Capítulo 1

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Elliot

  Reuniões de negócios são sempre massantes e me deixam a ponto de me atirar de um prédio. Ainda mais quando eu estou recebendo uma proposta de negócio que realmente não me interessa.

  - O eu estou querendo dizer senhor Mckeen, é que esse negócio seria benefíco para a sua empresa. - Diz o homem que levou exatamente trinta minutos tentando me convencer a comprar a porra da empresa.

  - Deixe me dizer o que é benefíco para mim. - Falo me levantando. - É muito benefíco eu me levantar e sair dessa sala, sua proposta é uma merda e o valor que está pedindo por essa empresa prestes a declarar falência é um absurdo.

  - É o preço justo. - Fala discutindo comigo.

  - Não é não, e nós dois sabemos disso. - Falo. - Mas você pensa que sou idiota, só pode.  Quando pensar em todo o absurdo que está me falando e tiver um preço justo, aí sim podemos conversar.

  Cansado de toda essa palhaçada eu pego a minha pasta e saio da sala. Quando se tem tantos funcionários e tantos problemas para lidar, cada minuto do seu tempo se torna precioso.  Esse homem estúpido quer que eu me meta em uma furada.

  - Senhor você tem uma reunião em dez minutos com o dono da empretc. - Lara a minha secretária diz.

  - Cancele essa reunião, já tô farto de ouvir tanta merda por um dia só. - Falo, e pego o elevador.

  Odeio fazer reuniões em lugares que eu não conheço, assim como odeio ser feito de idiota.

  - Mas...- Minha secretária pensa em correr atrás de mim e para a sorte dela as portas do elevador se fecham antes que ela possa entrar.

   Finalmente as portas do elevador se abrem e eu saio do prédio. Meu motorista me espera em seu tom profissional polido de sempre.

  - Para onde vamos senhor? - Pergunta abrindo a porta.

  - Para o escritório do meu advogado. - Falo.

  - O senhor demitiu seu último advogado. - Lembra.

  - Bom, então eu quero ir para o melhor escritório de advocacia da cidade. - Quando essas palavras saem da minha boca meu motorista abre um sorriso. É claro que ele vai ficar feliz, o nível de competição entre os advogados da cidade torna Nova York o paraíso dos ótimos advogados.

  O caminho é curto até a firma de advogados, o que mais demora é o trânsito caótico da cidade.

  - Me deixe aqui, sei exatamente aonde está me levando. - Falo uma rua antes. - Me encontre lá quando conseguir sair dessa merda.

  Depois de falar isso eu saio do carro e sigo andando até o escritório Hermann & Hermann. O lugar fica em uma boa localização e eu ouvi coisas ótimas sobre o trabalho deles.

  Passando pelas portas eu sou observado pelo segurança do prédio, o olhar dele avaliando se eu sou o tipo de homem que se mete com máfia e precisa de bons advogados.

  - Quero falar com o responsável pela firma de Direito. - Falo para a recepcionista.

  - O senhor que ver algum sócio sênior ou um assossiado? - Pergunta a mulher sorrindo para mim por cima do balcão e se inclinando para me mostrar mais o decote.

  - Tenho cara de quem gosta de coisas baratas e mal feitas? - Pergunto, respondendo as duas perguntas dela uma delas é a silenciosa pergunta se eu quero ou não comer ela.

  - Desculpe senhor,  o escritório dos seniores fica no último andar. - Fala.

  Eu pego o elevador e espero que ninguém queira se juntar a mim nele. Hoje estou sem paciência para companhia. Infelizmente para mim uma mulher vem correndo para o elevador com uma pilha de papéis na mão.

  - Finalmente eu consegui chegar. - Fala e eu sei que não é comigo com quem ela está falando.

  - Você é muito forte e alto e ainda assim é elegante em um terno. - Fala.

  - Obrigado. - Agradeço sem olhar para ela.

  - E também é muito arrogante para sequer olhar na cara de quem está conversando com você. - Diz e eu a olho.

  Não esperava encontrar uma mulher com rosto de menina, que deixa meu pau duro como rocha. Foda-se se essa menina não é perfeita pra ser tomada por trás.

  - Desculpe. - Falo, correndo meus olhos pelo corpo dela.

  - Ótimo agora está me comendo com os olhos. - Diz revirando os olhos azuis e quando eu penso que essa mania me deixaria com raiva eu me pego querendo que ela faça de novo.

  - Peço desculpas. - Falo.

  - Não peça, eu estou apenas brincando com você. - Diz. - Mas acho que é a coisa que todo mundo fala, advogados não tem senso de humor.

  Quando estou prestes a abrir a minha boca e protestar, as portas do elevador se abrem e ela sai. Olho para o andar em que paramos e vejo que ela desceu na cobertura também. Saio do elevador e ando pelo andar a procura de alguém que possa me ajudar.

  - O senhor é? - Pergunta uma mulher alta com um olhar convidativo.

  Me poupe!

  - Eu quero falar com o dono, ou com o melhor advogado daqui. - Falo direto.

  - Bem acontece que o dono não é um advogado e a filha dele é uma das advogadas daqui. - Explica a mulher.

  - Bom se ela for boa, me leve até ela. - Falo.

  - Digamos apenas que o que a senhorita Ella, o que tem de boa advogada ela tem de instável. - Fala.

  - Não me interessa, me leve direto para falar com ela. - Falo.

  - E a quem eu apresento? - Pergunta.

  - Eliot Mckeen. - Digo e vejo a mulher empalidecer.

  - Oh meu deus senhor Mckeen, eu peço desculpas por tantas perguntas. Venha que eu irei levar o senhor até a Ella.

  Sigo a mulher chata até que eu a escuto falando com a tal da Ella. Poucos minutos depois eu sou convidado a entrar em uma sala ampla e bem ilumida.

  - Bem olha quem temos aqui. - Diz a moça do elevador. - Se queria uma boa advogada era só ter me falado no elevador.

  - Não sabia que era você a advogada. - Falo sendo sincero.

  - Surpresa. - Diz sendo irônica. - Quando você quiser falar com uma pessoa marque uma hora, para o caso dessa pessoa estar em uma reunião ou no tribunal.

  - Você é dona daqui? - Pergunto.

  - Meu pai é. - Claro que sim, ela deve ser a garotinha do papai.

  - Deu de presente o lugar por você ser uma boa filha? - Pergunto.

  - Eu não sou uma boa filha, tudo o que pensa que uma garota pode fazer para atormentar seu pai eu faço. - Diz. - Mas ele não parece ver ou reagir.

  - A garota que foi deixada de lado quando criança?

  - A garota renegada e criada por outro homem. - Fala. - Acho que o senhor não veio aqui para falar sobre a minha vida e sim porque precisa de um advogado.

Ela parece confusa por estar se abrindo tanto para um estranho.

  - Vamos direto ao assunto, estou cansado de ter incompetentes trabalhando para mim. Sempre tenho que pagar uma coisa que eu não teria que fazer se fosse bons advogados. - Falo.

  - Então o senhor veio ao lugar certo. - Diz com um sorriso.

  - Tenho certeza que sim.

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