicatrizes no rosto, mas nada que tirava a sua beleza.

- Não sou, acordei a pouco tempo aqui e não reconheço este lugar.

- Dizem que aqui faz parte das terras da grande cidade de Enoque, que é para onde estou indo. – Ela parou de falar por alguns segundos. – Você poderia me ajudar até lá.

- Como eu faria isso? – Levantei uma sobrancelha curioso.

- Você poderia afastar os ladrões e quando chegamos la eu o ajudo a encontrar algo que lhe faça lembra da onde você veio.

- Combinado... você habita nessa tal cidade?

- Não, é a primeira vez que eu to indo e você é o primeiro homem que eu tentei roubar. – Ela ficou vermelha de vergonha, sorri apenas.

- E você é da onde Kallissia?

- Terra distantes daqui muitas luas viajando naquela direção. – Ela apontou com o indicador.

- Que tal irmos embora daqui?! Suponho que seja longe.

- Sim, mais cedo saímos mais cedo chegamos!

Levantamos e seguir ela, depois de dois minutos caminhando chegamos ate uma carroça com algumas coisas encima.

- Lhe pertence?