1º Pesadelos

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- Jamaica, que horas são? - perguntou Charles acordado pela ligação de seu amigo no celular

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- Jamaica, que horas são? - perguntou Charles acordado pela ligação de seu amigo no celular.

- São quase 10 e você está atrasado.

Charles correu para se arrumar, e foi verificar o seu equipamento, as suas maiores paixões, as máquinas fotográficas e acessórios. Estava mais uma vez atrasado por isso tinha de correr, mas mais uma vez tinha dormido mal, os pesadelos teimavam em não o deixar em paz. Por vezes as imagens do acidente, da perda de controle, da amiga sem vida eram fortes e reais demais.

Para Charles a fotografia era o motivo por continuar, só na fotografia ele conseguia viver. A fotografia tinha o poder de eternizar um momento único, conseguia fazer sorrir, chorar, despertava um conjunto de sentimentos inexplicáveis, era olho, cabeça e coração num simples clique.

O trabalho de hoje era estético, para uma linha de roupa.

- Finalmente Charles estava vendo que você não chegava nunca - Jamaica já estava desesperando.

- Está tudo pronto? - perguntou Charles

Charles começou trabalhando passou de uma modelo, para outra de um conjunto de roupas para outro, os trabalhos para o mundo da moda eram os mais mecânicos para Charles, mas mesmo assim nesses momentos sua cabeça ficava vazia só estava ele a máquina fotográfica e o que era necessário focar.

- Pronto temos - exclamou Charles.

- Que bom, estou faminto, você vêm almoçar conosco, vêm um grupo de modelos almoçar - falou Jamaica piscando o olho para Charles

- Hoje não.

- Ah amigo você precisa sair mais, não ajuda em nada você não sair e se trancar em seu mundo.

- Eu sei Jamaica mas hoje só preciso mesmo dela - disse Charles apontando para a sua câmara.

E assim passou o seu dia vagueou pelas ruas sem destino fotografando o que via deixando o olho a cabeça e o coração focados com a sua maquina. E com isso mais uma noite chegou. Charles se sentou na cama passou a mão no cabelo e imaginou se novamente eles chegariam para o atormentar, os mesmos pesadelos de sempre e se algum dia se conseguia perdoar por aquela noite.

O inesperadoWhere stories live. Discover now