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                                                                                                                   A noite veio como uma benção. Seu corpo relaxou e não conseguiu segurar o peso dos olhos. O amanhecer veio seguido de uma sensação estranha. Luca se sentia preguiçoso, mas o que mais lhe causava estranhamento era o vulto de uma pequena pessoa a lhe observar.

-Quem é você? – Uma voz fina veio do pequeno vulto.

Luca coçou os olhos e se sentou na cama. Puxou a coberta para mais perto do corpo, estava sem camiseta.

-Você é estranho... – A voz estava mais próxima.

-Quem é você? Por que esta no meu quarto?

-Esse quarto não é seu.

Luca observou o vulto, ate sua visão focar e ver um pequeno garoto loirinho de cerca de 5 anos.

-Quem é você?

-Ah, não vale, eu perguntei primeiro...

-Merd... –Luca viu que era melhor responder – Meu nome é Luca, Luca Karim.

-Legal. Meu nome é Max, Micael Max. – O garoto parecia ter gostado da forma que Luca falara seu nome.

-O que você esta fazendo no meu quarto?

-Eu não sabia que era seu quarto...

-Oh Max, então você estava ai? Acordou o Luca. – Tia Eli surgiu na porta com um copo de café.

-Eu estava procurando minha varinha...

-Aquela coisa torta? Deve estar na sala...

-Eu quero fazer meu Alarte Ascendare no Luca.

-Que!? – Luca ficou surpreso.

O rapazinho saiu do quarto saltitando.

-Quem é ele? – Luca perguntou falando alto.

-É apenas Max. Ele é neto de uma comadre minha que mora aqui na frente. Aos sábados ele passa aqui para brincar no quintal. É um garoto maravilhoso.

-Percebi...

-Bom, se levante... – Dona Elizangela disse animada se sentando na cama. Colocou um copo de café na cabeceira da cama e olhou para Luca – O dia esta nublado, mas será maravilhoso você conhecer a cidade. Mais tarde haverá uma cerimônia no centro da cidade.

-Esta bem – Luca levanta para pegar uma camiseta – Uma ultima coisa. Quem morava aqui antes de eu vir para cá? O Max disse que...

-Meu filho... – Ela o interrompeu – Ele morava aqui...

Luca se lembrava que no dia anterior ouvira ela falar que não tinha filhos. Talvez aquilo ainda a perturbava, outra hora retornaria ao assunto.

 

Luca Karim - Flores de VidroOnde histórias criam vida. Descubra agora