Através dos Seus Olhos, e do seu coração - (2° livro da duologia)(Em Hiato)

Capítulo -05- O conforto dos seus braços.

Reymound

O seu corpo proximo ao meu corpo me trazia conforto, me trazia paz. Como eu senti falta do seu abraço, do seu cheiro, do seu carinho, como eu senti falta do meu amor.

Estava me sentindo tão mais leve, tranquilo por ter lhe contado toda a verdade, por ter lhe contado da minha perda, dos meus receios, mesmo ainda não tendo lhe mostrado o estrago que tudo isso fez ao meu corpo, eu sabia que agora a Juliana, estava mais esclarecida em relação a mim, e eu mais seguro em relação a ela.

E, se eu soubesse que quando chegasse aqui iria ficar sabendo que sou pai de uma menina linda, sinceramente, já tinha voltado a muito tempo.

Eu nem acredito, eu sou pai, eu tenho uma filha, eu recebi um presente, o presente que me diz que esta tudo bem, que eu estou perdoado por aquele dia, que Deus, Sabrine, e nosso bebe, me perdoou pela minha imprudência.

Ela se afastou um pouco do meu corpo, e os seus olhos estavam banhados em lagrimas, ela sofria por uma dor que era minha, ela sofria por mim, e comigo. Segurei a sua face com as duas mãos, e nos encaramos. Como senti falta da minha Ju, da mulher que me mudou, que me fez, e me faz um bem do caralho. Só eu sei como estou feliz em estar aqui, de estar com ela.

Me aproximei do seu rosto, eu precisava sentir os seus labios, matar a saudade louca que eu sentia dela. Mas, quando me aproximei o suficiente para beijar-lhe, ela simplesmente desviou do meu beijo, voltando a me abraçar. E, ali, com o coração pequeno novamente, eu vi que as coisas provavelmente estariam longe de ser o que eram antes.

-Eu só preciso de um tempo!-disse com o rosto em meu peito ao me abraçar novamente.

-Eu sei, desculpa!-ela se endireitou a minha frente. Me desculpa também por te deixado insegura, com medo de me dizer a verdade, e por deixa-la  achar eu pensava que voce seria uma golpista, eu entendo o seu medo, e te peço perdão!

-Já passou, o importante e que voce já sabe, e eu já sei a verdade!-sequei algumas gotas de lagrimas que ainda estavam em sua face.

-E eu estou muito feliz, estou realmente feliz em saber que eu tenho uma filha linda, que voce teve uma filha minha!

-Ela se parece muito com voce!

-Sim!-sorrimos. Ela se parece bastante comigo, e este foi um dos motivos de ter notado que ela e minha! Minha Izy! Você deve ter precisado de recursos, por que não me...

-Não! Já disse o porque! Eu vendi o meu carro, e consegui dar tudo o que ela precisava.

-Eu sei, e eu lhe pedirei desculpas por isso pelo resto de minha vida! Por culpa minha, a milha filha não me conhece, e nem eu...

-Quem disse que ela não te conhece?-a olhei curioso. Eu mostrei a ela todas as nossas fotos juntos em Londres, e sempre que tem uma foto sua rolando na internet eu mostro ela, e mesmo sendo muito novinha, ela fica batendo as mãozinhas, e ate pronuncia um papa quando se depara com as suas fotografias!-sorriu, e eu tenho certeza de que a minha face se contorceu em choro. Ela te ama tanto!

-E eu a amo tanto! Amo vocês duas!-a abracei novamente sentindo o seu corpo rente ao meu.

Depois de ficarmos um tempo abraçados, apenas matando uma saudade interna, uma saudade que ao menos eu, estava louco para matar, ela simplesmente desfez o abraço, e me encarou mordendo os labios. Ela estava diferente, mais restrita, seria, estava diferente da Juliana que eu conheci a um ano e meio atras. Ela estava mais fechada, menos sorridente, e isso me deixava entristecido, e receoso de ser o motivo desta sua nova condição. E este seu comportamento, só me deixava mais certo que a culpa e minha, depois dela ter desviado do meu beijo.