Capítulo 7

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Ella

   O encontro com o meu cliente foi como previsto uma grande droga, o homem sempre acha um jeito de tocar em mim e eu sempre acho um jeito de não matar ele.

  - Tem certeza de que não quer me encontrar mais tarde? - Pergunta ele me olhando.

  - Absoluta, eu tenho um jantar com o meu namorado. - Falo sorrindo quando o filho da puta parece estar decepcionado.

  - Não sabia que tinha um namorado.

  Me poupe seu filho da puta, você iria dar em cima de mim de qualquer jeito.

   - Mas eu tenho e ele é muito ciumento.

  - Aposto que sim, que homem não seria com uma mulher como você ao lado?

  - Bom se o senhor me dá licença eu preciso voltar para o escritório. - Falo.

  - Eu posso te dar uma carona.

  - Não, eu vim até aqui de carro. - Minto.

  - Claro, desculpe.

  Me despeço dele e saio do prédio, esse homem é um filho da puta e eu odeio ter que atender ele. Assim que saio do prédio meu celular toca e vejo que é Elliot, não me lembro de ter dado a ele meu número mas também eu estava muito distraída.

   - Você está me espionando? - Pergunto olhando em volta a procura dele.

  - Não, mas eu sei que pelo seu humor a reunião não duraria tanto tempo. E então como foi?

  - Uma droga, eu queria matar aquele imbecil a maior parte do tempo. - Falo e faço sinal para um táxi que imediatamente para e eu entro.

   Passo o endereço do escritório e o taxista arranca para lá, preciso chegar lá logo e participar da reunião com os outros sócios.

   - Que bom que você não matou, eu não acho nem um pouco legal ir visitar minha namorada em um presídio embora deve ser divertido as visitas íntimas. - Brinca e eu dou risada.

  - Isso é meio louco sabia.

    - Você já está indo embora?

   - Não, eu tenho uma outra reunião mala. - Falo. - Pelo menos eu não tenho que ir para o tribunal hoje.

  - É tão ruim assim o tribunal?

  - Horas tendo que falar e interrogar testemunhas, discutindo com outro advogado incompetente que vai perder para mim. - Reviro os olhos lembrando. - É sempre melhor fazer um acordo do que ir para o tribunal isso poupa tempo e energia para todos.

   - Aposto que sim. - Ele fala. - Escuta, eu gostei da sua tatuagem e estava pensando em fazer uma.
  - O que você quer tatuar? - Pergunto.

  - Eu não vou contar, mas queria que você fosse comigo.

  - Quer que eu segure sua mão? - Debocho.

  - Você pode segurar a onde quiser. - Diz sendo sedutor.

  - Nesse caso eu prefiro segurar no seu...

  - Não fale isso perto do taxista. - Fala me cortando.

  - Eu não ia falar.

  - Eu sei que você ia falar sim, é simplesmente natural para você dizer tudo o que pensa.

  - Como você faz isso?

  - Isso o que?

  - Me conhecer tão bem depois de poucas horas juntos?

  - Eu presto atenção a você. E não sei tudo sobre você, ainda. - Promete.

   - Isso...

   - Te assusta?

  - Pra caramba. - Admito.

  - Não se assuste, eu só quero ter você perto de mim e sou atento a tudo a minha volta. Principalmente a você.

  - Psicotico isso. - Brinco.

  - Espero que não pense assim depois de hoje.

  - O que tem hoje?

  - Você na minha cama e eu te ajudando a mudar de idéia. - Fala.

  - Tanto faz, mas esteja pronto as oito da noite e eu te levo até o tatuador. - Falo. - Já pensou em usar um PA?

  - Eu não preciso de nenhum pau amigo. - Fala meio insultado.

  - Não estou falando de pau amigo e sim de um piercing chamado Príncipe Albert. - Falo.

  - Nada que não seja suas mãos, sua boceta, sua boca e seus peitos vão chegar perto do meu pau.

  - Estraga prazeres. - Falo rindo de como ele se saiu dessa coisa toda.

  - Você vai descobrir que posso te dar prazeres mais do que posso estragar.

  - Aposto que sim. - Passamos a maior parte do caminho falando bobagem e quando eu chego na frente do escritório e vejo que meu melhor amigo e colega de trabalho está me esperando na porta do escritório. - Elliot eu preciso desligar, te ligo de volta em alguns minutos.

  - Eu sei que você é ocupada, me ligue quando estiver livre. - Ele diz e desligamos.

  Pago o taxista e saio do carro, sem perder tempo com toda a besteira de cumprimentos. Vou direto ao ponto.

  - O que aconteceu? - Pergunto, sem parar de andar.

  - O senador está recebendo um processo por agressão a mulher dele e estão querendo que você faça a defesa. - Diz.

  - Que pena pra esse filho da puta que eu não ajudo malditos covardes. - Falo indo para dentro do prédio.

  - Acontece que ele tem provas de que foi o amante da mulher que fez isso, e as provas são muito boas para serem negadas. - Diz.

  - Se ele tem as provas por que precisa de mim para ajudar?

  - Ele não quer que ela leve os filhos, a mulher é instável e usa medicamentos controlados. - Fala.

  - Mande toda a papelada do caso para o meu escritório e eu vou lidar com isso. Posso cuidar de tudo até as cinco da tarde. - Entro no elevador e aperto o botão para o meu andar.

  - Você está bem? - Harvey pergunta. - Eu nunca te vi sorrindo tanto ou aceitando resolver um caso em horas.

  Reviro meus olhos e sorrio para ele.

  - Harvey eu estou ótima e é exatamente por isso que estou pegando esse caso. - Falo. - Sem contar que é fácil e se ele tem provas até da instabilidade emocional da mulher é dois tempos para me livrar de toda essa merda.

  - Assim espero, assim espero. - Diz e me segue para fora do elevador.

   Talvez ter Elliot na minha vida me ajude com os problemas do trabalho, já que eu me livrei de três problemas ao longo do dia e ainda estou de bom humor.

  Desculpem a demora para postar o capítulo.

  Eu quero agradecer ao 1k de visualização, é muito importante para mim que estou começando.

Beijo para todos, até a próxima.

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