De volta ao princípio

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Se passou uma semana desde aquele evento, o beijo, as lágrimas da Lasha. Depois daquilo ela não voltou pro colégio, não sabia o que fazer e estava receoso, não queria dar ainda mais preocupação pra minha mãe. Estava aturdido, perdido, não triste, mas queria muito ajuda-la, embora não soubesse no que ela se meteu dessa vez. O tempo passava cada vez mais lentamente, de forma singular, embora continua, talvez a Lasha estivesse certa, sim, provavelmente estava, fico falando as vezes como se estivesse lendo um poema, sei o motivo, influencia de nite. Não achava esse jeito de falar nem bom e nem ruim, mais estava gostando da mundança que estava tendo em meu mundo, da forma que estava pensando, muito em razão dos livros dele que li. Talvez aquilo que vi, que tive dificuldade de distingui sonhe de realidade, de tão real que parecia, o mundo de papel e espelhos, o céu que sangrava. Ficava me perguntando as vezes, aquilo também era influencia de nite? Provavelmente era apenas uma divagação estranha, era o que sempre acabava pensando. Mas no final, sempre tinha duvidas sobre aquilo. Um ponto que não mudava agora, mesmo quando estava divagando era que eu estava sempre pensando na Lasha, eu provavelmente, la no fundo, ainda gosta um pouco dela, falando de forma romântica, tinha consciência disso. Mas não era essa a razão pelo qual me preocupava com ela. No tempo em que estava no hospital e depois daquilo ela estava sofrendo também e sentindo dores provavelmente piores que as minhas. Então não era como se eu quisesse algo com ela ou como se aquele beijo que ela me deu tivesse alguma importância pra mim, só queria ajuda-la, só isso. Mas ela provavelmente iria se meter em uma grande confusão e eu não sabia se poderia fazer algo. O Lucas viva me perguntando se eu não sabia de algo, minha resposta não mudava, não sabia de nada, combinamos de informar um ao outro caso discobrisimos algo. A estava preocupada comigo dava pra perceber, ela veio falar comigo no intervalo, mas dessa vez vez diferente, ficou próxima de mim na fila e quando eu ia saindo ela me pediu pra esperar e praticamente me obrigou a sentar perto das amigas dela, foi uma situação disconsertante para mim. Ela me perguntou - porque você esta tão preocupado com ela se vocês não eram próximos nem nada?

- pra que pergunta, você sabia que eu estava mentindo...

- bem, sim, mas não sei a resposta verdadeira - falou enquanto me encarava com um olhar penetrante.

- me importo com ela ta legal, ela é muito importante pra mim...

- entendo, então é assim...

- não, não é assim, é só que estou preocupado com ela, só isso.

-ainda acho que esta mentindo, mas tudo bem... E o que pretende fazer a respeito, ela pode ter simplesmente mudado de colégio ou algo assim, ficar só se preocupando não resolve nada, faça algo.

- não posso...

- porque? - perguntou, me olhando como se eu fosse um idiota.

- porque ela não quer....

- E - falou irritada.

- E ela me odiaria.

- E - repetiu quase gritando.

- estou com medo - falei - com medo de onde isso vai me levar dessa vez - respondi quase gritando também.

- muito bem - respondeu risonha.

- legal, agora todo mundo ta olhando pra mim.

- mas se sente melhor, certo?

- bem, sim, mas isso não muda o fato de ser vergonhoso - respondi meio sem jeito.

- você precisa ser mais assim, mostrar mais esse seu lado fofo sabe - disse, colocado a mão em meu ombro.

Sei que ela estava apenas tentando me ajudar. E conseguiu, me senti bem mais relaxado depois daquilo. quando estava voltando pra sala vi a Luci, ela parecia um demônio, estava olhando pra mim com olhos que dizem você já era. Escolhi errado, ela era uma ameaça maior do que meus primos. Ela segurou minha camisa por trás e disse - me siga.

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