Amor de Verão

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As curvas de Maya fazem os meus hormônios aflorarem, o amor que ela transmite entre lençóis é inconfundível. Eu a amo. Eu a quero do meu lado. Sinto suas unhas passarem levemente pelas minhas costas. Nossos corpos pedem por mais. Como se fosse a última vez.

Meus olhos se despertam do sono pesado. Maya já acordou, posso ouvir sua voz vindo de fora do quarto. Após colidir meu corpo com a água do chuveiro, vou até a cozinha e encontro todos tomando café da manhã.

- Bom dia. – digo a Lexie e Jon e dou um selinho em Maya.

- Vamos ao píer hoje! – Jon diz com muita empolgação.

- Parece divertido. – não processo uma frase mais empolgante.

- Falando em diversão, vocês não deram a graça de contar sobre o jantar para nós dois. – Jon solta um olhar curioso para mim e Lexie concorda com ele.

- Foi muito bom, mas há alguns assuntos restritos. – Maya brinca.

SETE HORAS DEPOIS

Lexie alugou algumas bicicletas para irmos pedalando até o píer. Nick e Logan vão nos encontrar lá, enquanto isso andamos sincronizados um ao lado do outro.

- Precisamos para logo e tirar uma foto disso. – apenas Jon sendo ele mesmo.

- Não até vermos quem chega primeiro naquele poste. – Lexie aponta para uma distância de uns 3 metros. – Pode ser agora!

Os dois saem disputando pela ciclovia. Maya e eu rimos de longe vendo a reação de Jonathan por não ter alcançado.

O sol está mais fraco a essa hora. São quatro da tarde. O mar está um pouco forte e irritado. As ondas vêm com força e atingem as rochas que separam a orla da água, molhando uma pequena parte do calçadão.

Chegamos no píer e não há muitas pessoas, os brinquedos estão com pouca fila e os restaurantes não tão cheios o suficiente para nos fazer perder a paciência esperando. Nick surge e beija Jon ainda sob a bicicleta. Logan não veio, Lexie diz que foram por motivos familiares. Estacionamos nossas bicicletas num canteiro enquanto vamos entrando pela superfície de madeira do píer.

- Lá vamos nós! – Jon grita.

Lexie solta um gritinho e vai gingando com o ritmo da música que está tocando por todos os lados. O barulho de gritos vindos da montanha-russa e de outros brinquedos mais radicais, fazem o estômago vibrar.

- Fique aqui. – peço para Maya esperar por um segundo.

Vou até um vendedor de balões de sereia e compro um.

- Aqui está um presente de sereia para uma sereia.

Ela ri e me dá um abraço.

- Você é tão lindinho.

Apressamos o passo com as mãos dadas até Jon, Nick e Lexie que entram na fila da montanha-russa. Nos posicionamos atrás deles e Jon começa a nos atentar como se fosse o mais corajoso do grupo.

- Não quero ver ninguém arregrando por causa de alguns loops e descidas mortais.

- Quero só ver se você vai conseguir pisar dentro da cabine. – digo.

- Não queira me testar.

A fila anda rápido pois está curta demais para um dia como esse. Sentamos nas poltronas e somo quase enforcados pela proteção do brinquedo.

- Parece que alguém está se tremendo aqui. – Lexie brinca com Jon.

- Só se for você querida. – ele rebate e todos nós soltamos uma gargalhada do fingimento de Jonathan.

Uma contagem regressiva é emitida pelas caixas de som e o brinquedo resolve nos puxar fortemente para frente. Ele vai percorrendo um caminhão até começar a subir e de repente o mundo se despenca aos meus olhos. O ar bate com força em meu rosto e só levantamos os braços.

O resto da tarde vai passando e já fomos mais duas vezes na montanha-russa e em outros brinquedos como crianças enlouquecidas por uma dose gigante de adrenalina.

Depois passeámos pelo píer ouvindo o barulho que faz quando os nosso pés tocam as tábuas de madeira. Encostamos nas estacas que separam o lugar do oceano. É nesse momento que estamos superiores ao mar e conseguimos ter uma visão melhor do horizonte. As ondas aqui são mais leves do que as da orla. O cheiro de marinhos é menos forte, mas o que me chama a atenção é como o sol se põe. Tão puro e forte que torna o céu um misto de azul, branco, rosa e amarelo.

Assistimos ao pôr do sol. Olho para Maya e vejo o seu rosto iluminado por raios de sol.

Tudo parece bem em mim até os pensamentos voltarem a tomar tudo o que sinto.

Eu não terei mais a minha sereia.

Um Véu Até as SereiasOnde histórias criam vida. Descubra agora