Capítulo 12 - Não mecha com a minha filha.

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Música: Toccata and Fugue in D minor - Johann Sebastian Bach

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Enquanto as coisas estavam molhadas (HAHAHAH Tudo bem, vou parar com as piadas) Eu estava caminhando pelas ruas de uma vila pequena na Inglaterra. (Literalmente gastando meu tempo atoa). Na verdade, já tinha fechado mais de dez portais da Floresta Sombria desde Nova Iorque até a Europa.

O mapa que eu seguia não apontava nenhum portal por perto e aproveitei para caçar um bom restaurante já que eu não me alimentei o dia inteiro. Para meu azar, era o interior, então tudo estava fechado. Até o que parecia um bar, estava todo trancado.

(Que lugarzinho mais desanimado esse)

A rua estava deserta e já era noite, sentia a algum tempo uma energia estranha atrás de mim, e toda vez que virava para olhar para trás, não avistava ninguém. Achei que fossem fantasmas me seguindo, já que nos últimos meses falar com eles se tornou mais fácil e convenhamos, às vezes eu preferia a companhia de fantasmas mesmo. Contudo, aquela cidade estava muito estranha, ninguém na rua, todas as casas fechadas e nem era tão tarde da noite.

Depois de um tempo, ouvi passos de alguém correndo e vi o vulto de uma silhueta adentrar em um beco. Corri até a entrada e avistei já no final, um garotinho pulando o muro. Ele parou no alto, me olhou assustado então pulou para o outro lado. Me teleportei usando um portal de sombras, surgindo bem na frente do garotinho, o assustando.

- Aaaaah! Me deixe em paz, demônio! - Ele gritou quando o segurei, o imobilizei e tampei sua boca.

- Hey garoto! Shiiiu! - Ele se debatia e tentava gritar, mas o segurei muito bem contra a parede. - Garoto! Eu só quero saber onde está todo mundo! - Ele começou a chorar e estava tremendo de medo de mim. Bufei e então falei mais pausadamente. - Olha, eu não vou te machucar, só quero saber onde tá todo mundo! - Comecei a soltar ele e o garoto se acalmou minimamente. Pelo menos não estava gritando.

- Você não é um demônio? - Ele perguntou sem tirar os olhos de mim e neguei em silêncio. - Você tem que ir embora daqui!

- Por que, o que houve?

- Tem um homem na floresta.... ele... fez todos da cidade ficarem estranhos.

- Ficar estranho, como? - Perguntei sentindo um arrepio na minha nuca.

- Ninguém se importa com o que ele faz aqui. Tem monstros na floresta e meu amigo Bill sumiu e ninguém se lembra dele, mas eu me lembro!

- Opa garoto, como assim ninguém se lembra do seu amigo?

- Ninguém! É como se ele nunca tivesse existido, mas eu sei que foi aquele homem!

- Você não está inventando tudo isso para mim só pra depois me roubar, não é?

- Não! - Ele ameaçou correr e segurei seu braço. - Me solta! É melhor você sair daqui antes que ele nos encontre!

- Garoto, espera! - Ele conseguiu se soltar da minha mão e correu para longe, resmunguei e olhei ao redor, não havia mais ninguém naquela rua e as sombras estranhamente estavam calmas naquele lugar. Puxei o mapa encantado outra vez, e mostrava um ponto marcado na floresta, crescendo. - Floresta a noite, portal das sombras, monstros... tenho péssimas lembranças disso.

Guardei o pedaço de papel na mochila, ajustei a katana e caminhei rumo à floresta. Dessa vez, usei meus poderes conseguindo enxergar no escuro e me protegendo de qualquer planta alucinógena ou monstro surgindo do chão tentando me matar.

Tudo estava quieto até que encontrei uma barreira. A mesma que tinha na casa da Rita. Passei pela barreira usando meus poderes, notando que ali também estava sendo consumido pela Floresta Sombria.

Profecias - O Legado dos DeusesOnde histórias criam vida. Descubra agora