Capítulo 14 - Entre o mar e o céu.

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Música: Mad World - Within Temptation

Mars - Sleeping At Last

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- Ai minha cabeça. - Resmunguei, quando emergi nas margens de um rio, me arrastando para fora da água, e caindo ofegante na grama, olhando o céu nublado. Aquela realmente estava sendo a aventura mais louca que poderíamos ter.

Depois de um tempo, me levantei, tentando enxugar minha roupa que estava encharcada, e observei ao redor, notando que estava nas margens de um rio bem extenso, longe da cidade.

Nessas horas eu sentia falta da wikipédia para reconhecer o lugar.

Se aceitam uma dica, se forem se perder, se percam com um filho de Atena ao seu lado, porque eles sempre vão descobrir onde vocês estão mesmo sem um celular.

A vegetação levava para uma colina a minha frente, assim como do outro lado do rio e enquanto eu tentava escolher para qual lado seguir, uma explosão no meio do rio me assustou. Izack surgiu no alto, tossindo enquanto flutuava, o que me deixou muito, mas muito irritada. Se ele estava ali, significava que meu pai não conseguiu acabar com a cara dele.

- Você não morre não? - O clima começou a esfriar e aquilo não era nada bom.

- Ah, a herdeira dos mares.... Pelo menos aqui não tem alguém para te salvar. - Ele armou o arco rapidamente, logo criando uma flecha feita de puro raio. O que me surpreendeu e só tive tempo de puxar meu escudo e me proteger da flecha. O choque percorreu todo o escudo e senti meu braço formigar com a eletricidade. Definitivamente aquele cara estava mais forte, bem mais forte.

- Não pode se esconder atrás de um escudo para sempre! - Ele invocou outra flecha e me joguei para o lado, quando ele acertou o chão, levantando grama e terra. Continuei me protegendo e esquivando dos ataques, irritando ainda mais aquele cara, por fim o fazendo voar na minha direção puxando a espada de seu cinto. - MORRE DE UMA VEZ!

- Trouxa... - Puxei um jato de água com força suficiente para jogá-lo contra as árvores, ao ponto de quebrar alguns troncos e ouvir o grito de dor do garoto. Izack...Urano... continua burro e caindo mas minhas armadilhas.

Avistei o garoto se levantando ainda mais bravo que antes. Eu estava torcendo para não ter nenhuma cidade ou vila ali perto, porque aquela luta seria para valer.

- Você vai se arrepender, semideusa.

- Pode ter certeza que não. - Meu escudo criou uma crosta de gelo e uma forma de espada começou a surgir, a puxei, enquanto o gelo terminava de se formar, revelando uma lâmina fria e afiada de gelo.

Urano puxou a espada e avançou na minha direção, gritando de raiva, eu corri em sua direção, adiantando o ataque e nossas armas colidiram, para meu azar, ele eletrificou a lâmina da espada, destruindo minha arma com um único golpe.

Ele tentou um segundo ataque, mas o bloqueei com o escudo, o problema é que ele era rápido e me deu uma rasteira, me fazendo cair de costas no chão e apontando a ponta da lâmina para meu peito. Senti uma energia estranha vindo da arma e meu corpo travou, não conseguia me mexer enquanto aquela arma estava apontada para mim.

- Que merda é essa?

- A espada da verdade. Uma arma dos mortais que veio a calhar na minha luta. Hahahahah!

- Espada da verdade, cachoeira da verdade, já estou cansada de tudo isso!

- Antes que eu acabe com a sua existência, semideusa, me responda.... Você ama o guardião do caos?

- É óbvio que sim, seu idiota! - Eu não queria falar daquele jeito, mas aquela energia estava me obrigando. Era como uma força sobre você que não te deixava pensar demais. Tudo bem que eu não era a mais analítica do grupo, mas aquilo incomodava.

Profecias - O Legado dos DeusesOnde histórias criam vida. Descubra agora