Capítulo 13

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Gustavo Narrando;

Vi Alice sair, e naquele momento tive certeza que ela havia descobrido o mesmo que eu. Tentei me focar na conversa dos meninos, mas era impussivel nada tirava isso dá minha cabeça. Tenho que me diverti. Olhei e vi Camila em uma mesa com suas amigas. Me levantei e fui até ela, peguei na mão dela e levei ela até um quarto escuro.

C: O que tá fazendo?
- Sei que você quer se diverti, eu também quero.

Não esperei mais nada e ali mesmo aconteceu. Sai e fui embora. Entrei no banheiro e tomei um banho demorado, vesti um short e me deitei. Novamente meu pensamento foi em Alice, acho que ela me odeia e por um lado vai ser melhor assim. Fechei os olhos e apaguei.

Alice Narrando:

Fiquei no lago até de madrugada, mas como fazia muito frio e eu estava de short, fui embora, subi e apenas me deitei. Me embrulhei e dormi.

Acordei com meu celular tocando.

- Quem é o (a) filho (a) da puta que tá me acordando a essa hora da manhã?
M: Que mal humor em priminha, e não precisa chingar sua tia não ok?
- Mari, sua vadia de quinta tu tá usando droga?
M: Não, por quê?
- Caralho eu juro que ainda te mato. Mais fala logo que eu ainda posso dormi.
M: Olha ontem eu conheci um boy perfeito e ele me chamou pra sair.
- E eu com isso?
M: Aff. Ele disse que vai levar um amigo, e pediu pra eu levar uma também.
- Continue.
M: Eu vou levar a minha "rainha"
- Meu pau. E tu me liga pra falar essa merda a essa hora da madrugada?
M: Que mal humor em. Ta de TPM?
- Meu pau tá.
M: Se acalma bicha. O encontro é 13:00 e vai ser no London, espero você lá.
- Por que o London? Lá é o lugar mais gay que eu já vi.
M: Ele que escolheu.
- Ai meu pau ta com diabete.
M: Você divia parar de falar isso, ser menos maloqueira sabe?
- Não, não sei de nada.
M: Isso é feio, ficar falando palavrão e falando essa de meu pau.
- Bla bla bla. E dai? Melhor falar palavrão e meu pau do que ser falsa e metida a besta.
M: Ok, ok. Te espero no London.
- Que hora é agora?
M: 12:47

Ela encerra a chamada. Me levanto ainda me arrastando, tomo um banho e visto um vestido branco com algumas listras pretas. Calço um salto e faço uma Make leve. Pesso um taxi, desci e esperei na porta. O taxi chegou, entrei e falei o lugar. Paguei e desci.

Mari estava sentada com dois caras, que estavam de costas pra mim. Sorri e fui andando quando paro na mesa vejo quem estava evitando, meu sorriso some.

M: Senta ali mais o Gustavo.
- Que?
M: Vai.

Procurei uma mesa afastada e me sentei e Gustavo sentou a minha frente, ninguém falava nada e nenhum de nós dois olhava um pro outro. Até...

G: Você já sabe né?
- Sim.
G:Hum.

Ficamos calados maior parte do tempo. O garçom chega com os cardapios, pesso macarronada e um suco de laranja.

G: Como você tá?
- To bem.
G: Não to falando disso.
- Do que então?

Gustavo fez cara de bravo, e começou a batucar com os dedos na mesa.

G: Esquece.
-Ok.
G: Você acha que podemos continuar com nossa amizade?
- Não.
G: Por quê?
- Porque foi por culpa de vocês que eu não tenho minha mãe. Ela morreu por culpa de vocês.

Gustavo apenas me olhou mais eu sabia que ele já estava irritado. Os pedidos chegam e eu começo comer.

G: Você acha que eu também não perdi minha mãe?
- Não sei do que você ta falando.
G: MINHA MÃE FOI EMBORA COM UM FILHO DA PUTA QUE TRABALHAVA PRA VOCÊS.
- NÃO GRITA COMIGO, A GENTE NUNCA VAI SER AMIGOS. PORQUE EU ODEIO TODOS VOCÊS.

Gustavo pegou o meu copo de suco e jogou em mim.

G: QUER SABER, TAMBéM TE ODEIO. VOCÊ NUNCA IA SERVIR PRA MIM, E EU QUERO QUE VOCÊ SE FODA.

Ele saiu do restaurante e a Mari e Diego estavam vindo em minha direção, olhei pro meu vestido todo molhado.

M: O que foi?
- Não é da sua conta.

Saí do restaurante e peguei um taxi e fui embora.

Uma Pat MaloqueiraOnde histórias criam vida. Descubra agora