The four renegades

Capítulo VII - Memórias do Passado

Empire Sant, Ilhas Harã, atualmente

O clima de tensão no ar era claro, Thomas avia feito algo que poderia nunca ser perdoado; Uriel, mesmo com a falta de um dos braços, queria entrar em uma briga com Thomas por causa de Iris; Sélaf observava o grupo atento a qualquer coisa que poderia ocorrer; Sarah e Ágata segurava Thomas e Uriel, impedindo assim os dois de entrarem em uma briga que poderia resultar na morte de um deles. Iris sabia que a culpa de tudo era dela, mesmo assim permaneceu imóvel vendo toda a confusão.

- Thomas seu desgraçado, como pode trazer um demônio aqui?! – Uriel mesmo fragilizado avançou para parar com o peito colado com o de Sarah que entrou entre ele e Thomas.

- Parado ae soldado! – "Soldado" era um termo que ela avia lhe apelidado. – O Sélaf já disse que não foi culpa dele?!

- Não importa, ele sabe dos riscos que é trazer alguém aqui, mesmo que seja apenas um simples mortal.

- Por favor meninos! Parem com isso. – Implorou Ágata segurando Thomas. – Vocês são irmãos.

- Eu não queria causar problemas a ninguém. – Disse Iris demonstrando que estava segurando o choro. – Eu não os culpo, vocês não deveriam estar brigando por minha causa... acho melhor eu ir embora!

- Não! Você ficar aqui. – Sélaf aproximou da confusão. – E vocês dois. – Thomas e Uriel pararam de discutir e olharam para ele. – Vão dormir um pouco!

Questão de segundos após Sélaf falar essas palavras, os dois desabaram como se estivessem mortos, por sorte que Sarah e Ágata estavam a postos para segurar os dois guerreiros antes de tocarem o solo.

- Logo, logo o efeito vai passar e eles vão acordar e você mocinha. – Sélaf tinha um habito de mudar de personalidade conforme a situação assim demandava; ele se aproximou de Iris. – Vai me contar tudo, desde o inicio.

Sarah e Ágata colocaram os dois rapazes em quartos separados, por via das dúvidas se caso eles acordassem ainda nervosos. Sélaf pegou algumas bebidas quentes para eles tomarem enquanto conversam. Após alguns minutos Iris estava mais calma e assim pronta para falar o que fosse preciso.

- Pode começar quando quiser. – Uriel tomou um gole do seu capuchinho.

- Tudo bem. – Ela acenou com a cabeça. – Eu sou filha de Lilith como vocês já sabem. – Deu uma pausa e tomou um pouco de seu chá verde. – No inicio quando Lilith foi expulsa por não se submeter a Adão, ela conheceu Lúcifer, que se agradou de sua beleza e decidiu propor-lhe um "acordo", tornaria ela na rainha do inferno e ela não precisaria se submeter a ele, desde que ela se tornasse mãe dos demônios sexuais e filhos dele...

- Isso aí nós já sabemos. – Interrompeu Sarah.

Deixe ela continuar. – Respondeu Sélaf, a impaciência dos querubins era um dos seus pontos fracos. – Pode prosseguir Iris.

- Tudo bem, ela aceitou e como forma de selar o acordo eles tiveram relações sexuais como ela nunca avia tido com Adão, tempos depois ela descobriu que seu ex-companheiro tinha ganho uma nova esposa, Eva, então ela tramou um meio de faze-los cair, enquanto ela seduzia Adão, Lúcifer tratava de fazer Eva cair, o resultado da relação dele com a mortal, tivemos o nascimento de Caim, aquele que trouxe o mal a terra, mas muito se perguntava o que aconteceu com Adão e Lilith?! Eu sei a resposta... – Bebeu mais um gole de chá. – Eu nasci, sou filha do primeiro humano com a primeira humana, mas transformada em rainha do Sheol, por fim, eu sou meia humana e meio demônio. – Ela parecia mais aliviada por ter falado tudo aquilo ali. – Nos primeiros séculos de vida, conseguir sobreviver através dos meus poderes sexuais que atraia os homens a ponto de eles entregar tudo que tinham a mim, quando eu soube do dilúvio e vi que não sobreviveria, decidir buscar por refúgio na dimensão das fadas, aonde eu aprendi a controlar os meus poderes e conhecer parte da história do universo e da sua criação...

- Desculpe interromper, mas como é lá na dimensão das fadas? – Sélaf apresentava a mesma cara que uma criança quando seu pai vai abrir um doce que ele quer muito comer. – Elas não têm costumes de permiti visitante, né?!

- Sinto muito, mas elas não permitem que eu conte como é. – Abaixou a cabeça. – Mesmo assim, elas não deixaram lembrança alguma de como é lá.

- Soube que elas não são muito amigas de quem é de outra dimensão... acho que é apenas um boato. – Disse Ágata coçando a cabeça e dando uma risadinha sem graça.

- Está bem pessoal, voltando ao assunto. Tudo me leva a crer que os poderes dela ainda têm seus pontos obscuros. – Disse Sélaf indo pegar mais uma bebida. – Talvez por isso, o Thomas e o Uriel brigaram por vossa causa.

- Pensei que nós celestiais éramos imunes a esse tipo de magia! – Indagou Sarah se interessando na conversa.

- Mas deveriam. Aí entra o lado obscuro, quem sabe o porquê, talvez o fato dela ser uma mistura dos dois primeiros humanos, que faz dela uma herdeira direta do sopro divino, e parte demônio, descendente dos poderes malignos de Lúcifer.

- Será que por causa de Uriel estar fraco implica em algo?

- Talvez isso tenha...

- O que ela ainda está fazendo aqui? – Uriel entrou na sala, parecia ainda estar nervoso com tudo que estava ocorrendo.

- Ela está nos contando a história dela e estamos tentando desvendar o porque de você e o Thomas se agitarem daquele modo. – Sarah olhou o Uriel que logo percebeu que deveria se acalmar e ouvir tudo.

- Então está bom, já que não tenho muita escolha. – Se dirigiu ao frigobar para pegar uma bebida. – Continuem o que vocês estavam fazendo!

- Continuando... Junto das fadas aprendi também a destrói a minha tendência ao mal, ou seja, a influência de minha mãe já não tem mais efeito sobre mim.

- Agora você traça o seu próprio destino.

- Todos sabemos que não existe isso de traçar o "próprio destino", tudo já foi escrito! – Uriel mesmo aparentando está mais calmo continuava a tentar fazer Íris perder o controle e ser expulsa pelos outros membros da equipe. – Lembram?! O livro da vida.

- Sim, o futuro já pode estar traçado, mas ninguém o sabe, só o próprio Criador e isso não interfere em nossas escolhas. – Íris sabia como lidar com Uriel.

- Melhor era ter ficado calado miolo de pássaro! – Sélaf sabia que não era hora para brincar, mas alguém tinha que quebrar o gelo.

- Pessoal! – Thomas apareceu na porta. – Que tal resolvemos isso num jantar para todos... eu pago a conta!

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Bom pessoal!! Chegamos a mais um fim de capitulo, espero que gostem como a historia tem seguido. Qualquer sugestão, dicas ou criticas, deixem ae no comentários. Não se esqueça de votar, pois seu voto me alegra a continuar a escrevendo o próximo capitulo >.<